"Numa relação tem de haver confiança, e ele não está a confiar em mim."
Olivia Evans
Durante toda a manhã, eu e o Harry ficamos deitados no sofá a ver filmes e a comer bolachas de chocolate. Miminhos, tais como beijinhos eram conectados com a minha pele pálida, de segundos em segundos. Harry hoje estava muito carente e muito pensativo. Eu gostava de lhe perguntar o que se estava a passar, mas tinha medo do que o que pudesse ser. Já me veio à mente, que ele talvez esteja a ponderar me contar a história do seu passado , e talvez seja essa a razão de tantos beijos e pensamentos.
Eu sei que ele me ama. Ele ama-me tanto como eu o amo a ele, mas eu gostava que ele soubesse que por muito monstruoso que tenha sido a sua fase da sua vida adolescente, eu estarei, independentemente de tudo, aqui para ele, porque eu tenho um sentimento muito grande para com ele, e esse sentimento não se vai evaporar de um dia para o outro. Por isso, acho que devo avançar, e começar a perceber e a entender uma parte do seu medo.
"Amor?" A minha voz soa como cansada, na verdade eu estou mesmo cansada, apesar de estar deitada no sofá ao lado do homem de que amo a manhã toda.
Um hum, é tudo o que ouço.
Não quero de todo ser aquela namorada como nos filmes que metem conclusões precipitadas na mente e que não têm aquela confiança que dizem ter pelo o namorado. Ou aquelas namoradas que vêm os seus namorados distantes e que não reagem porque pensam que estão bem. Eu de facto, nunca fui namorada de ninguém, esta é a minha primeira vez, mas eu sei que Harry não está bem, e eu não o gosto de ver assim.
Eu dava tudo para ouvir as suas piadas neste momento, só para o desviar dos pensamentos malditos que ele pensa desde a manhã toda. Eu reparei que ele depois de comermos ficou um bocado acolá. E eu admito que não gosto de o ver assim. Ainda à horas atrás ele estava a rir-se tanto comigo, e agora está muito calado.
O Harry calado definitivamente não é o Harry que eu conheci.
O Harry que eu conheci nunca está calado por duas horas seguidas. Isto aterroriza-me, de certo. As gargalhadas dele são tão melodiosas como a sua voz. Eu se pudesse ouvia a sua voz todos os segundos de vinte e quatro horas por dia. A voz dele é tão reconfortante, tão bonita.
"O que se passa contigo?" Pergunto, passando as minhas mãos nos seus cabelos, sentando-me em cima do seu corpo, com uma perna de cada lado, para que este me olhe e me diga o que se passa no que vai na mente dele. "Diz-me por favor." Suplico.
"Eu vou fazer o almoço." Ele diz, sem mais nem menos, pegando em mim para que eu sai de cima do seu corpo.
Se ele pensa que me vou esquecer disto está muito enganado.
"Harry, não sejas assim. Conta-me por favor." Tento mais uma vez.
"Não é nada de interessante, não te preocupes." Algo na sua voz, me diz que ele está a mentir, mas eu sempre fui persistente e vou fazer de tudo, para o que ele esconde na sua mente, se revele na sua fala para comigo. "Vou agora fazer o almoço." E sem mais nada, sai do meu ponto de vista.
A sério que não compreendo. O que será que ele pensa que nem a mim me conta?
Eu entendo que ele não me queira contar, porque nós próprios temos de ter os nossos segredos. Mas porra, eu sou a sua namorada, e eu já lhe contei tanto sobre mim, e ele nada. Eu ainda nem conheci a sua família.
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Photographer || h.s. (editar)
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