Scott
(Isso mesmo você não leu errado!)
Acordei zonzo com a cabeça latejando como se houvesse malditos martelos dentro dela. As batidas na porta do meu apartamento ainda que distantes do quarto em que eu estava não paravam, o que só piorava o meu humor diante da minha ressaca. Sai da cama pegando a calça sobre o chão e a coloquei antes de ir até a porta enquanto Samanta permanecia nua se deita na cama.
Depois da ceia de Natal na casa da família de Matt fui até o bar comemorar o restante da noite com desconhecidos e acabei me encontrando com ela, e claro que depois de beber nós acabamos nos divertindo um pouco mais. Ela era do tipo que não corria ou ficava atrás de mim depois de uma noite de sexo e eu era grato por isso, costumávamos nos entender daquela maneira.
As batidas na porta continuaram e eu só queria que a pessoa do outro lado fosse tomar no cu no meio inferno. Porra. Minha cabeça estava me mantando.
- Caralho! Será que dá pra parar com essa merda. Porra. – abri a porta com um puxão de uma só vez e a claridade do dia bateu sobre os meus olhos me fazendo ficar completamente cego.
- Bom dia para você também Scott – aquela era a voz inconfundível de Emma.
Ela passou por mim sem que eu nem ao menos permitisse que ela entrasse. Cassete. Eu não queria ela ali no meu apartamento.
- Que diabos você veio fazer aqui? – olhei para o relógio, ainda era nove horas da manhã.
Porra. Eu precisava dormir.
- Bem, para mim continua sendo Natal e pensei em vir aqui te desejar boas festas e achei que poderíamos nos divertir um pouco juntos – ela se aproximou levando sua mão em direção ao meu peito.
Eu me afastei antes que ela me tocasse, Emma só podia estar de sacanagem com a minha cara.
- Eu já tive o suficiente de diversão por uma noite – me joguei no sofá – Então você já pode ir embora Emma.
E foi então que percebi que seus olhos estavam sobre Samanta que tinha acabado chegar até a sala esfregando os olhos de sono e completamente nua o que me trouxe uma ótima satisfação. Emma podia ver que ela não era a única gostosa na terra.
- Uma das garçonetes do bar? Sério Scott? – bufou Emma em um sorriso sarcástico – Você já foi melhor que isso.
- Você quis dizer quando você trepava comigo? – indaguei – Desculpe, mas eu não consigo enxergar o porquê era melhor.
- Deus! Você pode colocar suas roupas e ir embora daqui – disse ela voltando seu olhar para Samanta que olhava para nós dois como se tentasse entender o que estava acontecendo. – Nós estamos tentando ter uma conversa aqui.
Eu tinha certeza que Samanta ainda estava levemente chapada da maconha que tinha roubado da minha gaveta para fumar.
- Não Samanta fique – falei me levantando do sofá – Se alguém aqui tem que ir embora esse alguém é você Emma. Você já sabe onde fica a saída.
- Meu Deus vocês são dois malucos – bufou Samanta pegando suas roupas do chão e as vestiu – Eu realmente preciso ir para casa e tomar um café forte isso tudo aqui é muito para minha cabeça.
Ela veio até mim, me deu um beijo no rosto e caminhou até a porta com seus sapatos nas mãos foquei toda minha atenção em suas curvas enquanto ela acenava em despedida – não porque eu realmente quisesse, minha cabeça estava a ponto de explodir e pensar naquilo era desnecessário naquele momento – mas sim porque eu simplesmente não queria ficar olhando para Emma.
- Olhe só no que nos transformamos – berrou Emma em um tom acusatório.
- No que você nos transformou – bufei tentando não perder a paciência que eu já não tinha a muito tempo ali.
Olhei para ela que tinha os olhos cheios de raiva cravados nos meus.
- Você voltou para a cidade a três dias e nem ao menos se importou em fazer uma ligação ou me enviar uma mensagem. Na verdade, você não fala comigo direito desde a semana passada – ela continuou falando fazendo minha cabeça latejar cada vez mais – E agora fica galinhando por aí com essas mulheres. Você é nojento!
- Sim, e você também é! – vociferei – Quem era o cara do outro lado da linha quando eu tive a estupida ideia de ligar para você na semana passada? Você acha que eu não ia ficar sabendo que ele te levou para Ibiza?
- Eu só estava...
- Se divertindo. Fodendo com Miles por aí e com quem mais você quisesse e bem entendesse. Eu sei, é uma ótima ideia, não é? – a interrompi – É por isso que eu faço o mesmo.
- Você disse que me amava Scott! – gritou ela.
Eu achei que sim, mas não conseguia enxergar mais aquele tipo de sentimento entre mim e ela. Quando disse aquilo eu estava completamente bêbado e nem sempre os bêbados falavam a verdade é mais sobre o que vem a sua cabeça no momento do que uma verdade absoluta.
- Não mais Emma – bufei – Ou melhor eu estava apenas confundindo uma trepada boa, uma boceta gostosa e essa sua boca cheia de mentiras com amor. Eu tentei manter essa merda, mas não está funcionando nunca funcionou.
A expressão em seu rosto passou da raiva para mágoa em segundos e talvez eu devesse me sentir mal por aquilo, mas não sentia. Eu não sabia o que era amar de verdade. Eu não a amava como Matthew amava Katherine. Eu provavelmente tinha confundido o meu desejo por Emma com amor e talvez eu até me importasse com ela, mas, de repente já não valia mais a pena.
- Não tente fingir que não sente mais nada por mim – disse ela por fim e simplesmente deu meia volta saindo por a mesma porta que havia entrado a batendo com toda sua força.
Será que eu sentia? Porque naquele momento eu tinha quase certeza que não.
Ótimo eu estava novamente sozinho no silencio do meu apartamento.
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CRAWLING BACK TO YOU (NOVA VERSÃO)
Lãng mạn|LIVRO 2| Matthew Becker quase sempre havia sido visto como um rock star sedutor que não media esforços para conquistar as mulheres que desejava sem jamais se apaixonar por elas, mas isso foi antes de conhecer a mulher que fez seu coração acelerar e...