02. London

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|Olivia Evans|

          Acordei sobressalta quando uma mulher me tocou.

"Menina, já chegamos a Londres."

"Ah...Sim, desculpe." Digo, levantando o meu pescoço.

"Não faz mal...Tenha um bom dia."

"Obrigada, a Sra também."A mulher fez-me um sorriso e eu completei com um também. Saí do avião e fui buscar as minhas malas, logo a seguir já estava breves minutos longe do aeroporto.

          Londres estava igual. A cidade mais bela que conheci em toda à minha vida. Caminhei para a area dos taxis e pedi se me podiam levar para a rua que pretendia ir. A casa dos meus pais.

Um Sr. um pouco velho mais ou menos com 65 anos, pegou nas minhas malas e coloco-as no porta bagagens. Entrei no carro e esperei que o Sr. o fizesse também. Indubitavelmente, este seguiu viajem para o sitio que pretendia ir. Para casa dos meus pais.

          Ao longo da viajem o Sr. perguntava-me coisas sobre mim, no qual eu respondia. O Sr. era muito simpático e falou-me da sua amada. A sua Rose. Ele diz que foi amor à primeira vista e que nunca tivera visto uma rosa tão rara como a sua mulher. Já lá vão mais de 40 anos junto dela, foram as palavras dele.

"Onde a conheceu?" Perguntei, querendo saber mais sobre esse verdadeiro amor.

"No baile de primavera. Estava com uns amigos meus quando a vi naquele vestido turqueza muito bonito. " O jeito de como o homem falava, era incrivelmente amoroso, como se ao contar a sua história, estivesse numa corrida no tempo.

"Gostava de ter encontrado o amor da minha vida também."

"A menina Olivia irá encontrá-lo. E vai ser quando você menos esperar. Ainda é muito jovem tem a vida pela frente."

"Mas eu gostava de viver a minha vida com alguém. Como nos filmes. Aqueles casais adolescentes."

"Tudo a seu tempo. Algo me diz que nestas férias a menina vai se apaixonar por alguém."

"Acha?"

"Claro. Já lhe disse que tenho 3 filhos?"

"Não."

"Bem. Eu tenho 3 filhos. Um está a estudar ainda e os outros dois digámos que têm um futuro prometido. São casados e têm um ótipo trabalho. Posso dizer que são felizes."

"Eles não sabem a sorte que têm, em ter um pai como você." Balbucio.

"Ás vezes dou por mim a pensar se fui um bom pai para eles, mas chego à conclusão que fui mais que um pai, mas sim um melhor amigo. Estou feliz pelos meus filhos. Eles são bons rapazes. E nada disto poderia ter acontecido se não fosse a minha mulher. Ela é o meu orgulho."

"Tenho a certeza que sim." Sorri para o Sr. e ele retribuiu-me amavelmente.

"Gostava de ter tido uma filha como tu. És muito simpática e bonita. Diga aos seus pais que sãos uns ótimos pais."

"Será entregue, muito obrigada." Olhei pela janela e via a rua perto de casa dos meus pais. O clima daqui era muito diferente de Nova Iorque. As árvores abanavam-se e havia pessoas com casacos quentes em todo o lado. Ao fundo vi um parque. O parque que eu sempre ia quando acabava a escola. Era o meu divertimento. E fiz várias amizades lá. Sempre gostei daquele parque, era ele que estava comigo quando eu precisava de pensar e sonhar no meu futuro e quando eu não me sentia à vontade de falar de certas coisas com a minha mãe, como os rapazes por exemplo. Não gostava de ver todas as minhas amigas a namorar e eu ali sozinha nos meus pensamentos. Lembro-me quando me veio o período. Não sabia o que fazer então o meu escape foi vir para o parque. A minha mãe sabia que lá iria me sentir melhor, mas mais tarde ela teve uma conversa comigo que era normal e que eu estava a ficar uma mulher. Sempre gostei de como a minha mãe falava para mim à cerca da vida.

Photographer || h.s. (editar)Onde histórias criam vida. Descubra agora