Engomadinho

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       Lucy

   O percurso não durou muito, principalmente pelo horário, que é quando o trânsito é mais tranquilo, o que nos dá ainda mais tempo pra aproveitar o passeio.

   Apesar de ser a acompanhante do Natsu, eu ainda não fiquei nem um pouco perto dele por conta das coisas que ele tem que resolver e blábláblá. No ônibus me sentei ao lado da Erza que dizia o quanto estava ansiosa pra provar os famosos bolos caseiros de morango da família Lates, eles são bem conhecidos pela confeitaria impecável e pelos doces inconfundíveis. Se não me engano, minha mãe me disse uma vez que esteve algumas vezes nessa confeitaria quando jovem, e que essas idas foram suficientes para se apaixonar pelo lugar.

- Deve ser incrível mesmo. - concordei pela milésima vez com as coisas que Erza dizia sobre a confeitaria, ela está realmente ansiosa pra isso.

- Mas é claro, se tem bolo de morango, já é um lugar incrível, assim como a minha geladeira. - rimos da sua comparação mas ela ficou um pouco séria e completou - mas toma cuidado Lucy, o filho mais velho da família Lates tem mais fama que a confeitaria dos pais, parece que ser mulherengo e aproveitador são alguns dos ingredientes presentes nessa fama.

- Bom, não posso concordar e nem discordar, eu nem ao menos ouvi falar dele alguma vez. - Erza vez uma cara surpresa, mas logo suspirou.

- Bom, cuidado nunca é demais. Mas acho que não preciso me preocupar já que você tem o...

- Tem quem? - me assustei ao ver Natsu debruçado no banco da frente nos olhando com o rosto sereno e calmo.

- Oras, é claro que é vo... - não deixei Erza terminar quase que enfiando o chiclete que eu havia pego na bolsa na sua boca.

- Ninguém. - eu disse na maior cara dura, o que eu tenho na cabeça? Natsu pareceu confuso com a minha atitude, quem não ficaria? Se ele não me conhecesse pensaria que eu sou louca, afinal que tipo de amiga sai colocando chicletes pela garganta da outra? Eu não, pelo não antes disso.

- Ok. Erza, será que pode me emprestar essa loirinha por um tempo? - aposto que a Erza nem sequer cogitou negar, por que antes mesmo de eu perceber ela já havia saído, e ao meu lado repolsava o dono da cerejeira na cabeça.

- Já terminou as suas pendências?

- Bom, estou liberado pelo resto do fim de semana. - ele me olhou sorrindo.

- Chegamos! - ouvimos metade do ônibus gritar ao ver os lustrosos portões de madeira com um letreiro em azul, onde o nome Blue Pegasus era bem perceptível.

- Vamos? - perguntei enquanto me levantava e ele assentiu fazendo a mesma coisa - E quais são os seus planos pra esses dias? - o perguntei e ele deu um pequeno sorriso de canto passando a minha frente, mas antes sussurrando em meu ouvido:

- Segredo.

   Isso me causou alguns arrepios e uma curiosidade imensa, mas a única coisa que eu fui capaz de fazer foi descer do ônibus onde eu tinha virado uma estátua.

   Para nos receber um moreno vestido em roupas simples esbanjava positividade, parecia ter em torno de trinta anos, apesar do jeito juvenil com que trasparece.

- Bom dia a todos, me chamo Ren e serei responsável por fazer vocês se divertirem. Me acompanhem até a tenda por favor. - ele nos guiou até uma grande tenda, onde podiamos nos sentar ne grama verde e não ficar a baixo do sol extremamente quente - Bom, se tratando de viagens escolares ou até mesmo hospedagens em grupo nós disponibilizamos dois de nossos chalés especiais. - murmúrios surgiram daí, mas ele cessou  os comentários com uma risada. - Deixem-me terminar. Os chalés especiais são como pequenas casas, que contém dois quartos maiores. Um para as garotas e outro para os garotos. - tenho quase certeza de que ouvi alguns suspiros aliviados - Os banhos funcionam normalmente no horário entre as oito e dez horas. O café é servido as nove e o almoço depende das atividades que vocês irão escolher. Isso é só, e se tiverem alguma dúvida basta procurar a mim ou a qualquer funcionário do local, divirtam-se.

You Belong With MeOnde histórias criam vida. Descubra agora