chapter seven

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NOTAS DA AUTORA:

Voltamos (finalmente) a programação normal onde os capítulos são curtos e eu atualizo de dois em dois dias! Yehet!

•~•

Taeyong estava irritado. Não, irritado não. Furioso, soltando fogo, de cabeça quente.

Depois que Ten foi embora sem nem lhe avisar, o Lee aproveitou o dia para ficar em casa com o irmão assistindo bobagens que passavam na televisão. Assistiram desde de doramas à filmes de terror. Foi extremamente engraçado e divertido para Taeyong ver o irmão todo medrozinho por conta de um filme qualquer sobre bonecas que tem vida.

– Ah, que filme mais merda. – ele dizia o tempo todo, enfiando pipoca na boca enquanto Taeyong ria de si. Bem, toda aquela coragem e indiferença foi embora quando nos créditos finais apareceu que o filme era baseado em fatos reais. – Taeyong, tem alguma boneca aqui em casa?

– Eu acho que sim...

– Queima! Vai, anda!

Depois de todo o drama de Taeyang, o loiro conseguiu finalmente entrar em seu quarto e se jogar na cama, caindo no sono sem nem tomar um banho antes. Já no décimo terceiro sono, babando no travesseiro e com metade do corpo pra fora da cama, seu celular começa a tocar irritantemente sem parar.

Porra, era pedir muito querer dormir pela madrugada inteira sem interrupções?

Grunhiu frustrado e agarrou o aparelho que estava em cima do criado-mudo com a mão direita, o rosto ainda enterrado no travesseiro. Atendeu sem muito animo e levou o celular ao ouvido, murmurando um "hum?" sonolento.

Taeyong?

A voz do tailandês estava embargada, e Tae não sabia dizer se era porque ele tinha bebido ou porque estava chorando.

– Ten? Por que tá me ligando à essa hora? E como é que você tem meu número? – perguntou tudo de uma vez só, se sentando na cama quando o sono se dissipou; estava curioso e preocupado ao mesmo tempo.

Eu... E-eu peguei seu n-número quando não estava olhando... – ele disse, rindo sem humor no final da frase. É, com certeza ele estava bêbado; e talvez tivesse chorado também. – É que eu t-tô... Eu não sei onde eu tô, Tae. Eu... – soluçou. – Eu estava numa festa, e agora eu estou na rua... Mas eu não sei que rua.

Taeyong se levantou e começou a calçar seus famosos tênis vermelhos velhos, tentando segurar o aparelho com o ombro para fazê-lo.

– Pode me dar um ponto? Tipo... Tem alguma coisa chamativa perto de você?

Ten demorou um pouco para responder, ele parecia procurar por algo para dizer ao mais velho.

Tem... – outro soluço. – Tem uma rua... E uma lata de li-lixo. Ah, olha ali um p-poste! – ele riu, achando tudo muito engraçado.

O Lee revirou os olhos, parando no meio do quarto apenas para responder irritado o outro.

– Ah, muito obrigado. Ajudou muito, hein? – comentou, ficando mais irritado ainda quando ele disse um "de nada" baixo. – Por quê que eu tô te ajudando mesmo? – murmurou, trincando o maxilar e voltando a procurar por sua blusa de frio.

Ten pareceu não ouvir a última frase do mais velho, e apenas parou de rir quando um ajusshi passou por si e o chamou de adolescente inconseqüente.

Yongie. – chamou pelo coreano, fungando algumas vezes antes de continuar. – Eu não quero ficar aqui, eu quero ir para casa...

Taeyong respirou fundo, franzindo os lábios em uma linha reta antes de perguntar mais uma vez:

– Baixinho, onde você está? Você precisa me ajudar para que eu te encontre, Chittaphon. – tentou ser o mais carinhoso possível, mesmo que nunca fosse normalmente, e se assustou quando pareceu ser extremamente fácil dizer tais palavras ao tailandês.

Eu acho que aqui é o centro. – ele susurrou. – Tem muitas lojas... Eu vejo uma sorveteria... Ou seria um canil?

Bem, ao menos já era um avanço.

– Tudo bem, eu estou indo te buscar, só não saia daí! – falou, desligando a ligação e saindo de seu quarto em silêncio, pois não queria acordar Taeyang.

Foi até a porta e a destrancou devagarinho, olhando rapidamente para trás só por precaução. Saiu do apartamento e trancou-o por fora com sua chave, deixando-se assim respirar normalmente.

Andou até o elevador e apertou o botão, vendo ele logo se abrir. Entrou no mesmo e apertou o botão do térreo, já começando a pensar no trabalho que teria para encontrar Ten, trazê-lo para o prédio e levá-lo para sua própria casa – o que também o lembrou que não sabia qual o apartamento que ele morava, só sabia que era seu vizinho de cima.

É, seria uma madrugada muito difícil.

Elevadores às 2:00 AM - tae + tenOnde histórias criam vida. Descubra agora