Matthew
Eu e os caras da banda estávamos reunidos na casa de Peter, ele havia tirado uma dia de folga e Scott achou que seria uma boa ideia nos reunirmos naquela casa para discutir assuntos da banda como nos velhos tempos. Aquela casa estava cheia de lembranças na maioria boas, mas, em partes também existiam as ruins. Como no dia em que vi Katherine pela primeira vez vestida em um baby doll dançando despreocupadamente em meio a cozinha ao som de uma música do Justin Timberlake que tocava na rádio até o momento em que a deixei escapar e ir embora pela porta da frente para longe de mim. Deus, queria me casar com ela naquele exato momento, mas, sabia que tinha que conter as minhas vontades pois tínhamos combinado que aquilo só aconteceria depois do nosso bebê nascer e eu estava extremamente ansioso para as duas coisas.
Enviei uma mensagem a ela dizendo que passaria mais tarde no apartamento de sua irmã e iriamos para nossa casa e ela me respondeu em menos de cinco minutos dizendo que eu teria de fazer waffles com muito chantilly e morangos aquela noite. Por alguns segundos acabei me distraindo da conversa dos rapazes imaginando o que faria com Katherine, chantilly e morangos sobre a bancada da cozinha. Caramba, eu contaria os segundos para aquela noite.
- Então o que vamos fazer? – perguntou Will já cansado daquela discussão e me encarou como se fosse meu pai reprovando o fato de eu estar usando o celular em meio a uma conversa.
Larguei o aparelho sobre o balcão.
- Eu andei pensando sobre isso ao longo de toda a semana e a melhor opção que temos é Peter – comentei.
- Você está louco? – ele largou a garrafa de cerveja na mesa do outro lado da cozinha onde estava sentado ao lado de Scott.
- Você meio que foi o nosso agente por um tempo na época da faculdade e você é realmente bom nisso – olhei para ele – Na verdade, acho até mesmo que gostava de trabalhar com a banda.
Eu havia rompido todos os contratos e contatos possíveis com Beatrice e garantido que ela e toda a sua equipe asquerosa ficassem bem longe da Califournia Wolves. Agora a banda estava sem agente ou qualquer pessoa que pudesse nos ajudar com os negócios, e considerando o sucesso repentino do nosso álbum e as inúmeras ligações que recebíamos para participar de programas de rádio e afins mesmo que a semanas atrás tivéssemos anunciado uma pausa, nós precisávamos urgentemente de uma pessoa.
- Bem, naquela época eu não cuidava dos negócios da sua família inteirinha – Peter me encarou cético e logo em seguida deu um longo gole em sua cerveja.
- Eu pago o que você ganha na companhia – ofereci na esperança de que ele aceitasse.
Peter se engasgou com a própria cerveja em meio a uma risada fraca.
- Não, não posso fazer isso. Digo, não posso largar tudo de repente e me tornar agente de vocês do dia para noite. Deixar a companhia leva tempo mesmo que você seja o dono de quase noventa por cento de tudo – ele argumentou – Primeiro precisamos achar alguém para me substituir e depois ensinar cada detalhe da função que é gerir todas as filiais espalhadas pelo país até que essa pessoa se torne de confiança. Isso leva tempo e eu nunca deixaria seu tio na mão do dia para noite.
- Caramba, você realmente gosta de ser um CEO cara – Scott riu analisando Peter.
- Não, eu apenas me comprometo com o meu trabalho. Quando Louis sugeriu a Matthew que eu assumisse os negócios da família e todos concordaram eu me propus a ir com isso até o fim, isso é tudo. – Peter deu de ombros – Me desculpa caras, mas, não posso ser agente de vocês, não agora.
- Então vamos achar alguém temporário para o cargo até que Peter esteja pronto para voltar a trabalhar com a gente – Ronny sugeriu – Aquele cara que trabalhava com Beatrice? Paul? Ele era gente boa e fiquei sabendo que ele rompeu laços com ela logo após quebrarmos o contrato. Ele não tem muita experiência com grandes bandas, mas, ele nos conhece pode ser uma alternativa.
- Como sabe disso? – perguntou Scott com certa curiosidade no olhar – Por acaso você não andou fodendo com ele, não é?
- Que tipo de pergunta idiota é essa? Por Deus Scott! – Ronny rolou os olhos – Não, eu não fodi com ele, mas, talvez com o irmão dele.
Todos se entreolharam e Scott soltou uma risada.
- Ótimo – Scott sorriu contente – Porque não acho que fosse uma boa ideia chamar alguém com que já transamos para ser agente da banda, não funcionou muito bem da última vez – ele me encarou com um sorriso divertido me fazendo direcionar a ele o meu dedo do meio.
- Certo, resolvido. Vamos ligar para o Paul amanhã – Will anotou em uma folha a sua frente – Agora temos que decidir onde vai ser sua despedida de solteiro – ele voltou sua atenção para mim com um sorriso sorrateiro.
- Do que você está falando? – eu não ia fazer aquela merda.
- Sara comentou comigo que Katherine e ela estavam planejando algo – ele deu de ombros – Então temos que fazer algo também.
Muito interessante, ela não havia comentado nada comigo sobre aquilo, mas eu não me importava. Na verdade, não estava muito afim de uma despedida de solteiro. Eu não precisava daquilo.
- Não vou fazer uma despedida de solteiro – bufei em meio a uma risada.
- Sim você vai – Scott se levantou da cadeira empolgado – Alias eu até tenho umas ideias de alguns lugares que podemos ir.
- Não sei se gosto das suas ideias – falei com certo sarcasmo.
Ronny e Peter deixaram escapar uma risada.
- Cara vai ser perfeito – Scott sorriu debochado – Mas não precisa se preocupar com isso, todos nós aqui vamos cuidar disso para você. Quando as garotas pretendem fazer alguma coisa?
- Um dia antes da Katherine se mudar definitivamente para casa do Matt – Will respondeu.
- Ótimo, temos algumas semanas para organizar. Vai ser épico. – as vezes eu não sabia se confiava muito nos meus amigos em especial Scott.
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CRAWLING BACK TO YOU (NOVA VERSÃO)
Romance|LIVRO 2| Matthew Becker quase sempre havia sido visto como um rock star sedutor que não media esforços para conquistar as mulheres que desejava sem jamais se apaixonar por elas, mas isso foi antes de conhecer a mulher que fez seu coração acelerar e...