XLIV

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resumo: café estranho, corrida e se sentir vigiado; Louis é mais ingênuo do que ele imagina e nem isso sempre é algo ruim. Ou é.

...

"Eu não vou beber isso."

Harry subiu os olhos da xícara, o observando sem emoção por um segundo antes de baixar novamente. Ele adicionou outra colher de óleo de coco.

"Você vai. É bom."

"É fodidamente nojento, Haz. Eu não vou."

"Não é nojento, é algo que vai te dar energia."

"É nojento."

"Desde quando você decidiu ser um bebê?"

"Desde que são 5 da manhã e você decidiu que era uma boa ideia colocar óleo de coco no café com leite!" Balançou a cabeça enojado. "Eu consigo ver o óleo nadando por cima, Harry."

"Você literalmente engole gozo, Louis."

"Sim, mas você come muitas frutas." Suspirou, deitando a bochecha sobre o balcão frio, as pálpebras pesadas pela noite mal dormida.

Ele amava ver o Sol nascer, mas não necessariamente amava aquilo quando tinha dormido apenas um par triste de horas, sendo arrastado para fora da cama quando Harry disse muito docemente que seus amigos arrombariam a porta da casa em alguns minutos. O eu interior de Louis levantou um dedo do meio em revolta para si mesmo, e ele decidiu que era tudo culpa de Harry por ter arranjado um time tão persuasivo.

Embora aqueles grandalhões parecessem filhotes de cachorro querendo carinho, Louis queria ser gostado (e não era meio que uma boa ideia contrariá-los), e aparentemente aquilo queria dizer sair para correr em horários proibidos pela humanidade de acordar quando se está de férias.

Sim, culpa de Harry. Por que ele estava tão bonito? Louis olhou para os próprios shorts de corrida, fazendo beicinho. Ele parecia amador. Ele era amador. Ele queria dormir.

"Eu quero dormir."

Harry depositou a xícara na sua frente, deslizando um prato com duas metades de um sanduíche artisticamente cortadas e muffins de banana que cheiravam frescos. Louis se sentiu mal imediatamente.

"Que horas você acordou, Haz?"

O menino sentou do outro lado do balcão, afastando o cabelo úmido de banho da testa antes de sorrir pequeno na sua direção, dando de ombros.

"Cedo. Eu não consegui dormir muito."

Louis franziu as sobrancelhas.

"Noite ruim?"

"Não assim. Eu só- vai parecer idiota mas eu sinto como se pudesse esmagar o nosso bebê quando durmo de bruços." Harry rolou os olhos. "E essa é obviamente a única posição que eu consigo dormir direito agora, é claro. Fez sentido?"

Oh, Deus. Oh. Ele poderia ser menos fofinho?

Louis pulou do banco e contornou o espaço entre eles, se colocando no meio das pernas de Harry e abraçando o pescoço dele, um sorriso carinhoso nos lábios.

"Fez sim, Haz, mas não é assim. Você não vai esmagá-lo ou qualquer coisa perto disso, ele é muito pequeno ainda." Roçou os narizes juntos, sentindo os dedos mornos se infiltrarem por dentro da sua jersey. Bem, jersey de Harry que ele havia pegado emprestado.

"Mas ainda é estranho." Fez bico, apertando a pele suavemente. Louis quis bocejar, mas engoliu a vontade e deitou a cabeça no ombro dele, pressionando o beijo onde a pulsação batia contra a pele leitosa.

shine || mpregOnde histórias criam vida. Descubra agora