OLHA QUEM VOLTEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEI. Agora é pra terminar. Espero que vocês gostem. LEIAM AS NOTAS FINAIS.
Clarke olhava de longe o túmulo enfeitado com flores e curiosamente, uma tocha acesa. Ela não sabia o que era mais triste, o ar mórbido do lugar ou a garota com um longo vestido negro ajoelhado sobre ele. A loira nunca ia se perdoar pelo ocorrido, ela tinha deixado a pessoa mais próxima de Lexa morrer, e doia muito ver a tristeza da heda dos clãs se jogada naquele pedaço de chão.
A princesa das pessoas dos céus suspirou e se aproximou lentamente da garota mais velha e Lexa se levantou automaticamente se recompondo.
- Não precisa, pode ficar aí. Você não precisa ser forte o tempo todo.
Lexa endureceu o olhar e disse friamente sem encarar a loira:
- Ela está morta porque não fui forte o suficiente.
Clarke franziu o cenho tentando entender o que a grounder queria dizer, mas o olhar duro de Lexa para ela dizia muito.
- Eu já te diss..
- Eu já ouvi também. Não precisa dizer mais nada, Clarke. - Lexa interrompeu, enquanto limpava a barra do seu vestido negro.
- Você não ouviu! - Clarke grunhiu tentando ter paciência.
- Ouvi sim! Eu já ouvi, como entendi que seu povo é importante, mas meu povo... - Lexa apertou os olhos e gritou apontando para o túmulo de Alycia - Meu povo morre enquanto o seu vive. Eles também são importante para mim! Mas é claro que isso para você não importa.
Lexa cuspiu tudo o que sentia e sentiu sua garganta queimar. Seu choro era interno, silencioso e doía muito segurar.
Os olhos de Clarke marejaram.
- Você é importante para mim - Clarke disse baixinho antes de Lexa dar as costas. Só não sabia ao certo se Lexa tinha ouvido.
[...]
Lexa estava mais uma vez, sentada na beira do precipício, assim como estivera antes disso tudo. A garota riu pela ironia do destino que mais uma vez tinha a levado ali. Ela balançava as pernas para o nada, controlando o impulso de pular. A sensação era gostosa demais, pelo menos era a única coisa que ela sentia. Desde a morte de Alycia, Lexa não sentia nada, era um vazio. Às vezes ela pensava que era um saco de pedra, só andava de um lado para o outro, evitando conversar com alguém, apenas existindo. Aquele pôr - do - sol ali, agora, era o sétimo desde o ocorrido, e tradicionalmente, era o último dia de luto dos grounders. Ela não deixava de pensar no quanto que a vida dela tinha mudado desde então. Lexa já não era uma simples jovem, não mais. Todas àquelas sensações de liberdade ou de inconsequência que ela sentia tempos antes de tudo isso, se fora e só restavam marcas profundas que ela não sabia ao certo onde tinha as ganhado. Ela estava mais confiante e bem mais madura. Por mais que ela tenha guardado a inocência no cantinho da sua alma, ela já não era tão tola assim. Ela tinha se tornado forte e poderosa. Desde da morte de Alycia, Lexa percebeu que talvez, por um instante, ela poderia sim, viver mais, mesmo com todas as responsabilidades. Alycia despertava esse lado leve nela, e ela não poderia deixar que a morte de sua amiga fosse em vão. Ela tinha que conseguir viver sem receios, se preocupar menos e deixar pelo menos um pouco, o destino traçar o rumo da vida. Por outro lado, ela olhava aquela imensidão negra bem abaixo dos seus pés e enxergava que mesmo depois de tudo o que aconteceu, ela ainda estava ali, parada, inerte, sem reação. Ela não sabia o quanto isso era bom, ou ruim, mas Lexa tinha certeza de uma coisa: ela não queria ficar somente sentada na beira do penhasco, imaginando se pular seria bom ou ruim. Ela não queria só imaginar, ela queria sentir, queria só ir.
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The 100 - Blood Must Have Blood
RomanceClarke foi capturada junto com Jasper e outros amigos pelos homens de Mount Weather, e acabara de descobrir a forma de tratamento médico do lugar que usava grounders de cobaia. A Arca enfim estava de volta mas seus habitantes não sabia o que realmen...