Quando Der Meia-Noite

Primeiro

-Não... Não está... -ela fala soluçando entre o choro, mas baixinho para não acordar as outras.-Você podia ter morrido ali. Ele estava com a arma apontada pra você e você não ligou, só pensava em me proteger e eu sempre te tratei tão mau... Me desculpa. Você sempre foi carinhosa comigo e eu uma grossa.

-Ei... Calma. Eu entendo, você tem uma personalidade forte, é difícil te conquistar. -a olho nos olhos -e eu faria qualquer coisa por você, não duvide disso.

-Sério? -ela me olha com os olhos brilhando.

-Sim. -sorrio

-E se eu... -ela se aproxima mais de mim -te pedisse uma coisa?

-Pode pedir... -me afastei um pouquinho e acabei batendo a cabeça na cama- ai... -reclamo baixo e rio.

-Meu Deus. Desastrada. Ta tudo bem? -ela ri de mim.

-Tá sim. E eu também queria te pedir uma coisa... -sorri olhando pra ela.

-Vai... Você começa. -ela sorri.

-Só posso te contar se você chegar bem pertinho de mim... -sorri.

-Ta bom. -ela se aproxima devagar.

Quando ela estava perto o bastante eu não resisti, aqueles lábios grossos perto demais de mim, levei minha mão sua nuca devagar mesmo machucada, sabendo que ela tinha nervoso e a puxei para um beijo, o primeiro e que eu queria que tivessem muito mais. Eu estava nas nuvens naquele momento, os labios dela eram tão quentes e macios, não sabia o que eu estava sentindo naquele momento, parecia que alguma coisa dentro de mim ia explodir.
Eu fiquei alguns segundos com os olhos fechados não acreditando, quando eu abri ela ainda estava de olhos fechados. E quando ela abril os olhos deu um leve sorriso que fez derreter o meu coração.

-Eu... Me desculpa... -falo com muita vergonha.

-Ei... Calma -ela sorrio -Acho que, não precisa pedir descupa. Eu também queria te contar isso.

-É muita conexão. -rio

-Acho que é outra coisa. -ela me olha fofa.

-Não precisa nem me falar. Só com o seu olhar eu já sei o que é. -a olho.

Ela me olha nos olhos e diz:

-Suas pupilas estão dilatadas. -ela se concentrar vendo meus olhos.

-Minhas pupilas sempre dilataram por você, o único problema é que você nunca olhou para elas... -falo seria a olhando.

-Eu vou mudar... Eu prometo. -ela fala.

-Não quero que você mude, quero que se importe, não só comigo, mas com o mundo. -falo e acaricio seu rosto.

Dessa vez ela que me deu um beijo e eu retribui como se fosse a última coisa que eu faria no mundo. Depois do beijo nos falamos mais um pouquinho e depois fomos dormir, ela se firou e se aconchegou em meus braços, pra mim eu estava sonhando, mas não precisei me beliscar por causa dos dois dedos que tinha quebrado e que estavam doendo ainda. Enquanto não conseguia dormir, parei para refletir um pouco, estava um silêncio tão bom que pensar era a escolha mais favorável que me veio a cabeça pensar em tudo o que tinha acontecido naquele dia.

Naquele momento que eu parei para pensar eu entendi um pouco do que estava sentindo anteriormente, eu estava realmente gostando da Larissa, mas de um jeito diferente, não como amiga, eu estava apaixonada por ela e aquele beijo abriu minha mente para uma coisa óbvia que eu não enchergava, não era tão estranho pra mim assim, eu ja tinha ficado com outras meninas, mas era só um selinho e nenhum tipo de atração. Larissa despertava uma coisa diferente em mim e eu tava tranquila com isso o que eu temia era que no dia seguinte ela acordasse depois desse trauma do assalto e ela simplesmente cair na real e falar que tudo o que ela fez foi por impulso. Não conseguiria sobreviver se isso saísse da boca dela e era o único medo que eu tinha no momento, não era medo do ladrão dos meus pais ou da morte, o medo que eu tinha era sofrer de amor de novo, como sofri antes de conhecer a Larissa.