O parque estava quase vazio, tinha chovido de manhã quase ninguém saíra de casa para passear com medo da chuva voltar.
Mas Taeyong e Ten eram adolescentes, e adolescentes são meio burros.
Os dois estavam sentados lado a lado no balanço infantil, as bundas gordas quase não cabendo nos assentos pequenos. Ten se balançava de leve enquanto Taeyong apenas o observava, meio sério.
— Você tem que me prometer, Ten. — falou, meio irritado pelo outro não o olhar enquanto falava com ele. O Chittaphon apenas encarava os próprios tênis com os cabelos negros cobrindo os olhos. — Me prometer pra valer.
O tailandês só concordou com a cabeça, como se não desse muita bola pra promessa. Mas Taeyong sabia que ele estava, sabia porque ele apertava as correntes que seguravam o balanço como se sua vida dependesse disso.
O Lee tinha feito o que Taeyang havia lhe tido: conversar com Ten sobre seu excesso de álcool. Chamou o menor por mensagem, pedindo que o encontrasse no parquinho que tinha algumas esquinas depois do prédio onde moravam para que tivessem uma conversa. Não brigou com ele e nem o proibiu de o ligar de madrugada, apenas disse que queria que, quando estivesse com o moreno, não fosse para ajudá-lo a ficar em pé sem que tropeçasse nos próprios sapatos.
Taeyong propôs ao mais novo que, se ele parasse de beber tanto, eles passariam mais tempo sóbrios juntos.
— Olhe pra mim, baixinho. — pediu com o tom de voz suplicante, mas não foi atendido. Suspirou. — Ten, eu não estou proibindo você de beber, afinal, não sou seu namorado. Eu só quero que tenha mais consciência, entende? Não sou sua babá.
— Pensei que gostasse de mim — ele sussurrou pela primeira vez uma resposta para si.
— E eu gosto, de verdade. Muito mesmo. É por isso que estou te pedindo para manerar. — Levou a mão até a nuca do menor e fez um carinho ali, os dedos passeando pelos cabelos ralos daquele lugar. — Chittaphon, você entende?
Ten deu de ombros, levantando finalmente os olhos para encarar o maior. Ele tinha um brilho nas orbes, mas não eram as mesmas de sempre. Eram apenas lágrimas não derramadas.
— E-eu entendo, mas não sei se consigo. Eu... Não sei se consigo, Jack Frost — ele fungou, e algo dentro do de cabelos brancos se quebrou em milhões de pedacinhos minúsculos.
Taeyong puxou o balanço do menor para perto do seu, deixando com que ele encostasse a cabeça em seu ombro. O abraçou de lado, descansando o queixo nos fios sedosos do seu baixinho.
— Sei que consegue. — foi o que disse, num murmúrio tão baixo que teve suas dúvidas de se o menor ouviu, mas constatou que sim quando o Chittaphon se aconchegou melhor em si.
— E se eu quebrar a promessa? O que acontece? — Taeyong não via o rosto dele, mas sentia que o outro tinha uma careta de preocupação estampada nas feições bonitas.
— Eu não sei ao certo... — pensou um pouco e seu peito doeu quando finalmente respondeu dignamente: — Eu vou me afastar de você.
Ten se afastou rapidamente do maior, o olhando nos olhos com a boca aberta em surpresa.
— O quê? Por quê? — sua voz estava quase que desesperada, mas o Lee não voltou atrás.
— Porque você me fez uma promessa, e eu levo promessas muito à sério. — disse, desviando o olhar para o céu. As nuvens estavam escuras e o sol ainda não aparecera, com certeza choveria de novo. Abaixou o tom de voz quando voltou a falar: — Então, por favor, baixinho, cumpre essa. Tá?
Chittaphon não respondeu nem se mexeu por longos minutos. Ele apenas o encarou, em silêncio, o coração na garganta e o medo de falhar fazendo as mãos tremerem.
Ele queria cumprir, queria muito.
— Tá.
NOTAS DA AUTORA:
ihhh será que o nosso baixinho consegue mesmo? hehehehehe
PESSOAL, desculpa a demora, eu derrubei meu celular na piscina e agora n tenho mais por onde escrever os caps djcjeidjfji
PESSOAL2, vão dar uma olhada no meu perfil do spirit. não escrevo na categoria nct lá, mas tem exo de montão :))))
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Elevadores às 2:00 AM - tae + ten
FanficTaeyong só deveria comprar alguns cigarros pro irmão, mas acabou conhecendo um adorador da cor branca no elevador as duas da madrugada. [tae + ten • long¡fic]