chapter five

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– Ten? – andou até ele, se abaixando ao seu lado e tendo os olhos vermelhos do outro sobre si.

– Ah, Jack Frost! O que tá fazendo aqui? – ele riu, sem nenhuma graça, apontando a garrafa em direção ao loiro, que desviou assustado.

– Eu moro aqui, cara. – ele pegou com um grande esforço o soju da mão do outro, o deixando bem longe do menor, e olhou para a situação dele. – Você tá muito bêbado.

– Jura? – perguntou o tailandês, sarcástico.

Taeyong apenas revirou os olhos, sem paciência pra bêbados naquela noite.

– Você não pode deitar aí, é cheio de germes.

– Mas aqui tá tããão b-bom! – ele se jogou mais ainda no chão sujo, e Taeyong entrou em desespero. Tentou agarrar o antebraço do mais novo, e Ten se jogou em cima de si. – Taeyong, eu tô com friooo.

O Lee olhou para o "amigo" bêbado em cima de si, e suspirou ao constatar que não podia o deixar ali. Levantou e pegou o tailandês pela mão, esse que deixou muxuxos de dor, mas o loiro não deu importância.

Taeyong abriu a porta de vidro do prédio e puxou Ten para entrar, colocando-o sentado em uma das poltronas que tinha ali e encarou aquele garoto bêbado quase dormindo.

Passou as mãos no cabelo e olhou ao redor.

O porteiro ainda dormia, e não tinha ninguém andando por ali às quase três da madrugada. Olhou novamente para o Chittaphon e depois para a lojinha onde deveria estar agora, e então teve uma brilhante ideia – ou não tanto assim.

– Ten. – chamou, e escutou um "hm" baixo vindo do corpo mole deitado à sua frente. – Eu tenho que ir ali, mas eu já volto. Por favor, não saia daqui!

Taeyong se abaixou ao lado do moreno e passou a mão nos cabelos do mesmo, arrumando-os.

– Ok? Diga pra mim que não vai sair daqui.

– T-tá. – ele respondeu, logo em seguida dando um soluço e rindo de si mesmo.

O Lee sorriu para o mais novo e se levantou, abrindo a porta e dando uma última olhada em Ten antes de correr até a lojinha. Corria o mais rápido que conseguia, sentindo o vento bater em seu rosto e lhe dar um leve incômodo no nariz machucado.

Abriu a porta da loja e o sininho tocou, assustando um jovem que estava no caixa.

Annyeonghaseyo. – cumprimentou, sua respiração descompassado.

O jovem no caixa apenas mexeu a cabeça, seguindo com os olhos todos os passos de Taeyong na loja.

Taeyong apenas revirou os olhos pela desconfiança do menino e foi até ele, apontado para os cigarros que estavam atrás do mesmo. O menino pegou um dos cigarros que o Lee tinha apontado.

– Não, um não, eu quero dois senhor.... – fez um pequeno gesto para que o outro lhe respondesse com seu nome, e ele faz um “ah” baixo.

– Yuta. E-eu sou o...

– Tá, Yuta, eu entendi. Agora, por favor, poderia me passar os cigarros e me dizer quanto custa logo?

Taeyong não queria ser grosso ou mal educado com o garoto, apenas não tinha todo o tempo do mundo para poder bater um papo com o caixa, então pagou apressadamente e deu um simples aceno ao jovem, correndo de volta para o prédio. O Lee esperava que Ten não tivesse saído do lugar.

Assim que entrou pela porta de vidro e procurou o Chittaphon onde o deixou, e ao notar que o tailandês não estava lá, entrou em desespero. Bem, entrou até escutar a risada grogue do moreno atrás de si.

Elevadores às 2:00 AM - tae + tenOnde histórias criam vida. Descubra agora