Elo de Sangue: A Origem da Profecia

9. Capítulo - Lutar

Anteriormente...

Ele chegou mais perto ainda e um fogo percorreu o meu corpo. Nossos olhos agora estavam conectados. O calor em meu corpo era tão demasiado que eu preferiria tirar a minha roupa ali mesmo. — Dama Sanguinem. — Demitri disse ainda com os olhos fixos nos meus. As luzes ameaçavam desligar, Brayden, Jayden, Noah e Bryan sentiam um desconforto enorme, uma dor terrível, o que os fizeram ajoelhar. Aya colocou uma mão em seu pulso e o coçou até que suas enormes unhas o arranhasse, Chris estava imóvel, com os olhos furiosos para Demitri.

—Ego sum... — Saiu de meus lábios, algo totalmente involuntário, já que eu nem ao menos sabia o significado. Eu disse olhando nos olhos do homem a minha frente. Minhas pernas não pareciam ser mais comandadas por mim, já que elas estavam agora, me levando para mais próximo de Demitri. Chris viu o que estava prestes a acontecer e foi, relutantemente de encontro a mim, me segurando nos braços e me afastando de Demitri.

— Nem tente Demitri. Ela é minha. — Eu pude ouvir sussurros e tudo girou ao meu redor, Chris havia me feito ficar inconsciente, de alguma forma. Aquilo foi mais forte que eu, rapidamente meus olhos pesaram e eu apaguei.

(...)

— Bom dia, Cacto da primaveraaaa... — Ouvi a voz infantil e arrastada de Charlotte... Mas, onde diabos eu estava? —Você precisa ir pra escola. Já faltou demais esses dias!

— Hã? Onde eu estou? — Eu disse totalmente alheia ao que estava acontecendo a minha volta. Abri os olhos que continuavam a pesar, pisquei até me acostumar com a luz do ambiente, que bem, parecia ser o meu adorável e amado, quarto.

—Em casa, bobinha... Onde poderia estar mais? — Pude, agora, enxergar Charlotte com o rosto desnecessariamente próximo ao meu. Seu nariz encostava-se ao meu, enquanto ela esbugalhava os olhos perto de mim. Ela sorria como sempre. — Mas vamos, levanta daí. Sorria para a vida, abra as janelas e portas, tome um banho, arrume e penteie os seus cabelos que hoje é dia de aula! — Ela disse extremamente animada, enquanto dava palminhas também desnecessárias. Eu bufei. A animação de Charlotte pela manhã me invejava.

— O que aconteceu? Como eu cheguei aqui? —Eu disse me sentando na cama, ignorando toda a alegria de Charlotte.

— Você não lembra? — Disse confusa, enquanto se sentava na cama. Eu neguei com a cabeça. Vários flashbacks insistiam em passar pela minha cabeça. Demitri, Aurora e... O que é Dama Sanguinem? Perguntas e mais perguntas rondavam a minha mente. — Eu também não... Mas isso não importa. Você vai para a escola! — Ela mudou rapidamente de assunto e me empurrou delicadamente pro banheiro.

Eu resolvi não questionar, eu sabia que de uma hora ou outra eu iria ficar sabendo de tudo mesmo, já que eu não poderia ficar mais longe de Chris. Me arrumei para a escola, nem tomei café, como sempre, e logo, Charlotte foi me deixar. Ao chegar à escola, sou abordada por Layla, e eu sinceramente já estava sentindo falta dela.

—O que aconteceu com você? Está estranha. Como conseguiu falar com os Black? — Ela falava como sempre, rapidamente. Tratei de por a mão da boca dela para que ela parasse.

— Oi, Layla. Como está? Ah, eu estou bem, obrigada por perguntar.

— Ah, desculpe... É que você não me dá escolha. — Ela disse me dando um leve empurrão.

— Vamos, Senhorita Matraca. — Eu disse a puxando quando o sinal toca.

As aulas ocorreram como de costume, chatas e terrivelmente tediosas, mas felizmente, o sinal tocou para o lanche. Eu realmente não aguentava mais olhar para a cara do professor de história que assediava algumas vadias da sala.