Bônus Luca

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Resolvi pôr um bônus do Luca para contar um pouquinho da história dessa família que passa mais uma vez pelo drama das drogas. Espero que gostem, bora lá?

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Desde pequeno sempre gostei de chamar a atenção, me envolvia em brigas e com más companhias. Meu pai Heitor Guimarães nunca foi presente em minha vida, sempre envolvido com política e cercado de assessores nunca tinha tempo para apresentações escolares e festas de dia dos pais, para ele isso era perda de tempo e ele não tinha esse tempo. Minha mãe Andressa sempre procurava suprir a ausência do meu pai, mas nunca foi o suficiente. Com 12 anos o Excelentíssimo  senhor meu pai fez o favor de adotar um negro, isso mesmo, um negro e qual não foi a minha surpresa, o colocaram no meu quarto.

Vinícius chegou em minha casa e logo ganhou a atenção do coroa e isso me irritou muito, assim que fomos dormir, coloquei  super cola no cabelo dele, no dia seguinte apanhei e o meu pai o levou para raspar a cabeça. Foram tempos difíceis, nutria um ódio mortal pelo senhor Heitor e tinha pena da  ingenuidade de dona Andressa que sempre se submetia aos desmando do meu pai.

Quando completei 15 anos e fui para o novo colégio, já que tinha sido expulso do anterior, conheci Bernardo Villa Real, um garoto maneiro e que morava na maior fazenda de produção de vinho da região. Sempre alegre e divertido, Bernardo sempre me convidava para ir jogar vídeo game com ele na fazenda, mas de quebra tinha que levar o estorvo do meio "irmão".

Com o tempo passei a gostar do Vinícius e acabamos formando um trio inseparável, íamos as festas e sempre apostávamos com quantas gatinhas ficaríamos, o que ficasse com menos pagaria a despesa do próximo final de semana e sempre quem pagava era eu ou Vinícius, Bernardo sempre ganhava por ser rico e filho do produtor de vinho.

Quando os pais de Bernardo se separaram, meu amigo sofreu muito, mas estávamos sempre com ele e não deixávamos ele ficar triste, saíamos para o pub e sempre que podíamos viajávamos para Gramado com Alfredo, o encarregado da fazenda. Mas tudo mudou quando meu amigo se apaixonou por uma garota no Rio de Janeiro, Ivy Blanco, odiava ter que ficar em casa nas férias e ter que  arrumar um jeito de me divertir. 

Conheci um cara chamado Carlos Lacerda que era frequentador de festas rave e um dia ele me convidou, menti para meus pais para poder ir, mas como sempre eles descobriram e me impediram de ir. Nunca fui de aceitar desmandos e sempre gostei de contrariar, esperei que todo dormissem e fui a festa e me acabei de tanto dançar, experimentei várias bebidas e perdi minha virgindade com uma mulher chamada Joana, foi muito bom, ela era mais velha e muito experiente e me ensinou a prolongar o prazer. Cheguei em casa e todos ainda dormiam e desmaiei na cama.

Durante toda a férias foi assim, durante o dia ficava jogando vídeo game com Vinícius e a noite estávamos no pub e nos finais de semana fugia para a festa rave. Foi em uma dessas festas que experimentei pela primeira vez a maconha, me senti nas nuvens e vi o quanto é bom rir, viver, e sonhar com as coisas boas que ainda restam no mundo...mas depois a sensação é horrível.   Quase imediatamente depois de inalar a maconha, eu pude sentir a intoxicação,boca seca, batidas aceleradas do coração, dificuldades na coordenação do movimento e do equilíbrio, e reações ou reflexos lentos, me senti impotente e de certo modo isso me assustou, mas como diz o ditado popular "as más companhias corrompem os bons costumes", embora nunca fui de tê-los, não parei de usar e experimentei até a cocaína.

Foi dessa vez que experimentei o pó que cometi a maior besteira da minha vida. Era final das férias de fim de ano e teria uma rave de despedida das férias, seria dentro da fazenda dos avós de Carlos, segundo ele, os avós estavam viajando e ele ficou responsável em tomar conta. Dispensou os piões para suas casas e organizamos tudo no antigo celeiro, seria uma festa restrita a somente convidados e dentre eles estava o Major, o maior traficante de drogas do Sul.

Experimentei de tudo um pouco. Nesta noite conheci Jéssica Moreira, uma morena linda que estava comemorando seu aniversário com as amigas, assim como eu, estávamos ali escondidos de nossos pais. Foi atração a primeira vista, mas como ainda estava sóbrio preferi pagar umas mulheres mais experientes. Depois de trepar com mais de três garotas, resolvi que era hora de ter outras experiências e acabei experimentando o ecstasy, uma droga sintética com propriedades altamente estimulantes, tem fama de ser afrodisíaco. Foi por isso que ganhou o apelido de "pílula do amor. Fiquei doidão e acabei estuprando e batendo em Jéssica Monteiro.

Minha vida terminou de virar um inferno. Fui julgado e condenado a serviço comunitário e meu pai pagou uma grande indenização aos pais de Jéssica, já que ela também havia feito uso de drogas e seus pais não queriam escândalo. Fui para uma clínica de recuperação de drogados e consegui terminar meus estudos e ajudar Bernardo na realização de seu sonho.

Estava morando no Rio com meu irmão Vinícius para gerenciarmos a Vinícola Villa Real, uma adega na Barra da Tijuca, onde seria servido vinhos e cervejas artesanais. Tudo estava indo bem, até conhecer Tadeu Albuquerque, um cara descolado e que logo nos convidou para um Luau. Vimos uma ótima oportunidade para fazemos contato com jovens e promovermos a Vinícola. Foi neste luau que conheci Ivy Blanco. Quando ela falou seu nome me lembrei que Bernardo sempre falava da garota da fazenda de sua mãe e seu nome era Ivy Blanco. Não acredito em coincidência, era ela, a mesma que afastou meu amigo de mim, a garota que destruiu minhas férias e que agora estava aqui diante de mim. Fiz de tudo para ficar com ela e destruir a sua vida, assim como destruiu a minha.

Acabei sucumbindo novamente ao mundo das drogas e tornei a vida de vadia em um inferno, assim como sofri ela também tem que sofrer. Novamente fiz merda e estuprei a cadela da Laura na frente da vadiazinha da Ivy, precisei fugir para o Rio e Tadeu me abrigou em sua casa.

A última vez que vi Ivy, ela estava com aquele viadinho do amigo dela na mesma boate que eu, sei que ela me viu e fugiu, mas o que me levou a ficar recluso no interior da comunidade foi ver Vinícius me procurando, sei que está a mando do Deputado Heitor e não darei esse gosto pra ele.

Já se passaram três meses que estou recluso nesta bosta de favela, preciso retomar minha vida, mas pra isso tenho que calar a boca da Ivy e não permitir que ela deponha a favor de Laura. Fiquei sabendo que a piranha da Laura me denunciou e que a vadia da Ivy é sua testemunha, mas sem testemunha não tem processo e é o que vou fazer, calar a boquinha da Ivy.

Chego a Caxias do Sul exausto depois de pedir carona na estrada e vir com um caminhoneiro que fedia mais que gambá, mas finalmente cheguei. Entro na propriedade de Bernardo de madrugada e fico numa cabana as margens do rio. Sempre vinhamos aqui com Alfredo, mas depois que crescemos não nos interessava mais tomar banho no rio. A cabana está em péssimo estado, mais é o que tenho e não pretendo demorar muito para fazer o que pretendo. Assim que tiver oportunidade farei o que vim fazer aqui, calar de vez a linda boquinha da vadia,  Ivy Blanco. 

Sintonia Perfeita - EM REVISÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora