chapter twelve

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— Pega lá o ketchup, Taeyong.

Um programa de comédia passava na televisão, e uma pizza metade calabresa e metade brócolis com catupiry – Taeyang tinha gostos estranhos – estava quase inteirinha em cima da mesinha de centro, mas Taeyong tinha a cabeça em outro planeta.

Gostava de passar um tempo com o irmão, era reconfortante saber que ele ainda estava ali por ele como sempre esteve, mas o único que tinha rondando a mente no momento era o tailandês que morava no andar de cima. Tinha transando com com ele na noite passada e, ainda por cima, dado uns amassos no banheiro logo depois. "E foi bom", ele pensava, suspirando.

Levantou do chão (já que seu irmão era um filho da puta e se esparramou no sofá, não o dando espaço para sentar com ele) e andou descalço até a cozinha, já que não fazia ideia de onde estavam seus chinelos, pegando na geladeira o ketchup apimentado que Taeyang enfiava até na sopa e jogando por cima do balcão para ele. O mais velho pegou o pote e abriu, entupindo seu pedaço de pizza com aquela porra.

— Valeu — fez um joinha com a destra.

— Se fuder — o platinado murmurou, aproveitando que o outro tinha se sentado para comer pra roubar um espaço do sofá velho. Taeyang o olhou feio, mas não reclamou.

— E aí, cara, como anda com o teu amigo alcoólatra? — perguntou como quem não quer nada, enfiando metade da fatia de seu prato na boca de uma só vez.

Taeyong deu de ombros, preferido não falar nada sobre o "alcoólatra". Andava desconfiando que Ten tinha algum problema com álcool, mas achava que não tinham intimidade para perguntar para ele. Transar com alguém não significava que você é intimo de verdade dessa pessoa.

Um abraço não podia ser comparado com uma foda qualquer.

— Ah, tudo normal. Por quê?

— Sei lá, é que ele vem abusando demais da sua amizade, não acha? Tipo, quem que acorda um parça no meio da madrugada pra ir na puta que pariu pra levar ele pra casa? É muita filha da putagem, né? — o mais velho riu, despejando o molho apimentado diretamente na boca.

Ah, então ele tinha notado. Nem duvidara que sim.

Taeyong fez uma careta de nojo, puxando o pote da mão do maior e colocando em cima da mesinha. Tinha que parar de comprar aquelas coisas, o Yang parecia um louco viciado.

— Talvez, não sei. — deu de ombros de novo, suspirando meio perdido em pensamentos. Queria que Ten confiasse em si em momentos como aquele, de inconsciência e imaturidade, porque significava que ele se sentia próximo de si como se sentia dele, mas meio que já estava cansado de ser babá. — Mas ele não tem com quem confiar além de mim pra isso, irmão.

Taeyang tirou os olhos da televisão e os fixou no menor. Taeyong não costumava o chamar de irmão.

— Pode até ser, mas você ainda é só um adolescente idiota que precisa dormir, sabe? Ai de você se me aparecer com um boletim ruim por causa de noites mal dormidas, seu pamonha! — apontou o dedo para o outro, tirando uma risada dele.

— Tá bom, calma! — negou com a cabeça, pegando um pedaço da pizza de calabresa. — Vou conversar sobre isso com ele.

NOTAS DA AUTORA:

e aí? quanto tempo, não?! k

gente eu sinto muitíssimo pela demora, de verdade. acabei perdendo os capítulos que já tinha quando formatei o celular e não salvei no docs, então meio que desanimei um pouco e esperei a vontade de escrever voltar kwjxkejdke não vai se repetir (espero)!

desculpem não ter postado ontem também, me esqueci KKKKKKK

além do mais, estamos na reta final da fanfic :)

Elevadores às 2:00 AM - tae + tenOnde histórias criam vida. Descubra agora