CAPÍTULO 31 - O Druida

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Acordo num susto como se tivesse tido um pesadelo.

-Não!.

Olhei para os lados e não encontrava Lúcio, Marcos e nem Lily, nem sinal deles, olhei em volta e notei estar numa espécie de cabana de palha com folhas.

-Ai que dor.-pus a mão na minha testa e senti algo estranho.

Uma folha grande amarrada na minha cabeça que cobria minha testa até a parte de trás da minha cabeça como uma touca, levantei-me lentamente, minha cabeça doía como se alguém estivesse me batendo com um martelo ou algo do tipo, reparei que havia uma porta aberta logo a minha frente, levantei-me tirando forças de onde não tinha e fui até a porta, me apoiando na mesma, olhei em volta e estava numa floresta, diferente da floresta em que estava ontem-a-noite, esta era mais aberta, o sol passava por dentre as árvores, era um dia encantadoramente belo, mas, eu não tinha tempo para essas coisas. Dou pequenas voltas de olhar tentando entender onde estou, ainda estou um pouco tonta e me sinto um pouco franca, dando passos apertados e, aparentemente, sem direção escuto passos vindo por detrás de mim, fico automaticamente nervosa e me escondo numa árvore ao meu lado. Segurando a respiração para emitir o minimo extremo de barulho possível. Os passos vão ficando mais altos e iam se aproximando demasiadamente depressa.

-Garota? 

Uma voz desconhecida cortava o silêncio na floresta.

-Vamos, apareça, não vou te fazer mal.

A voz ia ficando mais alta, Apertei minhas mãos em meu peito e me virei saindo detrás da árvore mirando as duas mãos na direção da voz. O que eu vi me surpreendeu, um garoto aparentemente jovem vestindo uma roupa estranha e, aparentemente, feita ou coberta por folhas, ele tinha uma pele clara e olhos castanho-escuros, cabelo estranhamente branco que caía pelos ombros até suas costas e em seu pescoço um grande amuleto verde com desenhos negros, ele sorriu para mim com seus dentes pontiagudos alinhados e extremamente brancos.

-Quem é você?.-perguntei estendendo as mãos na sua direção.

-Desculpe...-ele coçou a cabeça-me chamo Daimon, e você, como se chama?

Abaixei as mãos, ele não parecia mesmo querer me fazer mal.- Me chamo Safira. Onde eu estou?.

-Você está na floresta de Bellmorph.

-Como eu vim parar aqui?.

-Não sei, te encontrei sendo arrastada por um Orc selvagem, você estava ferida e ele estava indo em direção ao lado sombrio da floresta. Venha, vou te levar de volta á minha cabana, preciso cuidar da sua cabeça.

Então a cabana era dele!

Nós seguimos até a cabana, entramos e eu sentei na cama de folhas onde estava deitada, Daimon se ficou de pé atrás de mim e começou a cuidar do ferimento da minha cabeça.

-O que você faz aqui Daimon?

-Bom. Eu sou um Druida.

-Druida?-eu me lembrei da espécie que, segundo Marcos e Lúcio, havia sido extinta.

-Sim, eu cuido dos animais e da vida na floresta.

-Mas os Druidas não foram extintos?-perguntei receosa.

Ele exitou por um momento.-A maioria sim.-e continuou mexendo no curativo.

Ele arrancou a folha da minha cabeça e do nada a dor desapareceu por completo.

-Está feito.

-Mas já?-passei a mão pela minha cabeça e não sentia nada.-como isso é possível?.

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⏰ Última atualização: Jun 29, 2017 ⏰

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