1 - Ouro, Prata e Todas Essas Coisas

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Capítulo um
Ouro, Prata, e todas essas coisas





"Fiquem ligados na próxima edição do Gotham City a Todo Vapor, para mais informações sobre esse caso. Também não se esqueçam do blog L.Holmes, onde irei disponibilizar todas as imagens gratuitamente. E a pergunta que não quer calar... Bruce Wayne é um infiel?"

O homem barrigudo ri, jogando o papel sobre a mesa, e ergue os olhos sob óculos velhos e sujos para a garota ansiosa.

— E é isso? — ela concorda, balançando a cabeça com um movimento curto. Deu um sorriso amarelo, observando as calças marrons e largas e remendadas, quando ele ficou de pé. — Explique.

— Bom, eu vou trocar de artigos criminais para a coluna de fofocas. Sabe... Esse final foi para... Agitar o povo. — o homem ergue uma sobrancelha quando ela o olha.

— Colocar na mente deles que Bruce tinha uma amante? É sério? — cruza os braços peludos, mas parecia estar cogitando a publicação. — Acha que acreditariam?

— Com toda a certeza! Os sites de fofoca vão começar a pesquisar nas imagens e lives do casamento, foi totalmente óbvio. — abre os braços ao lado do corpo, com mais confiança no semblante. — O senhor leu? Eu coloquei "mais sobre o caso na próxima edição". Vamos quebrar as impressoras por tantos pedidos!



O homem apertou os olhos, e fez o “hum” longo e anasalado que sempre emitia quando pensava.

— Não podemos quebrar nada.

— Mas vamos ter dinheiro o suficiente pra comprar um arsenal de máquinas novas! — ela se aproxima, apenas a mesa pequena os separando, e põe as próprias mãos no peito. — Confie em mim, senhor Pottlemore. Vamos-ficar-ricos!

Bate com a mão sobre o jornal, e o homem baixa a cabeça para olhar.

— Isso, chefe, vai ser nosso pote de ouro. — trocam olhares por um longo tempo, até um entregador abrir a porta, desesperado por ser atacado por pombos.

— Envie as cópias.

— Obrigado, senhor. Acredite em mim. Pode dormir tranquilo, suas contas serão pagas mais cedo do que pensa. — sai da sala com paredes de vidro, fechando a porta atrás de si cuidadosamente. Caminhando até a ala de máquinas, a garota dá saltos e um gritinho agudo. — Aleluia, porra!









Vinte horas antes...



Não era um dia dramático. O sol saiu timidamente entre as nuvens, beijando os sobretudos e os suéteres. A brisa gelada de Gotham sem trégua, agitando árvores e vestidos. Lisa estava suada e ofegante, caminhando entre as pedras mal-colocadas com seu tênis Olympikus após uma manhã de cardio.

Subiu um morro nada íngreme, e então, o terreno estava plano novamente. E lá estava, em uma sepultura de mármore branco com manchas marrom, que a lembravam leite, o nome "Patrick Holmes".

Ela se ajoelha, sujando a legging com a terra úmida da chuva noturna.

— Oi, pai... Sem flores hoje, me desculpe. — suspira, então ata as mãos sobre o colo, fazendo uma oração baixa. — Amém.

Por um tempo, só escuta choros, passarinhos e os carros ao longe. Respira fundo, olhando em volta.

— O senhor deve estar se perguntando o por quê da minha visita repentina. E por que eu estou fedendo a desodorante. — ri fraco, então olha as flores quase murchas em frente a lápide. — Bom, eu preciso te dizer que... Eu vou fazer merda. Uma merda horrível. Um sacrilégio.

WHAP - Wayne, Holmes and PrinceOnde histórias criam vida. Descubra agora