PRÓLOGO

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Rio de Janeiro, ano de 1990. Uma tempestade muito forte assolava a cidade à meia-noite de um dia qualquer. Na Avenida Brasil, dois carros surgiram e, por incrível que pareça, eram os únicos naquele momento. Uma linda mulher de cabelos negros conduzia desesperadamente seu carro vermelho, pois logo atrás, um homem forte, acompanhado de uma bela mulher ruiva, a perseguia sem cessar com seu carro prateado. Ela estava tão assustada que mal conseguia ver o que estava à sua frente, de repente, ouviu-se tiros, seu coração acelerou. Os vidros do carro foram atingidos. Na tentativa de se safar das balas, começou a dirigir de um lado para o outro da pista, quase que perdendo a direção do veículo.
— Continue atirando! Acerte os pneus, rápido! — Gritava a mulher de cabelos ruivos.
— É perigoso, estou dirigindo! — Respondeu o homem forte. Dava para ver a tensão em seu olhar, parecia nunca ter feito aquilo antes.
— Ela não pode fugir, não pode!
A ruiva pegou, então, a arma que estava entre as pernas do homem, colocou o braço para fora da janela e atirou descontroladamente. Ódio e desespero corriam por suas veias. As balas não acertavam sua adversária e isso a enfurecia ainda mais.
No carro vermelho, a mulher se desesperava, a chuva deixava a pista escorregadia e, com os tiros, a todo instante, começava a pressentir o gosto amargo da morte. Os relâmpagos contribuíam para o cenário assustador. De repente, ela perdeu o controle do carro e chocou-se contra o posto de gasolina. Os funcionários saíram correndo, mas nem todos conseguiram escapar da grande explosão. Em questão de segundos, a bela mulher de cabelos negros viu sua vida passar diante de seus olhos como se fosse um filme...

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