Capítulo NOVE - Consolidando um sentimento

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Assim como a luz do sol pode propiciar felicidade, uma boa companhia pode nos trazer alegria. Ágata estava na proa do barco, sentindo a brisa tocar seu rosto, refletindo com o olhar longe. Era uma sensação de paz e bem-estar. O barco, elegante, estava recheado de turistas que a todo tempo fotografavam a paisagem. Minutos antes, algumas pessoas pediram para tirar fotos com Ágata, que fez isso com muita afeição. Por mais que não gostasse de ser celebridade, amava o carinho dos fãs.

Andrew, que havia ido buscar suco, se aproximou devagar:

— Fico aqui tentando decifrar o que esses olhos estão pensando...

— Olhos pensam? — Sorriu.

— Se eles falam, por que não pensariam? — Entregou a ela uma taça. — As pessoas não costumam dizer: "o que a boca não diz os olhos expressam? "

— E o que você acha que meus olhos estão expressando?

— Sinceramente? — Deu uma golada no suco de manga. — Que você está doida para dar um mergulho. Acertei?

— Então, meus olhos estão gritando. Preciso silenciá-los, urgente.

— Você é muito engraçada! Se essa é a sua vontade, por que não aproveita que o barco vai ancorar e dá um mergulho?

— Acho que seria mais emocionante mergulhar com o barco em movimento. Topa?

— Não sei se pode...

Ágata tomou o suco de uma só vez, entregou a taça e, sorrindo, tirou o vestido, ficando apenas de biquíni. Foi inevitável. Todos os homens, inclusive Andrew, tiveram a sensação de verem a cena em câmera lenta, até puderam escutar uma música tocando, claro que em suas mentes. Ágata tinha o corpo belo, esculpido, perfeito e deixou muita mulher com inveja, até uma senhora que no momento comia um bolo, deixou-o de lado e decidiu iniciar uma dieta.

— Você não vai...

Fuiii! — Ela pulou no mar, atraindo a atenção de todos, que tiraram fotos sem parar. — Você não vem?

Andrew olhou ao seu redor, criou coragem, tirou a camisa regata vermelha e a bermuda preta, ficando apenas de sunga.

— Misericórdia! Que passeio mais agitado — disse uma turista, abanando-se de calor olhando para Andrew, que pulou logo em seguida.

— Você está louca, poderia se machucar! — Disse sorrindo, enquanto nadava em direção a Ágata.

— Estamos próximos da praia, não aconteceria nada e as águas estão tranquilas — explicou, nadando de costas.

— Já que estamos aqui, que tal vermos quem chega primeiro à praia?

— Combinado!

Os dois foram nadando e sorrindo, pareciam duas crianças se divertindo. Ágata nadava muito bem, mas Andrew conseguiria passar dela. Porém, preferiu deixá-la ganhar. Ao chegarem, ambos sentaram à beira-mar, enquanto o barco chegava lentamente ao porto que ficava do lado direito. Era possível, de onde estavam, verem outras ilhas.

— Eu nunca fiz uma loucura tão grande como essa! — Disse Ágata, ainda sem fôlego.

— E eu nunca pensei que você tivesse coragem de fazer isso — ele deitou-se na areia com a mão na testa.

— Para ser sincera — deitou ao seu lado, olhando para o céu azul — nem eu. Acho que superei um dos meus limites. Se minha mãe soubesse disso, eu estaria frita!

— Se você conseguiu superar um de seus limites, acho que também conseguirá superar as opiniões de sua mãe.

Ela respirou fundo e aos poucos parou de sorrir. Os dois ficaram alguns segundos calados, apenas olhando os pássaros voarem no céu e as nuvens taparem o sol.

Glamour Entre o Amor e a VingançaOnde histórias criam vida. Descubra agora