Elo de Sangue: A Origem da Profecia

8. Capitulo - Dama Sanguinem

Anteriormente...

—... Entendeu o que eu disse Lauren? — Ele falava inúmeras coisas, mas eu estava distraída demais para notar. Chris falou novamente e percebeu minha cara de alheia. — Veja essas câmeras, estão observando ele a cada segundo, desde quando sai de casa até quando entra. — Ele mostra o que está na TV e senti-me aliviada, suspirando logo em seguida.

— Sim, eu confio em você. — Falei e o abracei.

Christopher tinha assuntos para resolver e eu, tinha que tomar "remédios" que os curandeiros da matilha me deram, eles diziam que aquilo iria aumentar a minha fertilidade e sarar mais rápido os ferimentos e os machucados do acidente.

— Eu tenho mesmo que tomar essa macumba aí? — Falei vendo os anciões benzendo um frasco com conteúdo de cor estranha.

— Você devia ter mais respeito quanto à presença deles. — Noah sussurrou baixo olhando pra mim e depois soltando um sorriso falso pra eles. Eu apenas revirei os olhos e soltei um suspiro.

— Menina moça irá tomar isto e estenderá uma boa linhagem para nós. — Falou uma mulher não tão velha, mas parecia ser muito sábia.

— E desde quando eu estou aqui para servir de incubadora humana, Noah? — Falei olhando para ele com os braços cruzados. — Obrigada, mas não quero ter filhos agora, minha senhora. — Sorri falsamente e olhei pra Noah.

— Toma isso logo, já passou pela sua cabeça que não tem apenas uma função? — Eu até iria falar alguma coisa, mas a senhora enfiou o conteúdo que havia no frasco e tentou fazer descer goela a baixo, mas eu travei rapidamente e cuspi o líquido todo.

— Eu falei que não queria tomar isso. — Saí sorrindo debochadamente limpando a boca, enquanto eles me olhavam. Noah imediatamente veio atrás de mim.

— Hey, tá ficando doida? Você tinha que tomar aquilo, Lauren.

— Quando vocês não quiserem mais me fazer de máquina de ter filhos, eu tomo. — Pisco pra ele e desço as escadas, dando de cara com o ambiente totalmente diferente, com cortinas finíssimas que iam do teto até o chão, e pessoas arrumando o local para um possível festança. — O que tá acontecendo aqui?

— Festa. — Bryan disse carregando um palco enorme, como se fosse uma pena.

— É um evento de todos os anos para reatar elos, uniões e tréguas. — Aya veio do jardim com vários homens a seguindo, certamente para ajudar. — O que me lembra que temos que arrumar algo para vestir. Pior parte. Já se viu outra coisa mais entediante? — Ela fala pausadamente, enquanto analisava os detalhes das coisas ao seu redor.

— Isso eu terei que concordar. — Revirei os olhos, pois bem, essa sim era a pior parte. Moda nunca foi para mim. Até porque eu sempre odiei minha capacidade de não conseguir fazer com que as coisas combinem. — Mas voltando, porque eu tenho que estar nessa festa mesmo?

— Porque Bryan precisa de um par e você precisa estar protegida. Ter-te perto facilitará nosso dever. — Disse Aya. Eu olho pra Bryan e ele está lá, conversando com uma moça, esbanjando seus músculos, tentando impressiona-la. Reviro os olhos. Bryan é, sem dúvidas, um idiota.

— Hey, não olhe pra min. Não fui eu que escolhi isso. — Ele sai de perto da moça e volta ao trabalho.

— Nossa, Lauren, você está horrível. — Ele disse sincero vendo meu estado não muito favorável. Eu mostrei a língua pra ele.

— Que engraçado, né, Bryan? — Eu disse e ele fez careta.

— Você tem que ir disfarçada e bem, como é baile de máscaras, nada melhor. — Aya nos interrompe e sorri de lado. — Venha, vou ser boazinha e comprarei remédios já que você se recusa a tomar as poções dos nossos anciões.