capítulo 5

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Gente esse capítulo é grande.

Aquele homem rico e poderoso não traficava apenas drogas, mas mulheres também. Elas eram forçadas a virarem prostitutas em países distintos.
Eu não falei dos meus pais. Pois bem , enquanto tudo aquilo acontecia, eles estavam preocupados comigo. Jone não era mais meu melhor amigo. Eles começaram a brigar por minha causa. Naquele mesma semana meu pai veio no apartamento de Jack onde eu estava morando no momento. Ele queria me convencer a parar a minha relação com ele. Eu tive uma briga feia com Jone naquele dia, mas mesmo sabendo que ele me amava, eu o expulsei do apartamento dizendo que eu nunca mais iria falar com ele. Mesmo ele sendo meu pai.

Bem, aquela semana foi longa, Jack não parava em casa. Na sexta feira, a desgraça começou.
Eu acordei como em um dia normal, fiquei assistindo tv o dia todo. Até que Jack me ligou e falou para me arrumar. Presumi que a gente iria a alguma festa. Arrumei um vestido curto e um salto. Jack chegou.

-Toma - ele me deu um envelope - tem 100 mil aí.

-Por que isso?

-Eu vou te deixar em um lugar e você vai pagar ele e depois eu te busco. Entendeu?- ele foi pegando a chave do carro.

-Mas por que eu?

-Porque sim, vamos - ele disse com um tom ameaçador.

Nós entramos no carro e fomos a caminho . A única coisa que eu não sabia era que eu estava indo ao meu fim.

Enquanto isso, na casa dos Lewis.

-Se calma Jone

Ele andava estericamente pela casa.

-Não, eu não vou me acalmar. Nosso bebê está lá fora com aquele demônio.

-Eu sei, mas ela vai ficar bem. Nós vamos trazê-la de volta.

-Eu a amo demais. E era meu dever como pai cuidar dela. - ele se ajoelha e lágrimas descem do seu rosto.

Alguém tocou na porta. Jone parou de chorar e Katherine abriu.
Era um primo deles.

-Jone preciso que venha comigo. Sua filha está correndo perigo. - ele disse desesperado.

Voltando no carro de Jack.

-Chegamos.

Aquilo era um posto abandonado , e só tinha um poste de luz. Já estava de noite.

- Ok. Mas o que eu devo fazer?-

-O homem vai chegar, você vai entregar o dinheiro e depois me ligar para te buscar. Simples. Agora sai do meu carro. - ele falou impaciente.

- Ta bom. Te amo Jack. Até mais. - falei saindo do carro.

- Adeus, Millie.

Eu estava com frio. Mas não na pele , e sim na alma. Eu sentia que aquilo era uma armadilha.
Eu vi um carro se aproximando. Era preto e chique. Dois homens de ternos pretos e óculos escuros saíram, ambos eram altos e musculosos. Eram os seguranças. Outro homem saiu, ele estava usando um terno branco, ele tinha cabelos loiros e passava um ar de medo.
Ele se aproximou de mim.

- Olá Millie.

Eu não disse nada, apenas entreguei o envelope pra ele.

- Bem, não é isso que eu quero de você. - ele joga o envelope no chão.
- peguem-a. - ele falou para os seguranças.

- Mas o dinheiro está ai! - Eu disse desesperada. Os seguranças seguraram meus braços. Eu estava tentando me soltar.Eu gritava, mas não adiantava.

- Eu não quero o dinheiro. Jack me deu você.

Aquele filho da puta! Ele não ia me buscar, ele ia deixar eu morrer.
Foi quando ouvimos um barulho de uma moto. Era meu pai.

- Solta ela! - ele disse apontando uma arma ao homem de branco.

- Atirem nele. -um dos homens soltou meu braço e puxou uma arma.
Eu fiquei parada deixando tudo acontecer.
Eles trocaram tiros. Eu estava atrás do carro com o outro segurança de preto.
Até que o homem de branco chegou atrás do meu pai e pegou uma faca e atacou-o pelas costas. Ele caiu. Naquele exato momento ele foi para cima de Jone e começou a esfaquea-lo mais vezes. Seu terno, que era branco, agora estava cheio de sangue.
Naquele momento tudo estava em câmera lenta. Meu pai morreu, por minha causa. Eu o matei, foi minha culpa, pois foi eu que falei com Jack, foi eu que o beijei, fui eu que deixei acontecer.
Ele estava morto. Com sangue por todo lado.

- Pai! - eu começei a chorar e a me contorcer para ser solta. De repente um dos homens de preto bateu na minha cabeça com o cano da arma.
Eu fiquei imóvel, via tudo acontecer mas não conseguia me mexer.
Eles me jogaram no banco de trás. O homem de branco sentou do meu lado e começou a acariciar meu cabelo.

- Você nunca mais ia vê-lo mesmo - ele sorriu.

Eu reuni minhas forças para dizer.

- Apodreça no inferno.

-Eu não acredito no inferno - ele disse rindo.

- Deveria

Eu ouvi um barulho de polícia e senti uma freiada brusca. Começou um tiroteio, novamente. Quando uma bala quebrou o vidro de trás eu apaguei completamente.

Eu acordei em um hospital. Minha mãe estava dormindo na cadeira do lado.

-Mãe? - falei com a voz meio embargada por causa dos remédios.

-Filha! -Ela se levantou rapidamente e pegou na minha mão.

-Graças a Deus você tá bem.

-Cadê meu pai?

- Ele não está mais entre nós. - ela disse com lágrimas no rosto.

- Me desculpe mãe.

Aquilo era culpa minha. Eu matei alguém, não com minhas próprias mãos, mas com as minhas atitudes.
Deus nunca vai me perdoar.

-Onde está Jack?

- Ele fugiu.

-Desgraçado.

Depois daquele dia , eu não era mais aquele menina de 15 anos, e nem a de 17. Eu voltei a ser da igreja. Rezava todos os dias para Deus me perdoar pelos meus pecados. Mas ele não iria.

A FREIRAOnde histórias criam vida. Descubra agora