resumo: pedaços de torta e Harvard.
...
Louis encarou a tela do laptop com duvida, seu lábio inferior preso entre os dentes. A tentativa de coluna não estava... ruim. Pronta, sim, um pouco intimista também, mas aquele era o objetivo, certo? Fazer as pessoas se sentirem acolhidas? Louis gostava de pensar que sabia uma coisa ou duas sobre aquilo.
Ele passou o dia inteiro assim — digitando e apagando e digitando tudo de novo e apagando mais vezes. Até mesmo na hora de almoço de Harry e o restante da tarde e quando eles chegaram em casa, o garoto ficando entediado de chamar a sua atenção e indo brincar com as suas irmãs. Pelo barulho de risadas e miados, estavam alimentando os gatinhos.
Afastou a franja úmida de banho da testa, levando sua atenção para Mark, que salteava os vegetais todo vestido no seu avental de cupcakes.
Hum. Ok.
"Pai."
"Filho."
"Você leria a minha coluna?"
Mark olhou sobre o ombro, ainda manuseando a frigideira com habilidade sem nem mesmo olhar. Louis não sabia como ele fazia aquilo, mas era incrível. Os olhos claros aqueceram na sua direção.
"Claro que eu leria, amigo. Você já terminou?"
"Sim." Torceu a boca para o arquivo de InDesign. "Quero dizer, não sei. Ainda falta para as férias de verão acabarem, eu provavelmente vou reescrever isso mais um milhão de vezes."
O pai de Louis murmurou em entendimento, desligando o fogo antes de derramar os vegetais dentro de uma travessa de vidro, colocando na mesa já arrumada. Ele limpou as mãos no avental e parou na lateral de Louis, envolvendo um braço nos ombros do filho, sua atenção voltada para a tela. Louis ficou tenso, olhando as reações de Mark enquanto ele lia.
E, é claro.
Duh, é claro que o seu pai sorriu e deu um tapinha na sua testa. É claro que Louis prendeu a respiração por quase dois minutos inteiros para seu pai ser... seu pai.
"Está ótimo, filho. Bom trabalho mesmo. Você tem um jeito muito especial com as palavras, tenho certeza que as pessoas vão se sentir uma conexão diferente."
Louis rolou os olhos. Conexão diferente? Sério?
"Eu esqueci que você é suspeito, pai. Mas obrigado mesmo assim."
"Ei." Mark fingiu uma expressão ofendida, colocando a mão no peito. "Você acha que a minha opinião não conta porque eu sou o seu pai? Você acha que eu sou suspeito porque eu sou o seu pai e acho que o meu filhote é incrível e tudo que ele faz é ótimo e bem feito e que ele é o garoto mais legal do mundo? É isso?"
"Sim." Louis meio que suspirou meio que riu, balançando a cabeça para o pai. Mark Tomlinson era definitivamente suspeito e nem um pouco confiável naquele quesito, muito obrigado.
Uma vez, quando Louis era criança, ele tinha pego um dos papéis de trabalho de Mark e desenhado corações — pelo amor de Deus — na folha com os dedos molhados de terra e colado florzinhas sujas em volta, e ainda assim, ainda assim, Mark tinha aplaudido e guardado como se fosse a obra de arte mais valiosa que ele já tivesse visto. Ele provavelmente ainda tinha aquela porcaria guardada.
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shine || mpreg
RomanceEsse poderia ser mais um clichê dentre tantos outros. Um dos garotos, é tímido. O outro, é popular. O tímido, não tem mais que dois amigos. O popular, vive cercado de pessoas. O tímido, nunca tirou um F. O popular, precisa de ajuda em história. Ou...