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UM MÊS DEPOIS, DIA DO CONGRESSO

Não posso acreditar que o tempo passou tão rápido. Aqui em casa as coisas mudaram muito depois da chegada do bebê. Todas as atenções se voltaram pra ele, e nenhum de nós dorme quando Edgar resolve que quer atenção no meio da madrugada, a única coisa que não fizemos durante esse primeiro mês foi amamentar, e por isso, mesmo com a nossa ajuda, a mais cansada de todas é minha cunhada.

Hoje acordamos bem cedo, o bebê dormiu bem, mas assim que despertou começou a chorar sem parar, Thaíse e Romeu tentaram de tudo, mas ele não se calou, então o levaram no médico. Era dor de ouvido, o pediatra receitou um remédio e a dor melhorou bastante para o nosso alívio.

Eu gostaria de ter esperado eles voltarem do hospital, mas estava com o dia cheio por causa do congresso que aconteceria hoje e amanhã. Teríamos culto à noite, na manhã e na noite de domingo, mas já na tarde de hoje começaríamos a programação com as meninas.

- Bom dia, meninas! - Lorena disse.

- Bom dia, Lorena. - respondemos, sem tanto entusiasmo.

- Gente, ânimo! Hoje é o dia do nosso congresso... Espera, aconteceu alguma coisa?

Apontei meu celular em sua direção, numa mensagem de 27mensagem de Layla. Lorena leu a mensagem quatro vezes, como se estivesse ainda tentando acreditar no que lia.

- Meu Deus! Como isso pode acontecer assim TÃO em cima da hora? Quem vai cantar no lugar delas? Já colocamos em todo o material de  divulgação!

- Eu sei, eu sei. - tentei acalmá-la, mas eu mesma estava sem saber o que fazer.

O grupo de louvor que tínhamos agendado para o evento havia desmarcado por problemas que eles simplesmente não especificaram. Eles devolveram o dinheiro, mas a essa altura do campeonato dinheiro era o de menos, nós não acharíamos nenhum cantor disposto a vir tão em cima da hora.

- Julie, o que vamos fazer?

- Eu não sei, mas temos que pensar em algo, Layla nos deu carta branca pra decidirmos, porque ela só vai nos encontrar no colégio, no almoço com os jovens das outras congregações.

- E agora?

- Você pode cantar, não? - Nadine perguntou para Lorena.

- Eu não preparei nada além do que já estava decidido, não vou ter tempo hoje para ensaiar nada... Eu nem acredito que isso está acontecendo.

- Espera! - falei, lembrando de uma pessoa que poderia ministrar o louvor.

- O que foi?

- Você foi pro retiro desse ano? Viu uma menina que cantou na noite do primeiro dia?

- Uma morena? Acho que você cantou junto com ela, não foi?

- Isso, a Marina! Ela deve chegar para o almoço daqui há algumas horas. - disse, checando meu relógio imaginário.

- Podemos chamar ela!

- Exatamente, se você concordar eu ligo pra ela agora, tenho quase certeza que ela vai aceitar, mas depois desse tombo temos que considerar tudo.

- Tudo bem, pode ligar. Enquanto isso eu me reúno com as meninas pra gente conferir as outras coisas.

Me afastei das meninas e procurei o contato de Marina. Ela atendeu ao terceiro toque.

- Alô? Julie?

- Marina! Sou eu mesma.

- Reconheci seu número, eu estou indo pro congresso, já estamos na estrada.

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