Matthew
Era manhã de Natal e eu tinha um pequeno presente para Katherine, mas ela ainda estava dormindo. Passei meus dedos levemente traçando cada detalhe de seu pequeno rosto aninhado sobre o meu peito e acariciei seu cabelo. Ela se moveu preguiçosa se aninhando um pouco mais em mim o que me fez conter uma risada e continuar a provocá-la com meus dedos sobre sua pele.
- Por que você está tentando me acordar a essa hora? Tenho certeza que ainda é muito cedo – resmungou ela baixinho ainda de olhos fechados.
- São dez da manhã – sorri verificando o horário no relógio ao meu lado.
- Como eu disse muito cedo – as palavras saíram sussurradas de sua boca.
- É uma manhã de Natal – tentei persuadir passando meu dedo suavemente pela curvatura do seu nariz – As pessoas geralmente acordam cedo para abrir os presentes.
- Que tipo de pessoa faz isso? – ela perguntou como se estivesse indignada.
- Eu fazia quando era criança você não? – perguntei – Eu sempre era o primeiro a correr para sala e chegar até a árvore de Natal.
Ela deixou escapar uma risada fraca e lentamente ela abriu os olhos se adaptando a luz que entrava pelas janelas.
- O que foi que eu disse que soou tão engraçado? – afastei o cabelo de seu rosto.
- Nada, eu estava apenas imaginando um pequeno Matt correndo pela casa ansioso para abrir todos os pacotes antes de todo mundo – ela sorriu – E na verdade eu também costumava ser a primeira.
Ela ergueu o rosto na minha direção e eu não pude resistir a vontade de beijar sua boca.
- Então qual é o presente que eu deveria abrir essa manhã? – ela afastou seus lábios dos meus curiosa.
- Venha comigo – sorri me arrastando para fora da cama.
Peguei minha cueca largada sobre o chão junto a minha camiseta e Katherine fez o mesmo com sua camisola. Saímos do quarto e a levei até o segundo andar da casa onde estava a surpresa que eu vinha planejando a meses cautelosamente para que ela não descobrisse. Coloquei seu corpo em frente a porta de um dos quartos do corredor, ela olhou para mim confusa.
- Sabe acho que a arvore de Natal fica lá embaixo – ela comentou com um sorriso divertido.
- Bem, o que eu tenho para você não caberia debaixo dela nem ao menos seria possível – sorri virando seu corpo de volta para frente da porta.
Coloquei sua mão na maçaneta e levei as minhas aos seu olhos instruindo ela a abrir a porta. Guiei seus passos para dentro do quarto e tirei minhas mãos de seus olhos assim que estávamos dentro dele. Katherine ficou parada sem nenhuma reação de imediato em seu rosto por alguns segundos, ela deu a volta sem sair do lugar com seus olhos atentos a cada detalhe e então notei um sorriso surgindo gradualmente em seus lábios.
- Você fez tudo isso sozinho? – perguntou ela voltando sua atenção para mim.
- Eu meio que contei com a ajuda de uma arquiteta, mas, a ideia do céu no teto com notas musicais foi minha – respondi voltando meus olhos para o teto perfeitamente desenhado.
Katherine me abraçou sem que eu esperasse por aquilo. Seus lábios tocaram os meus suavemente, senti o gosto salgado das lagrimas que jorravam pelo seu rosto e ela estava sorrindo ao mesmo tempo que chorava. Eu ainda estava tentando me acostumar com o fato de que ela fazia aquilo de sorrir e chorar ao mesmo tempo com frequência.
- Você gostou? – perguntei não contendo muito minha empolgação.
- Eu amei – ela sorriu feliz.
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CRAWLING BACK TO YOU (NOVA VERSÃO)
Romance|LIVRO 2| Matthew Becker quase sempre havia sido visto como um rock star sedutor que não media esforços para conquistar as mulheres que desejava sem jamais se apaixonar por elas, mas isso foi antes de conhecer a mulher que fez seu coração acelerar e...