Photographer || h.s. (editar)

Sorry || 34

"Words make you think. Music makes you feel. A song makes you feel a thought." 

 

Olivia Evans

          Os seus lábios beijavam os meus de um jeito inexplicável. A sua língua percorria a minha numa dança incrivelmente rímica, como se fosse só mesmo uma língua e uma boca neste mesmo momento de necessidade. As suas mãos estavam em volta da minha cintura apertando-me contra ele, sentindo cada toque e cada promenor dos traços do seu pescoço e rosto belo. A expressividade das suas emoções eram reciprocas. Nada me podia fazer parar este acontecimento. Eu admito que estava a gostar, ou melhor, digamos que estava a amar, mas eu precisava de dizer o quão talentoso ele é. Por isso, envolvi as minhas mãos no seu pescoço e sorri contra os seus lábios, deixando-os. Inclinei-me mais para cima, pousando uma perna de cada lado do seu tronco, e obtive as suas mãos nas minhas costas segurando-me.

"Tens muito talento amor." Pressiono os meus lábios no seu queixo e olho para a sua face. O mais bonito rosto que eu já vi em toda a minha vida. "A letra da tua música é muito bonita, e deixou-me muito emotiva." Digo, encostando a minha cabeça no seu peito.

"Obrigada amor." Ele diz, sorrindo de orelha a orelha para mim. "Ainda bem que gostas da letra..." Acrescentou. "Eu realmente apaixono-me por ti todos os dias." Admite, fitando os meus olhos.

"Eu por ti." Os meus olhos estavam com certeza azuis neste momento. Uma felicidade imensa ultrapassava pelo o meu corpo. Posso dizer que estou feliz pela primeira vez da minha vida. Falei que era feliz por ter realizado o meu sonho de ser atriz, e de ter amigos e família que me apoiavam e que me davam amor, mas algo no Harry me faz mais feliz, e é algo que eu nunca senti, portanto acho que nas outras vezes que dizia estar feliz, era uma maneira de dizer "estou bem", como sinal de "tanto faz". A loucura do meu amor por ele é do tamanho de um universo, ou até mais que um universo, se isso existir, é claro.

"Temos de ir. Já está a ficar tarde, e tens de comprar o teu vestido."

"Sim. Vou só calçar os sapatos." Falo, levantando-me e pegando nos sapatos que estavam por baixo da cama.

"Eu espero por ti."  Ele diz, deitando-se na cama, de barriga para cima. Que paraíso. Levei 10 minutos a calçar-me, e não estou a exagerar, eu perco-me quando ponho a minha vista em cima dele. Eu já supos que talvez ele seja um bruxo, ou um herói com super poderes, mas decerto que estou completamente errada. Às vezes imagino tantas coisas que não fazem sentido nenhum, nem sei como me chamam de intelectual e de inteligente, porque meras vezes, eu demostro ser uma burra. Quando o meu pai me conta anedotas, eu fico com uma cara de quem não entendeu nada, e quando ele se ri, eu fico mesmo sem perceber mesmo nada. Eu sou uma lenta, ou melhor, um caracol porque demoro imenso tempo a chegar à piada. "Já estou pronta, vamos?"

"Sim. Primeiro veste esta camisola minha, está frio lá fora." Visto-a.

"Ok bébe."

"Tu é que és a minha bébe." ele diz, rodeando a minha cintura e puxando-me para perto dele.

"E porquê?"

"Porque eu é que sei. Agora vamos embora." Ele diz, num tom autoritário, mas bondoso.

           Saímos de casa dele e viajamos para minha casa. Ao longo do caminho, Harry ia dizendo umas piadas secas e eu definitivamente não parava de me rir, e bastante mesmo.

"Para Harry, de caminho estou a mijar pelas cuecas a baixo."

"ok ok, de qualquer maneira já chegamos." ele diz, ainda com uma pintada de gargalhadas na sua voz rouca.