Mon Amour

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Capítulo 5 - Mon Amour

Sofi e eu estávamos nos divertindo muito no parque. A dona Sinuhe não levava Sofi pra passear. Se não fosse por mim, ela estaria lá em casa mofando.

Sofi não é nenhum pouco parecida comigo. Exceto os olhos que eram da mesma cor.. Um castanho cor de avelã. Eu pareço com o meu pai, os cabelos a boca... o rosto. Da minha mãe eu só tenho os olhos. Assim como Nani também.

A pele dela não era tão morena quanto a minha. Os olhos dela eram maiores que os meus. O cabelo dela é castanho, bem, bem liso e sedoso... Não é castanho ondulado como o meu. Eu dou graças á Deus por ter puxado a aparência do meu pai. Sofi puxou a mãe todinha... mas nada se compara a beleza única que ela transmiti.

- Sofi... - Falei

- Qui foi, Mon Amour? - Perguntou e eu comecei a rir.

Logo depois que chegamos no parque eu ensinei á ela algumas palavras em Francês, poucas, mas ensinei. Eu adoro francês, mas também só sei algumas palavras, não muitas.

Acho lindo o sotaque que ela faz. Se a voz já é linda imaginem com sotaque Francês. No começo ela teve dificuldades, mas com o tempo ela pegou o jeito.

Podem dizer... eu sou uma irmã muito babona mesmo...

- Se um dia eu saísse de casa... Você virá comigo? - Perguntei esperançosa

.Eu quero mais que tudo sair daquele inferno. Mas eu só sairia se Nani viesse comigo, óbvio!

Ela estava no balançador. E eu estava logo atrás balançando ela. Com o maior cuidado do mundo para que ela não caísse.

- Sim... Com você eu vou até pra lua de queijo. - Falou virando a cabeça pro lado para me fitar. Seus olhos estavam brilhando de emoção e alegria. Ela parecia brilhar de tanta serenidade e felicidade. O que me fez derreter por completo. - Mila, eu te amo e vou estar sempre contigo, Mon Ange... - E um longo sorriso se formou em seus lábios.

Eu parei de balançar e fiquei parada como uma estátua. Ela me ama... Eu fiquei tão emocionada que eu lhe dei um abraço apertado. E comecei a encher o rosto dela de beijos.

- É.. A.. PRIMEIRA.. VEZ.. QUE.. VOCÊ.. DIZ.. ISSO.. -Falei entre beijos. - Eu também te amo, minha miúda. Eu vou cuidar de você... sempre, e sempre...

- Promete?

- Prometo.

AH... aquela coisa miúda me faz muito feliz.

- Mila...

- Que foi minha princesa?

- Isso no seu braço... é... - Falou enquanto apontava o dedo pro hematoma que estava em meu braço.
Merda ...

- Não é nada, Mon Amour. - Forcei um sorriso.

Eu odeio mentir pra ela. Mas também não posso dizer quem fez isso comigo. Todos da família já sabem sobre o que o Wesley fez comigo. Exceto Sofi. Eu obriguei á todos da minha família para que não tocassem no assunto. Depois de várias brigas, discussões e tapas. Ninguém ousou mencionar o assunto.

Eles poderiam fazer o que quisessem comigo, eu não me importaria. Pois eu faria, e faço, qualquer coisa por Sofia. Mas se algum deles ousasse ferir ela ou qualquer outra coisa do gênero, eu mataria. Quer dizer .... Eu mato.

Sim... toda a minha família sabe dos abusos sexuais que o Wesley fazia em mim.

Houve uma época em que eu não aguentava mais, e acabei jogando a bomba. Aquilo estava me sufocando e me deixando sem ar. Botei tudo pra fora, contei tudo á minha família. Eu queria fugir pra longe, me perder por aí... só pra acabar com a dor que eu sentia por dentro. Mas no final de tudo eu percebia que nada disso valeria á pena.

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