Prólogo

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Nova York, 14 de janeiro de 2001


O som dos sapatos ecoava pelo corredor enquanto o agente corria rápido pra alcançar o fugitivo. Desceu as escadas com precisão, olhando pros lados e vendo uma porta se fechando do seu lado direito e correndo em direção a ela com a arma em punho. Por ser um prédio antigo, não havia residentes ali, o que facilitava a ação do agente encarregado de prender quem estava perseguindo.

Ao chegar no corredor do andar inferior, pensou ter perdido o homem de vista. Começou a caminhar lentamente, se concentrando em não fazer barulho e procurar captar qualquer ruído que o fugitivo pudesse fazer. Fechou os olhos e ouviu algo quebrar dentro de um dos apartamentos, o que fez o agente arrombar a porta rapidamente e entrar apontando a arma pra todas as direções, quando sentiu o cano frio da arma do fugitivo encostar atrás de sua cabeça.


- Abaixe a arma - o fugitivo ordenou.

- Ok - o agente pôs a arma no chão e levantou as mãos, começando a caminhar conforme a arma atrás de sua cabeça o empurrava.

- Então querido agente - o homem falava em tom sarcástico - eu adoraria que as coisas não tivessem sido desse jeito, mas você não quis colaborar comigo - deu uma risada - tem algo que quer dizer? Suas últimas palavras?

- Sim, sua calça está rasgada.

- Onde?


O homem olhou pra baixo, foi a hora certa para o agente atacar, virando de costas rapidamente e agarrando a arma do outro, apontando-a pra baixo com certo esforço. O agente começou a dar passos lentos empurrando o outro pra trás, até que conseguiu o empurrar contra as costas de um sofá e derrubar a arma no chão perto do balcão da cozinha. O homem tentou correr pra pegá-la, mas foi impedido por um chute do agente, que o derrubou no chão e o imobilizou.

O fugitivo deu um soco na cara do agente, que afrouxou um pouco os braços que estavam o imobilizando, e começou a arrastar-se em direção à arma jogada no chão, mas foi impedido pelo agente que o puxou pra trás e lhe deu um soco certeiro. O homem continuou ao chão, recebendo uma série de socos em seu rosto, pra depois ter o agente segurando seu pescoço.


- Vamos, m-me mata - o homem disse com dificuldade.

- Eu bem que gostaria de fazer isso, mas fazer você apodrecer na cadeia é mais interessante - o agente sorriu de canto.


O agente soltou o homem assim que viu a polícia entrar no apartamento e o prendê-lo.


- Mais um trabalho realizado com sucesso hein? - Hunter, o chefe do FBI, se aproximou do agente.

- Não foi muito difícil pegar ele - o agente olhou para o relógio - está tarde, preciso me apressar.

- Algum motivo importante?

- Hoje meu filho está fazendo 7 anos, espero que ele não esteja na cama quando eu chegar em casa.

- Oh sim, então apresse-se, deixe o resto com a perícia - Hunter sorriu.


O agente desceu as escadas, recebendo cumprimentos dos policiais que o viam e parabenizavam por mais um trabalho bem feito. Ao chegar na rua, viu várias viaturas da polícia paradas em volta do prédio, e pôde ver o fugitivo sendo levado até uma delas algemado e lhe lançando um olhar de puro ódio.


- É bom você se preparar agente! Eu sei quem você é! Um dia eu vou sair daqui e vou me vingar de você! Aguarde! - o homem esbravejou antes de ser empurrado dentro da viatura, o que fez o agente apenas dar um riso soprado pois em quase 10 anos de serviço pro FBI, sempre ouviu aquelas ameaças e nada acontecia.


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