Traste.

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Capítulo 8 - Traste

Já fazia alguns dias que eu e Laur nos tornamos amigas. E o estranho é que estávamos nos tornando inseparáveis. Sempre brincávamos, conversávamos, discutia quem era mais linda que a outra - Havia momentos em que eu dizia discadamente que ela é linda só para vê-la corar feito um pimentão - O que na verdade não é mentira. Lauren é realmente uma burguesa muito linda. De onde uma mulher linda como aquela saiu? Durante toda à semana eu não falava outra coisa há não ser em Laur... Laue aqui, Laur acúla

E Sofi ficou mais que feliz quando eu disse que a Lauren tinha se tornado minha amiga.Coisa que era nova pra ela. Pois ela não via nenhuma amiga minha,ela nunca via porque eu realmente não tinham nenhum. Porque todos eram falsos comigo, mentirosas e fura-olho.

Mas por enquanto vamos deixar essas más lembranças de lado. Hoje tenho um novo objetivo.

Arranjar um emprego.

Sim... um emprego.

O dinheiro da pensão que o meu pai manda, eu atualmente estou juntando a maior parte dele. Como eu disse... eu pretendo sair de casa e levar minha irmã junto. Mas pra isso eu tenho que ter bastante dinheiro e um emprego.

Apesar das coisas só piorarem... Eu também devo pensar em como vai ficar depois que eu alcançar meu objetivo. Eu terei um emprego, um Colégio e uma criança pra cuidar. Eu não me sinto confiável em deixar Sofi sozinha em casa. Ainda falta pensar em muitas e muitas coisas.

E eu não posso pedir ajuda ao meu pai. Ele é um homem bom, mas muito, muito ocupado. Principalmente com a mulher e os gêmeos que acabará de ter.

Eu nunca, jamais, em hipótese nenhuma vou morar com o meu pai. Ele arranjou uma mulher que no começo era toda boazinha pra mim. Ela dizia que "aceitava o pacote completo..." Conversa pra boi dormir.

Depois dos gêmeos que ela pariu do meu pai, ela começou a me desvalorizar. E de brinde ainda começou a falar mal de Sofi. Dizendo que ela é só uma menininha alejada que vai dar trabalho, muito trabalho.

Posso dizer que ela cavou a própria côva.

Hoje em dia ela nunca, jamais, em hipótese nenhuma, ousou falar isso de novo. Na verdade ela nem olha mais na minha cara. Até porque depois que eu dei uma bela surra nela ela me expulsou de sua casa. E é claro que meu pai não largou a sua horrorosa mulher pra cuidar de mim. Meu pai prefere ter uma mulher pra transar ao seu lado do que uma filha revoltada pra cuidar. Minha mãe é do mesmo jeito. Prefere uma rola do que a própria filha... Mas, alguns adultos são assim mesmo, gananciosos.

Hoje eu sobrevivo com a pensão que meu pai manda. Eu não aceito nada da minha mãe. E quando eu digo Nada, é Nada mesmo.

Dou uma rápida olhada no guarda-roupa e pego a primeira roupa que vejo.

O resultado foi: Uma calça colada, toda preta. Uma camiseta bege, bem levizinha. Coloquei também um Blazer listrado, preto com Branco. Um sapato cano médio, branco com detalhes preto... pra variar. Depois só me maquiei, deixei meu cabelo solto mesmo. Fiquei para olhando pro espelho e olhei diretamente para minha orelha. Vendo que não iria cair bem em uma entrevista de emprego, decidi tirar o alargador. Por fim peguei minha bolsa e saí.

Aah.. como eu queria usar minhas roupas de menina maloqueira nessas horas. Mas se eu for vestida com roupas largas e short curto, com botas e boné, eu não irei arranjar nenhum emprego nem em sonhos.

Aproveitei que não haveria ninguém em casa. Sofi ainda está no Colégio e depois que sair do Colégio ela vai fazer algumas compras com a Dona Sinu. A bixa do meu irmão só fica mofando no quarto. E eu to pouco me lixando pra saber o que o traste tá fazendo.

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