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Por. Maria...

Já estava começando um dia como qualquer outro. Alexandre já saiu pra trabalhar, não temos visita, estou dando a papinha de uma das meninas enquanto Fátima da pra outra. Tudo normal!

Sinto um mal pressentimento. É como se algo ruim fosse acontecer, odeio monotonia ou rotina por isso hoje irei pra o shopping e ao parque com minhas bonequinhas e Laura, segundo ela está precisando de langeries por que já estreou todas.

Ouvi alguém bater na porta e deixei a refeição da Sophia pra ir atender. Abro a porta. Alexandre está na porta, está vestido diferente sua barba está mais feita do que quando saiu e não carrega uma maleta. Fiquei um pouco o encarando e percebi que não é meu Alex.

— o que faz aqui? - pergunto ainda perplexa

— Maria preciso conversar com você, é muito importante

— você é louco, podem te ver

— é importante. Sobre meus pais e sobre seu marido - puxo ele pra fora pra que ninguém o veja

— hurrum, fala - exijo enquanto o encaro de braços cruzados

— eu estou sendo vigiado, toma - me entrega um bilhete com um endereço — eu te espero hoje a noite, na hora que quiser. É um restaurante

— como você está Alex?

— eu estou bem, vejo que já deu a luz. Parece feliz

— eu estou. Em breve vou me casar com seu irmão

— felicida....- o cara olhou pros lados e de repente correu. Estranho.

O pressentimento ainda não passou, a cada segundo me diz pra fazer algo mais o que? Me sinto culpada e uma péssima noiva só de pensar que escondi algo tão importante, durante tanto tempo. No começo José me ameaçou mais depois, eu podia ter dito e não disse. Me sinto um lixo. Enganar o homem que mais amo não é nada legal e imagino o que Alexandre fará quando descobrir. Sei que um dia a verdade virá a tona, mais cedo ou mais tarde. Não importa.

As horas se passaram rapidamente ao lado das minhas princesas, logo, logo estarão andando ou melhor correndo. Terminei de almoçar à duas horas, Laura está pra chegar pra irmos passar o resto da tarde juntas, como sempre foi. Pra falar a verdade sinto muita falta do 'meu' amigo Carlos, ele sempre esteve do meu lado pra me aconselhar e não sei o que fazer sem ele, acho que vou desabafar não aguento mais guardar tanta coisa só pra mim.

(...)

— ele vai te matar! - Carlos me fala depois de desabafar com ele e Laura

Carlos decidiu não deixar ela vir sozinha e aproveitei pra contar tudo.

Estamos indo em direção ao carro, saindo do Shopping e com planos de ir ao parquinho pelo menos pra tirar fotos.

— eu tô vendo que o conheço melhor que você! - Carlos me diz e eu me sinto cada vez mais culpada — antes de casar, depois dele ter voltado de Nova York me disse que agora tudo estava maravilhoso, que no relacionamento de vocês não ia existir mais segredos. Maria...perdão mais, estou decepcionado com você!

— amor não fala assim com ela por favor. Você vai jantar com seu cunhado Mary? - Laura me pergunta depois de me defender

— eu não sei, antes de tudo...vou falar a verdade pra o Alexandre e ele vai me falar o que devo fazer

— glória - Carlos fala sarcástico

— se ele não te esganar né Amorzinho!? - Laura diz também com ironia

(...)


Alexandre acabou de chegar, me deu um selinho antes de subir pra banhar. Parece exausto. Me sinto tão culpada que sinto até vontade de chorar. Subo as escadas e sento em nossa cama esperando que termine de banhar.

— preciso falar com você! - falo assim que entra em meu campo de visão usando somente uma toalha preta na cintura, está totalmente molhado e com os cabelos pingando.

— diga

— é que em...- o celular dele toca em cima do criado mudo, ele cancela a ligação e espera pra que eu continue — sabe quando viajou pra Nova York sozinho? Eu...- o celular volta a tocar e Alexandre impassiente atenda

— sim...como?...mais...ta bom...sim - encerra a ligação — eu tenho que ir!

— como assim amor, olha a hora...- me interrompe

— eu volto logo - encosta minha testa na sua — ta bom?

— sim

(...)

São 19:40 e nada do Alexandre, decidi ir ver meu cunhado. Já banhei, me vesti e me maqueei. Estou pronta. Saiu de casa e pego um taxi, dou a ele o endereço e me leva.

O carro para.

— teve ter algum engano senhor - digo após ver que paramos em frente a um (m)otel

— não senhora é esse lugar mesmo

— está bem, obrigado - saiu do táxi e ando até o 'hotel'

— a senhorita deve ser Maria, tem um senhor a sua espera - me leva até um elevador ao parar eu saiu e vejo uma única porta, abro e encontro Alexander deitado na cama d'água só de box branca.

— o que isso significa Alex? - ele levanta da cama com um sorriso safado e anda até uma mesa de vidro com champagne. Pega uma taça e enche do mesmo.

— quer?

— não obrigado

— oh por favor não me deixe beber sozinho. Hum?

— está bem. Mais diga logo o que tem de dizer, eu tenho que voltar pra casa - bebo a garrafa de champagne rápido

— é sobre o José, ele...- me sinto tonta e com as pernas moles, imediatamente fecho os olhos, sinto o contato duro do chão contra minha costas e apago...

Alexandre Narrando...


Não posso acreditar que minha mulher está me traindo com meu próprio irmão...

~*~

Ps. Como a própria Maria pensou, a verdade sempre vem a tona, cedo ou tarde.

Minha Prostituta - REVISÃO EM PAUSAOnde histórias criam vida. Descubra agora