5: Surpreendida

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   Não fui acordada com luz entrando pela janela,eu estava numa casa para vampiros,então o meu acordar era diferente.

   Me sentei num pulo,vi Teresa deitada numa cadeira com o livro esparramado no peito.Devia ter dormido ali mesmo.

   Eu queria água e ir no banheiro mas eu era uma prisioneira,não podia me servir.

   Me levantei sem fazer barulho,fiquei na frente de Teresa e coloquei minha mão em seu ombro.

   -Teresa?-a sacudi.-Teresa!-falei um pouco mais forte e ela abriu os olhos..

   -Olha...você fala...-revirei os olhos.

  -Teresa estou com sede e preciso ir ao banheiro...por favor.-decido ser gentil,eu era mesmo a prisioneira.

   -Pode ir querida,tem um banheiro no meu quarto e pode descer para pegar água.-antes que pudesse falar mais alguma coisa ela se vira e cai no sono.Suspirando vou até o seu banheiro e faço minhas neceessides.

   Logo depois abro a porta do quarto dela e saiu para um corredor vazio cheio de portas fechadas.Ando na ponta dos pés seguindo o corredor,não sabia para onde estava indo,mas ia descobrir.

   A decoração do lugar é muito gótica,mas ah um monte de lustres pelos cantos,iluminando e dando beleza ao lugar.

   Chego numa escadaria enorme,deleria ter dois andares a casa.

                        * * *

  Estava errada,haviam três andares no casarão,e quando chego ao ultimo estou sem fôlego.

   A sala é belissima,mas continua sendo escura,isso começara a me incomodar,o lugar que achará ser o mais colorido era o quarto de Teresa,que tinha o quarto em cores pastels.

   Tudo estava muito silêncioso,podia até imaginar fantasmas me olhando.

   "Clara,você não é mais uma criança.Pare de ter medo".Digo a mim mesma.

   Percorro a sala e vou direo numa porta dubla fechada,abro apenas uma e espio.

   Tudo estava limpo,eu estava sozinha.Entrei devagar,fechei a porta atrás de mim,torcendo para não fazer barulho.

   A cozinha é ampla,com os eletrodomesticos em inox,mas ainda é escura.Será que vampiros não podiam com a luz do sol?

   Me faço essa pergunta enquanto vou até uma bancada aonde vi copos pretos.

   Sim,copos pretos,ele eram meio transparente,mas ainda sim pretos.

  Abro a geladeira e vejo uma jarra de água gelada .Sedenta pego-a e despejo o conteúdo no copo.Bebo,aliviando minha sede,bebo mais um copo e coloco a jarra de volta em seu lugar,é ai que vejo outra jarraas continha um liquido vermelho,talvez suco,pego-a e a coloco na mesa.

  Despejo no meu copo e vejo como esta grosso e coagulado,mas não me importo,a vontade esta me matando para descobrir o que é.Aproximo o copo ,com o liquido misterioso ,até a boca...

   O copo é arrancado de minha mão,e quando olho quem fez isso  fico congelada.

  -Olá doçura.-não falei nada enquanto olho os olhos negros me encarando,Erik era o cara mais gostoso que já virá.

  -Isso não é pra você.-ele diz e toma um gole,o liquido deixa seus labios vermelhos.

   -O...o que é isso?-gaguejo.

   -Sangue meu amor.-Erik era gentil e bondoso mas quando o vi bebendo sangue o encanto acabou,fiquei com medo de ficar sozinha com ele.

   Ele vê que hesitei e sorri para mim.-Sei que é nova e deve estar com medo mas não precisa,isso é sangue de bolsa nada tirado contra a vontade.

   Engulo a seco,ele podia ser bom mas não confiava nele,pelo menos,ainda não.

   -Erik?

   -Sim.-ele me olha curioso.

   -O que querem comigo?

    Ele franze a sombrancelha.-Eu não sei querida,talvez iram te transformar.

    Isso me congela,eu não quero ser vampiro,eu quero viver.

  -Estou com medo.-ele vê as lagrimas que teimão em cair e logo me abraça.

   -Pois não precisa.

Henry Grey...

  Acordei vedo demais hoje,não conseguia dormir,rumei para a cozinha esperando encontra-lá vazia,mas isso seria uma dádiva.

   Encontro Clara nos braços de Erik,ela chorava e isdo era de cortar o coração.

   Mas a raiva  me dominou,eu odiava Erik,e essa garota era minha.

   -O que pensam que estão fazendo?-Clara se afasta no mesmo momento,me olha assustada e vejo maiis lagrimas cairem de seus olhos.-O que você fez com ela?-ggritei para Erik.

   -Eu?-ele ri sem humor.-Eu nada seu babaca,mas como ela tem medo de você talvez possa me dizer o porque a trouxe aqui?

   -Você não tem nada a ver com isso.-mas as unicas coisas que consigo pensar são nas palavras dele,Clara tinha medo de mim.

   -Sai daqui Erik!-gritei.

   -Não...

   -Sai Erik.-arregalo meus olhos para Clara,ela estava expulsando Erik?Rapidamente me senti orgulhoso.-Não quero que ele te machuque.-ela tinha tanto medo de mim?

   -Doçura.Sou vou embora porque você pediu mas se precisar de ajuda é só gritar.

   Erik sai da cozinha olhando para Clara.Quando já estava afastado eu enfim posso olha-la,ela não me parece bem,seus olhos estão cheios de lagrimas e eu não sei o porque.

   A culpa me acerta,sem saber o que fazer me aproximo dela.Clara se afasta com medo,mas dou um pequeno sorriso para ela.

  -Clara...-sussurro seu nome e vejo quando ela se arrepia.Ergo minha mão para acaricia-lá mas ela se encole.Meu deus,eu não sabia que ela tinha tanto medo assim de mim.Paro avaliando seu rosto,me aproximo novamente,minha mão toca o seu rosto e ela estremece.

   Acaricio a sua pele de porcelana e ela me olha no fundo dos olhos.-Me desculpe por ontem Clara.-uma lagrima escapa de seus olhos.Tento me empedir mas quando me vejo já estava relando meus labios nos dela.

Liberte-meOnde histórias criam vida. Descubra agora