Sapabonde!

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Saímos da salinha rindo de mãos dadas e as garotas nos acompanharam rindo e fazendo piadas de nós duas. Eu tentava ficar o mais normal possível na frente dos outros, não era por mim, mas sim por ela. Eu estava acostumada a críticas, e ela não. Então qualquer tipo de comentário maldoso, iria arrasar ela, por ser um assunto delicado e não tocado ainda. Não queria ver ela mal, então sempre que nós estávamos na escola, eu a tratava mais como amiga, e sem muita agarração.
A cara da Larissa era a melhor coisa quando alguém de outra turma ia me chamar para as rodinhas de amigos que sempre tem nas escolas.
Eu ia e ela ficava me vigiando.
Eu tinha um amigo na escola, que ele gritava para Deus e o mundo que eu era lésbica, então algumas meninas sempre me abraçavam e ficavam "me come" "me chupa" "vem de tesoura", mas tudo de brincadeira. Ela batiam na minha bunda, apertavam ela, me davam beijos no canto da boca, uma bagunça! E nesse mesmo dia que Larissa estava um pouco irritada, de TPM, decidiram me beijar, uma menina mais nova veio e me roubou um selinho.
Se você achava que teletransporte não existia, Larissa acabou de criar um portal para se teletransporta para onde eu estava.
Ela foi muito rápida. Em questão de segundos ela me tirou de lá pelo braço me puxando para o banheiro.
Lá vamos nós brigar de novo.

-Por que você deixou ela te beijar?! -Ela falou irritada.

-Ah... -dei um tchauzinho pra criança que estava saindo do banheiro e voltei a olhar para ela -Não fui eu quem beijou ela, e foi só um selinho amor, nadar demais.

-Eu não gostei. Não quero você com eles. Eles sempre fazem isso, ficam te passando a mão... Apertam sua bunda e eu não quero isso. Você é minha. -ela estava cotada de ciúmes.

-Ei... Não precisa ficar assim, você sabe que eu sou sua. Não por completo ainda, mas eu sou. E logo esse problema vai se resolver. -pisquei para ela que deu um sorriso de lado.

-Eu ainda estou com medo... Não sei como vão reagir a isso. -ela me abraçou.

-Não fica assim. Eles vão ter que aceitar... -Eu a apertei mais nos meus braços até ela falar que estava morrendo sufocada, e nós acabamos rindo de tudo, de novo.

Continuamos conversando até o sinal tocar e nós irmos para a sala. A aula passou mais rápido do que o esperado, odiava aula de matemática, mas quando eu entendia a matéria, eu me animava mais. E eu já estava estudando essa matéria para a prova que eu ia fazer mês que vem, eu estava super ansiosa. Aquela prova ia decidir o meu futuro, e eu estava mais do que empenhada.

Descemos e eu sai da escola indo de encontro a minha moto com as meninas. Me despedi delas e Milena me perguntou se eu poderia dar uma carona para ela ir para a casa do namorado, e eu prontamente aceitei.
Dei um selinho discreto em Larissa e finalmente subi na moto com Milena, dei o capacete para ela, coloquei o meu e a levei para a casa do namorado.

Assim que eu deixei ela lá, fui na casa da minha avó, só queria ver ela um pouco, mas eu sabia que ia sair com raiva dela depois.

-Vó!!! -Chamei no portão.

-Oi! -ela respondeu sem saber quem era.

-Abre aqui! -Falei.

Ela pegou a chave e quando realmente viu quem era ficou toda alegre. Me abraçou, chorou e blá blá blá.

-E aí vó? Tudo bem? -pergunte me sentando na varanda.

-Ah minha filha, as pernas continuam com a mesma dor, sinto dor todos os dias... -Ela falou com uma voz sofrida.

-Poxa vó, queria fazer alguma coisa pra senhora, mas logo poderei fazer ok? -Falei sincera.

-Tá bom. Mas e aí? Já se resolveu na vida? -ela falou irônica. Ia começar a palhaçada, eu sabia o que ela queria saber naquela pergunta.

-Claro vó. Eu ainda sou lésbica, se essa é a sua pergunta. -Falei normal.

-Pensei que já tinha parado com essa putaria. Isso é pecado, você vai pro inferno por isso. -ela falou com um tom de voz mais elevado, mas ela ainda não estava gritando.

-Já me conformei que vou pro inferno, isso não me interessa. Se seu deus que escreveu que ama a todos não aceita as pessoas que escolheram uma forma de amar diferente, eu não aceito ele. -Falei já me estressando, eu já sabia que eu ia sair de lá assim.

-Ele aceita, mas não essa putaria de mulher com mulher, homem com homem! -Agora sim ela gritou.

-Ah vó!!! Faça-me o favor! Aqui é cola velcro! Sou sapatona mesmo! E dane-se a sua opinião e a dos outros também! Tenho a minha vida e não preciso de ninguém para me dizer o que tenho que fazer. Nos encontraremos quando eu vier aqui com a minha namorada e um médico para avaliar a senhora e marcar o dia da sua cirurgia. -me levantei gritando -SA! PA! BON! DE!
-eu sai cantando e subi na moto. Minha avó riu depois que eu sai cantando, a gente discutia, mas depois ficava tudo bem. Eu realmente estava falando sério, eu havia prometido que quando me estabilizasse financeiramente, iria pagar a cirurgia dela, eu cumpro minhas promessas, independente de brigas e outras coisas, eu sempre vou cumprir.

Fui para casa e quando cheguei fui estudar, como sempre, desliguei o celular, cai de cara nos livros e pesquisas no computador, simulador de provas eram minha morte, eu não parava enquanto não acertasse tudo!
E foi assim que eu acabei dormindo, em cima dos livros.
Fui acordada pela minha mãe para poder jantar.
E terminamos a noite todos assistindo um filme e comendo sorvete.

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E AÍ PESSOAAL???
Td bem com vocês?
Tô um tempo sem postar... eu sei...
mas eu voltei com novidades!!
Quando der meia-noite vai ter o SEGUNDO LIVRO!
Que será o seu final definitivo!
Esse está acabando, provavelmente acabará no cap 30, mas logo em seguida vira a sua continuação que estará maravilhosa!

Ano que vem será lançado mais 3 livros meus, junto com o segundo livro do Quando der meia-noite e também terá capítulos toda semana do meu outro livro que eu já postei o primeiro capitulo, o "Minha professora gostosa" que também está maravilhoso. (Vão lá conferir)
Prometo pra todos que vou tentar me programar!!!
Para em fevereiro já começar a postar TUDO!
Valeu seus lokos!!
E não esqueçam de VOTAR!
Isso é muito importante!
Bjs! ❤️

Quando Der Meia-NoiteOnde histórias criam vida. Descubra agora