Capítulo 11: O Presente Divino

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Continuando o capítulo sete "O Deus da Trapaça"...

— Eu sei de tudo esqueceu? E já esperava que você viesse Loki. Vamos até à moça, se você conseguir me surpreender, lhe empresto Sleipnir. — Chantageia Odin.

— Tenho opções? — Pergunta Loki.

— Se você quer Sleipnir emprestado, não. — Responde Wotan para Loki que o encara com uma pequena raiva, enquanto o pai retruca com um sorriso, e então partem para Valhalla.

A Valkiria Kiungni com seu cavalo esbranquiçado, dispara na frente dos dois deuses, e com sua velocidade chega em Valhalla em poucos minutos. Ela desce de seu cavalo, se aproxima da moça que aguarda Odin e Loki, faz uma reverência curta e diz:

— Em poucos minutos eles estarão aqui. Peço que aguarde aqui, em silêncio e sem tocar em nada.

"Tocar onde? Ir aonde?" Pensa a moça enquanto olha para os lados e vê apenas um salão enorme, vazio e escuro. Estava ali a moça, no único ponto de luz, em meio a todo aquele breu.

— Tu-Tudo bem. — Responde a moça.

— Preciso ir, tenho muito trabalho a fazer. — Diz Kiungni, enquanto caminha de costas até seu cavalo fazendo uma pequena reverência.

Logo após Kiungni montar em seu cavalo, eles desaparecem em meio a escuridão do salão. A Moça em seu feixe de luz, anda até a Valkiria na inútil tentativa de não perdê-la de vista, e grita:

— Espera!!

"Já se foi..." Pensa a moça após perceber que Kiungni ja não estava mais lá. Percebe ela que estava envolto de escuridão, corre de volta ao feixe de luz sem pensar duas vezes.

Após alguns minutos os dois deuses chegam em Valhalla, Odin percebe que a multidão de pessoas não parava de chegar, "Isso está saindo do controle". E percebem que a pobre moça não enxerga nada além de escuridão, naquele imenso salão inundado de pessoas que também não enxergavam nada além de um único feixe sobre si mesmo, pois um mortal não tem visão em Asgard sem a permissão de um Vanir.

— Bom, já está na hora de despertá-los. — Diz Odin.

— Tem certeza? Isso não causaria um grande tumulto? — Questiona Loki.

— Não. — Responde o Deus da Sabedoria enquanto arregala seu olho para Loki, lembrando o Deus da Trapaça de quando trocou um de seus olhos pela Sabedoria Ancestral.

— Me desculpe por questioná-lo, oh, Pai de Todos.

— Haja luz! — Diz Wotan com uma voz que ecoou por todo o salão.

E houve luz. Todos agora viam a todos, e uma alegria repentina invadiu o coração daquelas pessoas que ali se encontravam. Se escutava gritos e sussurros daquela multidão, dizendo "Estou em Valhalla?", "Valhalla!!", "Sempre acreditei!", "Olhe! O pai de todos está aqui!", "Loki o deus transmorfo!!"...

— Sejam todos bem-vindo a Valhalla, se estão aqui, significa que honraram os deuses até seu último suspiro, porém gostaria de um pouco mais de silêncio e gostaria de chamar Yoru Gtar Mutune. — Diz Odin e todos se calam imediatamente.

"Eu? Porque eu?" Pensa a moça que agora estava cercado de pessoas. E aos poucos os que estavam próximos dela, abrem espaço para ela passar, até que a moça chega diante de Odin e Loki.

— Loki tem um presente para esta moça. — Fala Odin em alto e bom som.

— O que! Presente? — Resmunga Loki para o deus enquanto fica de costas para a multidão.

— Quer Sleipnir ou não? Sei que você vai pensar em algo rápido, você é bom nisso. — Responde Wotan diretamente para o deus da trapaça.

Com um olhar pensativo, Loki se vira para a multidão, abrindo seus braços como se fosse abraçar todos de uma vez e diz:

— Sim, isso! Um presente... Irei dar a ela o maior privilégio que nunca até hoje um ser humano teve para comigo.

— E qual seria esse presente tão magnânimo? — Interroga Odin o discurso de Loki.

— E... Bem. Darei, caso aceite, um filho. — Diz Loki olhando para Yoru.

"Claro que ela não vai aceitar. E então vou pegar o Sleipnir sem ter que fazer nada" Pensa Loki. Odin e Yoru arregalam os olhos, com uma surpresa nítida para todos ali presente. Ruídos e sussurros brotaram da multidão, até que Wotan interrompe dizendo:

— Silêncio todos! — Em seguida olha para Yoru e conclui. — E então, você aceita?

Yoru fica corada e trava, não soube dar uma resposta muito menos falar qualquer coisa que fosse.

— Você está bem? — Pergunta Loki.

— Está paralisada, o que você fez desta vez trapaceiro? — Interroga Odin furioso.

— Não fiz nada, ela só está surpresa. — Responde Loki.

— Eu não sou digna de tal honra, meu deus. — Diz Yoru.

— Sério? Poxa que pena. — Diz Loki com um certo sorriso, que em seguida se vira para Odin e diz. — Pronto ofereci meu presente, sabe que não posso forçar esse tipo de presente, agora cumpra com sua parte do trato.

Odin se sentindo enganado, dá um passo rumo a Yoru e diz: — Quanta ousadia, em recusar um presente divino, mas vou lhe dar outra chance, Loki vai sair por uns dias e você poderá pensar até lá.

— S-sim pai de todos. M-me perdoe por tal atitude, pensarei bem a respeito.

"Maldito" Pensa Loki.

— Bom... — Diz o deus.

Depois de alguns minutos Loki pega Sleipnir, o cavalo mais veloz do universo e parte para o reino de sua filha Hella, o Reino de Helheim localizado no mundo de Niflheim.

~Fim do capítulo; Se gostou deste capítulo,não se esqueça de deixar seu voto. Obrigado!

A Era Viking - O RAGNAROK (PAUSADO)Onde histórias criam vida. Descubra agora