Eu ia entrar no banheiro quando meu celular tocou.
- Não é possível! - falei atendendo o celular - espero que seja extremamente urgente. Fala.
- Nossa. Que mal humor. - minha amiga Carolina falou. - Ligue para avisar que eu vi a data da prova errado. É amanhã, e se a senhora mal humor quiser fazer a provinha, vai ter que vir para a minha casa agora.
Bendita a hora que eu combinei com ela de fazer a prova perto da casa dela. Ela mora meio longe então ia ter que ir nesse exato momento mesmo. Só daria tempo de pegar algumas roupas, joga na mochila e partir.
- Bendita hora. - falei batendo na minha testa.
- Venha logo. - ela desligou o celular e eu me praguejei até os final dos tempos.
- O que aconteceu? - Larissa apareceu na porta do banheiro com um olhar preocupado.
- Desculpa amor. Eu vou ter que ir embora. - a olhei.
- Sério? - ela me olhou triste.
- Não fica assim ok? A gente se vê terça na escola.
- Não vai... Por favor... - ela me olha com a cara mais pidonha possível .
- Eu preciso. Mas eu vou te compensar, ok? - dei um beijo na testa dela e ela me abraçou.
- Terça? Eu já tô com saudade. Como isso é possível? - ela me olhou e sorriu.
- Se eu pudesse não saia nunca mais daqui, mas eu preciso ir. - sorri saindo do abraço dela e pegando minha bota.
Depois que coloquei as botas, olhei para ela que estava com uma cara emburrada e apenas ri. Levantei da cama e peguei minha jaqueta.
- Vai me levar na porta? Ou vai ficar com essa cara emburrada ai pra sempre?
- Não tenho escolha. - ela falou saindo do quarto e eu apenas a segui.
Chegando na porta, ela abriu e olhou pra minha cara como se falasse "sai logo antes que eu te mate".
Eu estava com um pingo de raiva da imaturidade, mas não falei nada.
Olhei para o rosto de Larissa e bati na porta a fazendo fechar com uma certa arrogância, fazendo um barulho estrondante que fez ela se assustar e eu apenas a imprensei na porta é a beijei com voracidade. A mesma no começo resistiu, mas logo cedeu acariciando a minha nuca até o beijo acabar por falta de ar.- A gente se vê na terça. - falei abrindo a porta e saindo. Subi na moto colocando a jaqueta e o capacete, dei a última olhada para a menina que ainda estava desacreditada e parti.
-----------------
O caminho era longo, passei em casa apenas para pegar a moto de meu padrasto, dinheiro e roupas.
Posso confessar que eu adoro fazer longos trajetos de moto, me sentia livre.Já era quase 22:00 horas e eu estava na porta da grande casa de Carolina, apertando o interfone e a campainha loucamente, estava frio demais e eu não sentia mais meu corpo quando o portão se abriu e eu pude entrar com a moto. Estacionei na garagem e sai de cima da mesma tirando o capacete e deixando na moto.
- Como é bom te ver. - a mãe de Carolina falou me olhando sempre com aquele sorrisinho no canto da boca. - Carolina está no quarto, você já conhece a casa. Qualquer coisa é só chamar. - ela falou sem se quer me dá tempo de responde-la e saiu.
- Muié loka. - sussurei para eu mesma e entrei na casa indo direto para o quarto da menina.
Subi a longa escada e adentrei o quarto de carolina em um solavanco só.
- Chegueiiii!!! - falei jogando minha mochila no chão e pulando nela que estava deitada em sua cama mexendo no celular.
O celular dela consequentemente caiu no rosto dela e ela me empurrou no chão.

VOCÊ ESTÁ LENDO
Quando Der Meia-Noite
RomanceQuando der meia-noite. Um romance lésbico entre duas amigas que se conheceram na escola e juntas descobriram coisas nelas mesmas que nunca pensaram existir. Me acompanhe nessa historia, toda semana postarei um novo capitulo e Espero Que Gostem! F...