chapter four

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As batidas na porta de seu quarto ficaram mais altas, assim como as chamadas por seu nome. Taeyong murmurou ainda dormindo, se virando na cama quando mais uma batida foi ouvida.

Olhou para sua porta assustado e confuso, gritando um “o quê?” irritado.

Finalmente, garoto! Pensei que tivesse morrido aí dentro! – escutou a voz de seu irmão do outro lado da porta, sendo abafada pela madeira. – Levante-se, seu preguiçoso, meu cigarro acabou.

O Lee mais novo levou um tempo para digerir a frase, por conta do sono ainda presente, mas quando se deu conta do que Taeyang queria dizer, se sentou rapidamente na cama macia.

– Eu não vou sair agora pra comprar mais cigarro pra você, Taeyang. – disse, coçando o olho enquanto bocejava cansado.

Não seja um irmão malvado, seu idiota. Vai lá, não vai gastar nem uma hora da sua vida, Tae. – disse por fim, saindo de perto da porta do irmão para ir até a cozinha.

Taeyong suspirou, finalmente levantando e se arrepiando todo ao tocar os pés quentes no chão frio. Pôs o primeiro moletom que achou no guarda-roupa, e seguiu até o banheiro para se ver no espelho.

Seu cabelo parecia um ninho de passarinho.

Passou as mãos naa madeixas claras e jogou água no rosto, tentando dissipar o sono. Escovou os dentes rapidamente e saiu do cômodo, destrancando a porta de seu quarto e seguindo no corredor.

– Que horas... São? – perguntou ao irmão, que estava na cozinha lavando a bendita louça que tanto irritou Taeyong, e ele deu graças a Deus por isso.

– Quase três horas. – respondeu, não se dando o trabalho de se virar para o mais novo.

– Da tarde?

– Da manhã.

O “loiro” franziu o nariz e logo resmungou de dor. Tinha se esquecido que seu nariz parecia com o de uma das rena do Papai Noel.

– Isso é sério? – chorou dramaticamente. – Por que você não compra amanhã? Ou... Hoje mais tarde? Porra, hyung!

Taeyang apenas riu, secando as mãos e dando um tapinha no ombro do menor.

– É melhor ir logo, senão a lojinha fecha. E se agasalhe, está frio lá fora. – dito isso, ele voltou para seu próprio quarto e bateu a porta, deixando algumas notas em cima da bancada.

– Aish, eu mereço. – revirou os olhos e pegou o dinheiro, colocando no bolso de seu moletom e andando calmo – e um pouco sonolento – para por seus tênis na entrada do apartamento, onde tinha deixado no dia anterior.

Abriu a porta depois de calçado, guardando a chave assim que a trancou e chamou o elevador, bocejando mais uma vez. Entrou no cubículo quando o mesmo chegou, e se encostou na parede fria, fechando os olhos por um tempo.

O bip foi ouvido e Taeyong se sobressaltou, passando os dedos nos olhos e indo até a portaria, notando que o ajusshi que ficava ali estava babando em um livro. Riu dele enquanto apertava o botão para abrir a porta de vidro, saiu do prédio e logo foi atingido pela rajada de vento que estava lá fora.

Olhou para a frente e viu que a loja onde iria comprar a nicotina ao seu irmão ainda estava aberta, e agradeceu por ser uma daquelas que ficava 24hrs aberta, senão teria que andar mais ainda até encontrar outra.

Assim que começou a andar em direção ao seu destino, ouviu uma voz cantando uma música de uma girl group famosa groguemente, e assim que se virou confuso para a fonte da cantoria baixa, Taeyong arregalou os olhos em pura surpresa.

Ten estava sentado na calçada suja, com uma roupa de festa toda amassada, cabelos bagunçados e uma garrafa quase vazia de soju nas mãos enfaixadas – provavelmente por causa dos machucados que o Lee viu mais cedo. Ele riu sem motivo, continuando a cantar.

– Dumb, dumb, dumb.... Dumb? Esqueci a música...

Elevadores às 2:00 AM - tae + tenOnde histórias criam vida. Descubra agora