XXII. O Resgate

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_ Thomas? - chamou Laura - Thomas, o que aconteceu?

_ Manu. Ela foi sequestrada.

_ O quê? Como assim? Do que você está falando?

_ Alguém pegou a Manu. Ele vai ligar mais tarde pra...

_ Mais tarde?! Nós temos que ir até a polícia!

_ Laura...

_ A gente não pode deixar por isso mesmo.

_ Laura...

_ E vamos atrás desse idiota.

_ Laura, me escuta - ele segurou os braços da amiga - A gente não pode falar com ninguém.

_ Mas...

_ Esse cara, seja ele quem for, está com a Manu em algum lugar por aí. Desde ontem à noite, pelo que ele disse.

_ Será que ele vai... - Laura nem concluiu seu raciocínio.

_ A gente vai lá pra casa e vamos esperar a ligação dele. Ele disse que vai marcar um encontro ainda hoje.

_ Tom, e se ele pedir dinheiro? Onde vamos arranjar?

_ A gente vai dar um jeito. Pode ter certeza disso.

_ Por que a Manu? Logo ela que nunca fez mal a ninguém...

Eles andavam depressa.

_ E se os pais dela ligarem? Esse cara disse que está com ela desde ontem à noite. E se eles estiverem procurando por ela?

_ Eu não tinha pensado nisso. Mas vai dar tudo certo. Logo logo ela vai estar bem. E conosco.

_ Tom, acho melhor irmos lá pra minha casa - disse Laura.

_ Por que? - quis saber o amigo.

_ Não sei... Estou com um pressentimento. Minha intuição está dizendo que devemos ir pra lá.

_ Então vamos. - disse Thomas, apressado.

Manu tentou se livrar das correntes, mas todo o esforço empregado na tarefa foi inútil. Ela estava amordaçada, para o caso de tentar gritar. Marcus entrou no saguão.

_ Está tão quieta esta manhã, Manuella. O que foi? Por acaso o gato comeu a sua língua?

Manu revirou os olhos. Ele riu.

_ Ah, por favor... Admita que eu tenho senso de humor, pelo menos.

Ele retirou a mordaça da boca dela.

_ Meus amigos vão acabar com você.

_ Estou pagando pra ver. Eu acabo com eles em um milésimo de segundo.

_ O que eu fiz pra você? Por que está fazendo isso?

_ Porque deu vontade. Por que mais?

Marcus andou pelo local, evitando os raios de sol que entravam pelas frestas das janelas.

_ Logo que o sol se pôr seus amigos estarão aqui e eu terei o prazer de os estraçalhar um por um.

Manu abaixou a cabeça, preocupada. Não podia demonstrar que estava baixando a guarda, mas estava sem forças para fingir qualquer coisa.

Os Mutantes 01 - Os RemanescentesOnde histórias criam vida. Descubra agora