Kara chegou em casa normalmente, voltara a vestir as roupas do trabalho, a usar os óculos e usava o rabo de cavalo. Estava cansada e preocupada, a conversa que teve com Alex a esgotou mais do que resgatar o Winn ou pensar em Lex Luthor. Às vezes, era muito difícil conciliar Kara Danvers com Supergirl.Abriu a porta, onde encontrou um Mon-El de terno terminando de se arrumar enquanto assistia um programa de TV. A primeira reação de Kara foi se assustar, pois Mon-El estava desempregado e não pensava em se empregar.
Será que alguém tinha morrido?
— Mon-El? — chamou Kara.
— Oi, amor! — O rapaz se virou para ela e sorriu. Parecia muito empolgado.
Ok, ninguém tinha morrido.
— Arrumei um emprego como segurança. — Ele deu um beijo no rosto da loira. — Não é o máximo?
— Segurança?
— Sim, vou trabalhar todas as quartas, sextas e sábados. E ainda posso bater em alguém de vez em quando.
— Ah.
Kara tentou parecer muito empolgada por ele, entretanto, não pareceu. Mon-El não percebeu, e Kara se deu por feliz, mas ela realmente precisava falar com ele, e aquele momento não era bom.
— Bem, preciso ir. — Mon-El veio para dar um beijo na boca de Kara, mas ela virou o rosto e o beijo pegou na bochecha. O moreno estranhou muito, sendo que fez uma careta, mas não perguntou. — Eu devo chegar muito tarde, então não espere por mim.
Ele saiu, deixando Kara sozinha no apartamento.
Kara trocou de roupa, colocando seu pijama, tirou os óculos e soltou o cabelo. Ligou a Netflix, pegou um pote de sorvete no congelador e resolveu assistir ao filme mais triste que tivesse naquela plataforma. Não queria pensar em Lena, em Alex, em Mon-El, em Lex. Ela queria pensar nela, mas não conseguia, seus pensamentos iam de Lena para Lex, que ia para Mon-El, que ia para Alex.
Estava quase dormindo com esse pensar todo quando seu celular tocou na mesa. Levantou para ver, o visor mostrava Lena Luthor.
Estremeceu.
Pensou se atendia ou não.
Resolveu atender:
— Alô?
— Kara — começou Lena, tinha a voz fanhosa —, me desculpe ligar esse horário, é que eu não sabia pra quem ligar.
Kara percebeu, Lena estava chorando. Seu coração começou a bater forte de preocupação.
— Lena, o que foi? — perguntou Kara com um alto teor de preocupação na sua voz.
— Sei que é tarde, mas estou na L-Corp, você poderia vir até aqui? Preciso de você.
— Claro, claro, eu já estou indo, me espere.
Kara se atrapalhou toda, largou o celular, não sabia o que fazer primeiro. Vestiu as roupas que encontrou pela frente, colocou os óculos e saiu porta afora. Pediu um táxi, se fosse voando ia chegar rápido demais, Lena poderia desconfiar.
"Você poderia vir até aqui? Preciso de você." As palavras de Lena ecoavam na cabeça de Kara enquanto ela estava sentada no banco traseiro do táxi. O taxista deveria ser mexicano, ou de outra nacionalidade latina, pois o rádio estava tocando músicas em espanhol, e eram bem calmas e relaxantes.
O taxista a deixou do lado de fora da L-Corp e Kara o pagou. Quando entrou, o porteiro não fez perguntas, apenas a deixou subir.
Exalava tensão e nervosismo quando a porta do elevador abriu no último andar. Quando entrou, viu Lena sentada no sofá de seu escritório, estava com os cotovelos apoiados nos joelhos e com o rosto enterrado nas mãos. Kara percebeu que soluçava.
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Beyond My Power // Supercorp PT-BR
Fanfiction"Não é como se eu tivesse pedido para o meu ex-namorado se transformar num psicopata. Ou pedido para o louco do irmão da minha atual namorada fugir da cadeia e montar uma gangue pela cidade. Ter descoberto que sou bissexual já foi um enorme baque, e...