Ex

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Larissa retribuiu o beijo se agarrando a minha cintura enquanto eu segurava o seu rosto dela fazendo um leve carinho. Nós escutamos uma voz e na hora paramos, estávamos abraçadas e ela sussurrou.

-Acho que minha mãe acordou... -ela sussurra. -Você tem que sair daqui... Ela com toda certeza vai vir aqui. -ela fala me soltando e me empurrando para a janela desesperada.

-Tá bom... -falo já preparada para pular a janela.

-Ei... -ela me chama.

-Oi.. -A olho.

-Quero meu beijo de despedida... -ela me olha fofa.

-Tá bom... -sorrio, vou até ela segurando sua cintura e lhe dou um beijo.

Ela que automaticamente abraçou meu pescoço, logo assim que o beijo terminou ela me deu vários tapas na cabeça e disse:

-Isso foi por desmarcar. E esse por desmarcar por causa da minha prima que eu não gosto. -os tapas mais fortes que eu já levei na vida...

Eu dei um selinho nela rindo assim que ela parou de me bater e finalmente pulei a janela. Quase cai de cara no chão, mas isso não vem ao caso, subi na moto e voltei pra casa.
Maria ainda estava lá, ela estava me esperando, dei as sacolas com as coisas na mão dela e deitei no sofá ligando a televisão.

-De onde você conhece a Emily? -Maria começa.

-Vai começar o interrogatório? -pergunto entediada.

-Eu só quero saber... -Maria senta em cima de mim que estava deitada de um jeito bem sexy.

-Isso é algum tipo de provocação? -a olho.

-Talvez... -ela dá uma leve rebolada em cima de mim.

-Você não presta... -Rio.

-Você que me faz ficar louca. -ela deita beijando o canto da minha boca.

Eu finalmente cai na real e pensei.
Não posso fazer mais isso com a Larissa...

-Não... Eu não posso mais fazer isso... -Saio deixando ela no sofá e subindo as escadas rápido indo pro quarto e pegando um cigarro que estava escondido nas minhas roupas. Estava nervosa e confusa, eu precisava daquilo. Fui pra varanda que dava pra uma vista linda da cidade e sentei no muro acendendo o cigarro e tragando o mesmo enquanto olhava a paisagem.

Dei graças por Maria não me seguir, pra uma menina jovem como eu, seria um pouco complicado explicar se alguém me perguntasse em que o cigarro me ajudava. Estava tentando parar com isso, realmente, mas pelo menos um por dia eu fumava.
Admirando o sol coberto por nuvens que estava naquela tarde e traguei todo o cigarro. Isso me ajudou a pensar sobre tudo, o que tinha que fazer, o que tinha que estudar, até a quem tinha que agradar e isso pra mim era muito bom. Uma coisa que eu não fazia era parar e pensar na vida. Fui interrompida por Maria, que chegou de mansinho e falou que estava indo embora. Eu tinha que conversar com ela então a hora era agora, seria minha única chance de falar com ela.

-Maria... A gente precisa conversar um pouco. -a olho descendo do muro e chegando mais perto dela.

Antes que eu pudesse falar alguma coisa ela me beijou, eu pela primeira vez não correspondi e então ela parou.

-Desculpa. É que eu sei que não é coisa boa. -ela se afasta um pouco de mim.

-Isso vai ser bom pra nós duas. Então eu quero dizer que a gente não pode mais ficar. -a olho com seriedade.

Quando Der Meia-NoiteOnde histórias criam vida. Descubra agora