II Limites.

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Alguém aí lembra dos acontecimentos do capítulo "Uma noite de carnaval"? de guardiões? Nesse aqui saberemos o que realmente aconteceu na noite em que Edward ficou bêbado.

***

Não estava nem um pouco empolgado em ir ao encontro do auto-guardião que serviria para o resto de minha existência. Mas precisava honrar o pedido de Amara. Daria meu melhor para desempenhar essa tarefa que me foi confiada.

- Se cuida ruivinha. - A abracei antes de sair da enfermaria onde a guardiã se encontrava se recuperando e ir rumo ao meu novo lar.

- Tentarei. - A guardiã afagou minha face. Amara visivelmente disfarçar a melancolia de está sendo obrigada a desistir de seu sonho. Tudo por culpa de uma má decisão. Decisão esta que assombraria meus sonhos para sempre. - Não fique assim. Dizem que a terra é um lugar lindo. Há muitas coisas a serem exploradas.

- Coisas que eram para você explorar... Não eu.

- Não podemos lutar contra o nosso destino. - A garota ruiva afagou meu rosto com o braço bom. - Vá ao encontro do seu e não se esqueça de mim.

- Jamais. - Fechei os olhos impedindo as lágrimas.

- Vá... Não quero que se atrase.

Vagarosamente caminhei para fora da enfermaria. Segui pelos corredores até sair para o pátio exterior onde uma figura de postura altiva se encontrava de costas para a porta que eu acabara de sair. Parecendo ter percebido minha presença ele girou nos calcanhares ficando de frente para mim. Eu nunca havia o visto antes, mas soube de que se tratava de alguém do alto escalão no momento que senti sua aura poderosa.

- Você é Edward? - A voz calma contrastava com o olhar de ave de rapina.

- Sim... - Sustentei o olhar dele sem deixar ser intimidade pelo azul elétrico de seus olhos. E tive a impressão de ter visto a sombra de um sorriso aparecer.

- Me mandaram encontrá-lo. Sou Sky. - Meu senhor. É claro. Será que devo reverenciá-lo ou algo do tipo?

- Meu senhor... - As palavras saíram arrastadas pelo esforço de proferi-las.

- Por favor, nada de formalidades. - O auto-guardião revirou os olhos deixando-me sem uma resposta. - Vamos lá? Não posso me ausentar por muito tempo. Estou lutando contra uma infestação de vampiros em Veneza. E como naquele ditado é dito: quando o gato sai os rastos fazem a festa. Eles se aproveitam com minha ausência.

Ainda sem saber como me comporta apenas assenti e o segui. Voamos em direção ao céu. Pouco a pouco aumentávamos a velocidade fazia com que a adrenalina disparasse por minhas veias. Era a primeira vez que chegava a essa velocidade.

Ao atravessarmos a barreira planamos sobre a cidade mais bela que já havia visto. Era noite e pequenas luzes brilhavam nas variadas construções. Amara ficaria em êxtase com essa visão.

- Oculte-se com a "ilusão" não queremos que nos vejam. - Mais uma vez apenas assenti. O obedeci e então cruzamos a cidade.

Era impressionante o fato de que a cidade parecia ter sido construída sobre as águas. Enquanto sobrevoávamos a cidade contei inúmeras pontes e canais. Nunca havia chegado a imaginar que tal façanha fosse possível de ser realizada e ainda mais por humanos.

- Como eles conseguiram construir uma cidade entre tanta água? - Não era possível esconder meu espanto.

- É impressionante não é mesmo? A cidade foi construída sobre um arquipélago de 118 ilhas formadas por cerca de 150 canais. As ilhas em que a cidade é construída são ligadas por cerca de 400 pontes. No centro os canais têm a função de estrada, e de qualquer forma de transporte sobre a água. Você vai ver quando chegarmos lá! -O entusiasmo na voz dele era evidente. - Há tantas outras construções tão grandiosas quanto essa cidade. Você ainda não viu nada. - O lorde riu contente pegando-me mais uma vez de surpresa. Ele não se comportava como os guardiões de elite que tive desprazer de conhecer. Talvez isso não seja tão ruim. Só precisava convencer o meu coração.

Guardiões origens - Edward. +18 (Não Revisado)Onde histórias criam vida. Descubra agora