19. What are we

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Olivia Evans

        Acordei, lembrando-me dos momentos do dia anterior. Eu e Harry deitados no sofá, completamente abraçados um ao outro a ver um filme de amor, no qual eu admito que chorei. Os seus braços ainda estão rodeados no meu corpo , como se eu fosse uma almofada, ou um peluche de infância de quando algo nos corria mal, ou a nossa mãe ou pai não nos faziam as vontades e enterrava-mos o nosso rosto no nosso peluche preferido, chorando. Eu sentia o seu cheiro, a sua respiração perto do meu rosto.

         Não consigo parar de pensar nele, mesmo ele estando ao meu lado. Observo cada traço do seu rosto. A maneira de como os seus cabelos cobrem a sua testa, a maneira de como os seus lábios arrosados são perfeitos , fazendo um coração largo. A maneira de como a sua respiração é tão acelerada e quente que faz a minha mente tocar-lhe nos lábios , a maneira de como os seus olhos fechados o fazem um rapaz tão indescritivél...um rapaz fofo, um rapaz lindo, um rapaz que por sua vez, podia ser um anjo.

        Um anjo que me podia proteger até ao fim do mundo e que me podia levar a ver o mundo da paz. A sensação de estar assim com ele, faz-me prometer-lhe coisas que nunca antes imaginaria prometer...como prometer-lhe que o amarei durante toda a minha vida, ou que todos os dias ao acordar lhe daria um beijo nos lábios, ou prometer-lhe ficar em silêncio quando ele me observa-se, ou então abraçar-lhe sempre que ele quisesse um ombro para chorar. Eu prometeria-lhe tudo.

        Eu amo-o de uma forma incrivelmente forte. Não sei explicar como, porque nem mesmo eu sei como isto me foi acontecer. Apenas olhar para os seus olhos fez-me perceber a verdade. A verdade que esteve escondida durante anos - o amor. O amor que nunca senti por alguém. Amor esse que agora é só dele e sempre será dado e oferecido a ele. Eu quero pertencer apenas só no seu coração e mente, porque não há mais nada neste mundo que importa para mim. Só e somente ele é que importa.

Harry.

        Continuava olhando para ele de uma forma indecifravél. Num segundo, tenho o meu rosto bem mais perto do seu, dando-lhe um beijo no seu nariz num ato carinhoso. Rastejo o meu corpo para cima do dele e cobro-nos com a manta que outrora estava em cima de nós. Sinto o seu batimento forte como o meu. É inevitável fazer parar estes sentimentos loucos. No meu olhar, de certeza que está escrito " eu amo-o com todo o meu ser, contudo o que há de mais sagrado no mundo. Amo-o mais que alguma coisa da vida. ". Certamente quando ele me olha, ele repara nisso. Conhecendo-o como eu conheço, eu sei, que ele repara em cada detalhe meu. Cada promenor que nunca ninguém reparou, o que o faz tão especial para mim. Especial, visto que, só ele me conhece como a palma da sua mão.

        Desde que o conheci, o meu ar é ele. Só consigo respirar decentemente quando tenho os seus lábios perto dos meus, dando-me conforto. Harry e o seu sorriso, faz-me viver. Viver de uma forma intensa e boa.

        Estando agora em cima dele, faz-me acreditar que posso fazer tudo aquilo que nunca pensei fazer antes, como entregar-me a ele, ou até tirar a carta de condução, visto que ainda não a tenho, o que é estupidamente rídiculo, porque eu já tenho 22 anos. Nunca precisei dela, embora. Sempre tive taxis que me levassem a todo o lado em Nova Iorque.

        Já se passaram 10 minutos desde que acordei e ainda continuo na mesma posição, buscando cada detalhe do seu rosto junto do meu. A minha testa estava colada na dele, e as minhas mãos estavam juntas no seu peito quente e moreno. Os meus lábios estavam a milimetros dos seus e podia sentir um suspiro relativamente fresco a mentol. Pergunto-me como é que ele consegue ter esse sabor durante vinte e quatro horas por dia. Nem eu consigo durante 10 horas. Os meus pensamentos vão em vão quando algo extremamente refrescante é sentido na minha boca.

Photographer || h.s. (editar)Onde histórias criam vida. Descubra agora