Capítulo 5

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Quando meu despertador tocou, logo levantei. Tomei um banho quente e me vesti para ir a faculdade.

- Bom Dia mãe.

- Bom Dia filha.

Sentei na mesa para tomar meu café que ja estava pronto. Minha mãe estava fazendo uma saia de crochê para sua sobrinha que iria nascer daqui algumas semanas.

- Quando o papai volta?

- Acho que amanhã.

- A sim. Bom. Ja estou indo, tenha um bom dia.

- Igualmente.

Caminhei até o ponto de ônibus e durante todo o caminho fiquei sonhando acordada. Com ele.

Quando cheguei na faculdade não estava muito a fim de estudar. Mas eu era obrigada a estudar. A Sra: Beth uma das professoras distribuiu em cada mesa um livro. Todos os livros eram antigos com ortografias difícil. A lição de hoje era ler e comentar o que conseguimos entender sobre o livro lido.

...

O dia pareceu uma eternidade. Cansativo e chato. Mas quando sai da faculdade algo me fez sorrir... Um carrinho de algodão-doce que estava estacionado bem na frente da saída. Abri imediatamente minha bolsa a procura de algum dinheiro, mas não estava conseguindo encontrar. Procurei cada vez mais fundo até que meus materiais caíram no chão me fazendo desistir da procurar.

- Tudo bem por aqui?

Ai. Aquela voz que me faz tremer. Ele esta aqui, presenciando minha babaquice.

- Há. Oi. Você esta ai muito tempo?

- Não. Só o suficiente para ver que você é louca por algodão-doce mas não trouxe dinheiro.

Corei envergonhada. Ele vestia uma camiseta azul-escuro que ressaltava seus músculos.

- Desculpa fazer você presenciar isso.

- Sem problemas.

Ele virou para o senhor que vendia algodão-doce e pediu dois.

- Não precisava.

- Imagina.

Começamos a caminhar em sentido ao ponto de ônibus e ele parecia estar feliz em me ver. Suas pupilas estavam brilhantes e toda hora ele sorria. Talvez ele gostasse da minha companhia. Quando chegamos ao ponto de ônibus ele se virou para mim e eu mordi meu lábio inferior.

- O que você vai fazer amanhã?

- Bom. Eu? Somente vir para a faculdade.

- O que acha de tomarmos um sorvete amanhã?

- Não seria uma péssima idéia. Mas antes tenho que consultar minha mãe.

- Tudo bem.

- Você não quer que eu pegue seu numero para te mandar uma mensagem falando se vou ou não?

Ele parou e analisou minha pergunta. E então respondeu:

- Não! Não sera necessário. Estarei por aqui do mesmo jeito. Caso você for, me encontre aqui.

- Certo.

O ônibus se aproximava e então chegou a hora de nos despedir um do outro.

- Bom. O seu ônibus ja estava vindo.

Eu sorri. Não sei o porquê.

- É.

Ele se aproximou e beijou minha bochecha esquerda. Eu paralisei. Seu perfume entrou pelas minhas narinas e me deixou loucamente apaixonada.

- Fique com Deus.

Quase não ouvi o que ele me dizia. Pois estava paralisada por conta do seu gesto carinhosamente lindo. Fiquei tão atordoada que quase perdi o ônibus.

...

Quando cheguei em casa me joguei na cama e fitei o teto por um bom tempo. As vezes passando a mão onde ele tinha beijado. Quando me dei conta já havia escurecido.

Doce Perigo.Onde histórias criam vida. Descubra agora