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Byun e Eunha conversavam próximos. Ela falou algo que o fez dar um sorriso fechado.
Não posso dizer que gostei de ver aquilo.
E definitivamente não posso dizer que gostei quando ele deixou um beijo em sua cabeça.
Nesse momento como em muitos outros eu senti raiva. Vontade de bater no Baekhyun por ser ele e vontade de bater em Eunha por me fazer perceber que eu gosto de Baekhyun.
Ela entrou em uma porta e eu tomei meu líquido escuro, olhando para ele com a mão atrás do corpo.
Ele se vira em minha direção e quando me vê levanta a mão como um cumprimento.
Me virei e continuei andando, ignorando ele.

-Isso foi rude. -Sua voz ecoa atrás de mim. Me virei para ele. Esperava manter minha pose de indiferente mas fiquei sem graça e abaixei a cabeça.

-Me desculpe. Eu já vou. -dei as costas. E não foi mais que dez passos para algo me impedir de ficar longe dele.

Meu grito ecoa pelos corredores. Não um grito de medo, mas sim de dor. Um agonizante grito de dor.
Sentia meu corpo quente no chão gelado, quente em uma temperatura desconhecida por mim. Meu sangue parecia ferver enquanto rondava por minhas veias.
Com olhos abertos ou fechados eu não conseguia enxergar nada.
O vestido antes leve e confortável se tornou um peso que eu precisava tirar.
Levei as mãos até os botões de cima, eram apenas quatro botões, mas a força que eu usei rasgou meu vestido deixando a mostra minha barriga.

Senti uma mão pegar em minha cintura e a outra em meu rosto.

-Baek? Me ajude. -peguei em sua mão e a apertei.
Ele me pegou no colo e em poucos segundos me colocou em uma cama, confortável demais para ser a minha

A dor que antes era insuportável, se tornou não mais do que uma febre. Dormi sentindo suas mãos desfazer a trança em meu cabelo.

*
Bastarda não digna do nome que lhe foi herdado.

Acordei assustada. As palavras martelando em minha cabeça. Por ser sem nexo deixei para outra ocasião.
Lembranças do que aconteceu antes de dormir passavam em minha cabeça. Olhei para os lados. Móveis pretos ou marrons se espalhavam pelo grande quarto. Não tinha dúvidas de que aquele era o quarto de Baekhyun.

Passo a mão por meus cabelos que estão levemente ondulados. Me levantei devagar, olhei para meu corpo, minhas pernas estavam descobertas. Estava com uma blusa de mangas longas branca.

Estava sem sutiã. Minhas bochechas coraram ao pensar no que ele fez. Na ponta da cama tinha um vestido vermelho de alcinha. Visto por cima da blusa, que quase passa do vestido. Calço minha sapatilha que estava também na ponta da cama.

Saio do quarto. Corredores. Pensei em como chegaria a sala de jantar. Tinham se passado horas disso tinha certeza.
Vi um corredor conhecido, fui até ele.
Virei a direita e achei a porta da sala de jantar.

Abri a porta. Estavam todos lá. Já era a hora do jantar. Ele não me acordou não foi minha culpa.

Sentei-me na cadeira ao lado de Yuju, ela pergunta sem fazer barulho onde eu tava, fiz um gesto dizendo que estava dormindo.

Não estava com fome. Então só fiquei ali fitando as mãos.
Os dias eram muito demorados. A próxima semana alguém iria sair, e aí só sobrariam duas. Deixo um suspiro sair e acabo coçando meus olhos em cansaço.

-Sr. Byun eu posso sair? -falei encostando minha bochecha em meu punho. Ele me olhou e voltou a tomar em sua taça. Fiquei irritada com aquilo mas lembrei que eu fiz o mesmo hoje mais cedo. -Isso foi rude. -rebato.

Vi ele sorrir de canto e fazer um gesto com a mão para que eu fosse.
Levantei da cadeira e saí da sala de jantar.
Fui até a sala principal.

Vi os cabelos curtos e olhos grandes. O primeiro pensamento foi de voltar e sair dali. Mas aí minha consciência pesou. Me senti mal por ele.

-Kyungsoo. -chamo sua atenção quando estava próxima. Ele se vira, seus olhos ficam pretos imediatamente, mas isso não me impediu de me aproximar.

Quando já estava bem próxima rodeio meus braços por sua cintura e o abraço.

-Me desculpe por aquele dia, eu estava nervosa e me arrependo. -falei sendo sincera. Os braços dele se afrouxaram e descansaram em minhas costas.

-Byun te mandou? -ele perguntou desconfiado e eu ri.

-Se ele tivesse mandado eu não vinha. Ele não sabe nem que eu estou falando com você. -falo e aperto mais o abraço.

-Aceito suas desculpas. E uma pergunta. Você está carente? -ele pergunta e desce mais os braços apertando minha cintura. Mexi a cabeça concordando. -Descobriu que gosta dele? -concordei novamente.

-Venha aqui mais vezes quero alguém interessante para conversar. -falo e me solto de seu abraço.
Ele se aproximou de meu ouvido.

-Acho que você vai ter uma conversa interessante agora. -após isso ele some.

Olho para trás. Naquela hora ele resolveu aparecer assim do nada. Kyungsoo é um safado vingativo.
Seus olhos variavam entre o castanho e o preto.

-O que você estava fazendo com ele? -sua voz soava irritava e eu já planejava em minha cabeça alguma forma de acalma-lo.

-As pazes. -sorrio. Mas isso não o convenceu.

-E precisava ficar abraçada com ele? -ele jogou com ainda mais raiva.
Ele estava com ciúmes do cara que a primeira vez que eu vi quis esmurrar, mas o mesmo acontecei com Baekhyun e lá estava eu.

Fiquei na ponta dos pés e abracei seu pescoço colocando a cabeça em seu ombro.
Aos poucos ele abraça meus quadris. Estar abraçada a Baekhyun foi uma das melhores coisas que me aconteceu desde que cheguei naquela casa.

-Estamos fazendo as pazes Baek. Sem segundas intenções. -falei e sorri sem que ele visse.

-Mas você não abraçou ele assim. -ele falou próximo ao meu pescoço.

-Você é especial. -falo sem perceber. Ele nos separa um pouco e olha em meus olhos. Sua boca era extremamente convidativa mas me contive, não queria que fosse eu a dar todos os passos.

-Vamos andar por aí? -perguntei e ajeitei meus pés. Ele não é alto mas ter 1,57 não ajuda.

-Eu vou fazer isso com a Eunha. -ele fala e parece que estou fervendo novamente por dentro mas estou totalmente Plena por fora.

-Ok, quem sabe nos encontramos pela madrugada. -falo e deixo um beijo em sua bochecha.

-Não saia depois da meia noite. -ele fala, senti vontade de mandar o dedo do meio. Mas dei uma resposta educada.

-Não se preocupe não vou fugir. -me soltei de seus braços e antes de ir ele disse.

-Experimente pensar em coisas que te deixam com raiva na frente do espelho.

Não tinha entendido o motivo mas Essa seria a primeira coisa que eu faria quando chegasse em meu quarto.

Unknown • /Onde histórias criam vida. Descubra agora