Epílogo (NOVO)

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''Enterrei meu amor para dar o mundo para você.'' – Moondust (James Young).

A vida nem sempre acontecia da maneira como planejamos, eu era a prova viva disso. Uma garota que achou que tinha o controle nas mãos, um futuro programado e previsível, mas, coisas acontecem sem que você espere e as coisas mudam.

Eu vi meu pai trair minha mãe mudou uma porção de coisas, podia me lembrar de ter a sensação de que eu estava sendo traída. Traída pela imagem que construí do primeiro homem que amei na vida, pelo o homem que idealizei como meu super herói e que supostamente deveria ser o meu porto seguro, mas, ele estava lá nos braços de outra mulher que era não era minha mãe. Eu realmente achava que ela era o amor da vida dele, mas, aparentemente não era ou talvez fosse e eu é que não entendia o amor deles. Isso realmente poderia ser chamado de amor? Eu não sei e nunca saberei. Ainda assim esse tipo de coisa faz com que a gente desista um pouco desse sentimento que muitos falam, mas pouco sente.

Amor.

Eu não queria desistir.

Então eu me apaixonei pela primeira vez, achei que ele me amasse, achei que teríamos um futuro juntos e achei que eu amava ele, até o dia em que o vi nos braços que não eram os meus. De novo, eu estava quebrada por outro homem, mas, daquela vez meu coração havia se partido em dois, porque a garota era minha melhor amiga. Talvez eu realmente devesse desistir e aceitar que o amor simplesmente nunca existiu, pelo menos não da forma que eu imaginei que ele deveria ser. E ele não era, descobri isso quando o conheci no rapaz do quarto a frente, de cabelos claros e olhos verdes que me lembravam a primavera e dias ensolarados, o melhor amigo do meu irmão.

Matthew Becker. Meu amante. Meu amigo. Meu namorado. Meu marido e pai do meu filho, ele não era perfeito, mas era minha versão de amor.

Nosso relacionamento não havia sido fácil, tivemos nossos momentos, mas, aprendemos que talvez amar alguém era isso. Rasgar e se remendar sempre que necessário e nunca desistir enquanto você achar que ainda vale a pena.

Onde existe amor há esperança, meu padrasto me disse algo parecido uma vez e agora eu meio que acredito nisso. Claro que existem várias casos e as vezes desistir é necessário, não por causa da pessoa, mas por você. Aprendi isso da pior maneira.

Mas dessa vez eu não estava desistindo. Não de Matthew e ele não estava desistindo de mim também.

Aquilo era recíproco.

Caminhei até onde Jake estava sobre o colo de seu pai em frente ao piano batendo suas pequenas mãozinhas sobre o teclado e soltando gritinhos de empolgação com os sons emitidos enquanto a brisa e o vento fresco que vinha da praia soprava as cortinas logo atrás deles.

Matthew e eu nos entreolhamos e sorrimos.

Eu me juntei a eles.

Nós éramos mais do que apenas uma música triste. Ele era o sol. Eu era a lua e agora Jake era todas as nossas estrelas.

CRAWLING BACK TO YOU (NOVA VERSÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora