Harry Styles
Ao longo do caminho, fomos falando sobre nós, mas eu não parava de pensar naquilo que ela me queria dizer. Eu estava desesperado, eu tenho uma certa curiosidade em saber do que se trata. Eu sempre fui muito cusco e bisbilhoteiro. Isso foi uma das coisas que não mudei em mim. A curiosidade.
"Ainda falta muito?"
"Estámos quase."
O seu cansaço era notório, isso percebia-se até de longe. Ela tinha a cabeça enconstada ao vidro do carro, e tinha um ar pensativo que me surpreende sempre. Eu tirava os olhos da estrada de dois em dois minutos só para observar a sua beleza que me enfeitiça a cada segundo que passa. Agora sei que eu e ela teremos tudo para dar certo. Somos metade de um só.
Apesar de todos os males que fiz e todos os erros que cometi, eu mereço uma segunda oportunidade no amor, e eu quero essa oportunidade com ela, seja cedo ou tarde, mas eu estou decidido que quero e mereço. Eu já me rendi e já me curei e agora sou um bom rapaz, que tem o seu sonho realizado que era ser fotógrafo. Por falar em fotógrafo, estou a pensar levá-la à minha exposição que será daqui a uma semana. Tenho receio que ela recuse, porque estou prestes a dizer-lhe tudo o que sinto e tudo o que não contei do meu passado. Eu espero mesmo que ela compreenda, porque eu amo-a e não consigo pensar no quão doloroso é ficar sem ela.
Ela é tudo para mim e eu quero realmente que ela saiba disso. A minha vida está um autêntico desastre desde que a conheci. Não esse desastre de confusão, mas sim de sentimentos pelo o ar. Eu nunca tive estes sentimentos e acho que me estou a habituar a eles, pelo menos por agora, que a tenho ao meu lado. Quando ela cá não estiver, eu ficarei de rastos, desgastado, e chorarei mil rios para a ter de volta. Foi por isto que nunca quis apaixonar-me. O amor é cruel. E sempre me disseram para não acreditar nele. As coisas mudaram, e agora todos acreditam no amor, e eu acredito profundamente nele desde à uma semana atrás quando a fotografei naquele parque. Não referi que ela estava linda naquele dia pois não? Porque ela, de facto, estava muito linda, para não dizer perfeita com aquele cabelo despentado causado pelo o vento da primavera.
45 minutos em silêncio neste carro e finalmente dei lugar à minha voz de falar.
"Chegamos." Não obtive nenhuma resposta, e cauculei logo que estivesse a dormir. Abri a minha porta e segui caminho para a porta dela. Abria-a e segurei-a porque ela estava prestes a cair de cabeça, tinha-me esquecido que ela estava com a cabeça encostada à janela de vidro. Peguei nela ao colo e peguei em uma toalha que tinha na mala do carro e logo fechei o carro às chaves. Caminhei uns 15 minutos pela a areia e parei num canto perto de umas rochas grandes. Demorei 3 horas a chegar aqui, mas valeu a pena. Queria-lhe mostrar todos os lugares que já pisei e que são os meus preferidos.
Esta praia sempre teve um caminho para mim. Caminho esse que me encaminhou para a pessoa boa que sou hoje e daqui em diante. Esta praia conhece-me como a palma da minha mão, sabe todos os meus segredos, todos os meus erros, todos os meus demónios e agora vai saber a pessoa de quem amo.
Sento-a na areia , encostando-a a uma rocha. Pego na toalha que estava no meu ombro e coloco-a na areia para a deitar. O meu corpo é dobrado e posso encarar o seu rosto calmo, como um anjo. Pego nela de novo e sento-me na toalha azul escura com estrelas do mar e deito-a no meu colo.
É tão confortável estar assim com ela, nunca imaginei fazer caricias a uma mulher. Mas ela não é uma mulher, ela é a minha mulher. A mulher que pretendo que um dia seja minha para sempre.
(...)
Os meus pés estavam descalços e estavam sobre a água do mar. O mar estava muito bonito. O seu horizonte estava tranquilo. Adoro observar o mar desde quando era puto. A minha mãe trazia-me para cá duas vezes por ano no verão. Eram poucas as vezes que vinha, mas duas vezes chegavam para descobrir o que há de belo nesta praia. Quando comecei a tirar a carta de condução vinha mais frequentemente para aqui. Relaxava ao som das ondas e observava o pôr do sol a ir-se embora.
Trazia toda a minha raiva e agressividade para aqui quando fazia aquelas coisas monstruosas. Toda essa raiva era alimentada pela minha mãe e pelos os meus inimigos. A minha mãe, porque queria saber a minha vida toda, e fazia várias perguntas que eu não estava disposto para lhe responder, e os inimigos porque eles levavam-me ao limite.
Na altura apetecia-me matar essas pessoas que sempre me julgavam, é claro que não matava a minha mãe, só mesmo esses meus antigos inimigos pelo o qual já fui amigo de alguns deles e destruiram a minha vida perfeita. Arrependo-me de tudo o que fiz no passado, especialmente por tudo o que fiz para a minha mãe. Ela sempre foi boa mãe e ainda agora é, mas tenho vergonha daquilo que lhe fiz passar. Ela não merecia. Nem ela, nem ninguém que queria o meu bem.
Os meus olhos reviram, e observam o caminho pela areia até juno de Liv que acabava de acordar. Sorri com o seu rosto de dorminhoca e logo recebi um dela. Corri até junto dela e sentia o vento no meu corpo. Que sensação boa, sentirmo-nos livres de todo o mundo que nos rodeia. Aproximei-me dela e ela levantou-se.
"Surpreendeste-me."
"Ainda bem. Era esse o meu objectivo." Sorrio.
"Nunca tinha cá estado, antes de ir para Nova Iorque."
"Ainda bem que não. Assim fui o primeiro a mostrar-te."
"Sim." O meu rosto estava pairado no dela, e não havia nenhuma maneira de desconectar esta sensação de a querer beijar e nunca mais parar. Desejava voltar ao dia que nasci e nunca ter passado por aqueles momentos imbecis e estúpidos que passei, só para não chegar a este dia e deitar cá para fora toda a verdade. Pelo o menos se esses acontecimentos não tivessem acontecido eu não teria que os guardar e fechar às chaves e mentir-lhe à cerca de mim, ou contar-lhe e ela desaparecer para sempre da minha vida.
"Liv."
"Hazz."
"Tenho uma coisa para te dizer."
"Podes dizer-me depois?"
"Não s-"
O seu corpo estava próximo do meu e os seus lábios colados nos meus . Senti aqueles arrepios por todo o meu corpo e um sorriso nasceu em mim. Peguei-a ao colo, rolando as suas pernas na minha cintura. Agarrei-a pelas costas e juntei-a mais para mim. Os seus braços estavam entre a minha nuca e pescoço. Eu não conseguia remove-la de mim neste momento. Não queria acabar com isto, mas tinha de lhe contar. Se deixar passar ela nunca me irá perdoar. Não sejas doido. Vais-te arrepender se lhe contares. Pois vou, mas mentir-lhe é um risco muito grande. Talvez até lhe possa contar mais tarde, talvez...
Intensifico o nosso beijo e sou correspondido pela sua língua dentro da minha. O ar acabava e descolamos os nossos lábios e juntamos as nossas testas. O seu sorriso era honesto e conseguia sentir o seu nervosismo.
Devia aproveitar este momento único, e não deitar fogo com aquilo de mal do meu passado. Processar isto tudo está a derreter-me. Nunca pensei em ir dizer esta palavra. Mas não tenho nenhuma hipotese em a guardar para mim, porque ela merece saber aquilo que me faz passar sempre que estou junto dela. Talvez seja cedo, mas também é tarde. E aqui vai.
"Eu amo-te Liv. Com tudo o que tenho, especialmente o meu coração."
***
[N.A.] AI Ainda continuo a chorar. Não acredito que escrevi um capitulo tão lamechas haha , espero que tenham gostado eu dediquei-me muito a este capitulo.
Ainda nem quero acreditar que cheguei aos 500 votos e às 1.600 leituras. Isto é fantástico! Agradeço imenso a vocês! Eu ando tão contente, ainda à pouco disse à minha mãe que tinha tido 1,600 leituras na minha história, e ela perguntou em que site eu publicava para ela ler, não tenho coragem de lhe dizer...que vergonha. Tirando isto tudo, eu hoje já parti uma caneca e uma taça de sobremesa, estou mesmo na lua por causa de vocês hahaha
bem, adeusinho pessoal (:
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Photographer || h.s. (editar)
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