Guardiões origens - Edward. +18 (Não Revisado)

XVI Desastre.

Lutar contra um Ghoul foi uma das experiências mais esquisitas que já tive em minha existência. Nosso treinamento não ensinava lidar com um morto vivo canibal que consegue mudar de forma. Pelo menos a criatura não era lá um grande exemplo de agilidade. Poderia dizer com plena certeza que foi a luta mais tediosa que já travei, em menos de dez minutos lorde Sky decapitou o monstro e voltando felizes da vida para a pousada desfrutar de um delicioso jantar.

Mais esquisito que lutar com o morto vivo árabe foi a rodada de sonhos com a voz teimosa de minha amiga ruiva desaparecida. Ela tem que parar com isso e falar logo o que quer. Porque desconfio que se eu não estiver tendo delírios exageradamente realistas estou sendo vitima de uma das pegadinhas daquela ruiva de humor tão distorcido quanto o meu. Claro que as coisas podiam ficar ainda mais embaraçosas. Jade ficava nos cascos quando era acordada por mais um de meus pesadelos com Amara. O olhar dela dizia tudo, se eu não arranjasse uma forma de fazer isso parar ela arranjaria. E isso me deixava levemente assustado, porque não sabia o que se passava na cabeça daquela werecat.

A morena parecia sentir necessidade de marcar território cada vez que eu tinha uma pesadelo. Agarrando-me em qualquer lugar seja apropriado ou não. O engraçado era que as ultimas investidas dela foram totalmente frustrada, ou por lorde Sky chamando-me para fazer uma patrulha por que de acordo com os relatos dos moradores locais o ghoul não era a única criatura estranha que fazia visitas ocasionais. Quem diria que o bairro werecat era assim tão animado? Tinha a pequena impressão que ela está arrependida de nos ter trazido para cá. Via no olhar dela como essas interrupções a deixavam irritada e inconsequente.

O olhar sedento dela devorava-me sem nenhum pudor como nesse exato momento que praticamente empurrou-me para um beco estreito e como uma verdadeira fera atacou-me por pouco não rasgando minha roupa com suas garras. Por alguns segundo me deixei levar pelos toques libidinosos dela, mas aquela sensação incomoda de está sendo observado fez-me afastar da boca sedenta da werecat.

- Jade... - Tentei segurar suas mãos ávidas tentando freá-la. - Estamos sendo observados.

- Ótimo. Sempre quis fazer algo do tipo. - Ela mais uma vez tomou meus lábios com afinco os caninos arranhando-me.

Um barulho de algo sendo derrubado próximo de onde estávamos foi a gota d'água. Ela estava perto demais para deixar que fugisse. Amara tinha muitas explicações a dá para mim. Segurei os ombros da felina e a girei encostando-a na parede.

- Não demoro. - Dei-lhe um beijo rápido e fui em direção a origem do barulho deixando-a com uma expressão surpresa no rosto. Tinha certeza que pagaria por isso mais tarde.

O som havia vindo de detrás de uma pilha de caixotes de frutas a poucos metros de onde estava com jade, no entanto não havia mais ninguém lá. O único vestígio de que realmente havia alguém ali a poucos instantes era um fiapo preso em uma das caixas de madeira. A sensação também esvaia-se pouco a pouco. A espertinha com toda certeza havia transladado ao sentir minha aproximação. Ela sempre foi melhor do que eu no jogo de esconde-esconde.

- Droga Amara. Estou ficando cansado desse seu joguinho. - Murmurei massageando a nuca.

- Eu também. - Jade estava bem atrás de mim com os braços cruzados e cara amarrada. - Se eu encontrar essa sua amiga por aí vou apresentar minhas garras a cara dela. E Não ouse rir Edward. - Franzi os lábios tentando segurar o riso.

- Estou vendo que estou encrencado. Você está me chamado pelo nome. - Engoli a risada.

- Claro que está. Não se deixa uma garota frustrada. - A morena estreitou os olhos ameaçadoramente.

- Perdão ferinha. Compensarei mais tarde. - A segurei pela cintura e a puxei contra mim colando meu corpo ao dela. Automaticamente seus braços enlaçaram meu pescoço uma das mãos deslizando por minha nuca causando-me arrepios. Agora ela lutava para se manter séria e controlada. A provoquei mordendo seu lábio inferior e o puxando de leve.