Capítulo Quinze: Vestido vinho

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Kara estava parada em frente o espelho do seu quarto, se olhando. Vestia um vestido vinho de alcinha, com um cinto dourado acentuando sua cintura; calçava sandálias pretas no pé e usava uma tiara perolada na cabeça. Antes de sair do quarto e se encontrar com Cat que a esperava no sofá da sala, Kara passou um batom que deixou seus lábios mais rosados.

— Estou pronta, senhorita Grant. — Kara avisou assim que saiu do quarto.

Cat, que estava entretida mexendo no celular, olhou para cima e inclinou a cabeça um pouco para o lado, analisando Kara. A kryptoniana mordeu o lábio em sinal de nervosismo e ajeitou os óculos.

— Está linda, Kara. — Cat sorriu. — E por favor, fora do ambiente de trabalho você pode me chamar de Cat. Não só pode como deve.

As duas desceram o prédio onde Kara morava e entraram no carro de Cat estacionado na quadra seguinte. Cat levou Kara em um restaurante italiano que tinha na área nobre de National City. Passaram em frente o café que Kara e Lena tinham estado não fazia muito tempo, isso deixou Kara nostálgica e com o coração apertado.

Cat tentava entreter Kara de todas as formas enquanto comiam massas e bebiam vinho, porém sem tocar em dois assuntos: Lena Luthor e trabalho.

— Aquele rapaz não para de te olhar. — Cat apontou a sua esquerda com sua taça de vinho antes de tomar um gole.

Kara olhou e viu, umas duas mesas depois da sua, um homem a olhando. Aparentava ter mais de trinta anos, estava trajando um terno e tinha o cabelo começando a ficar grisalho na raiz. Quando percebeu que Kara retribuiu seu olhar, ele sorriu para ela.

Kara abaixou a cabeça e encarou seu prato. Em seguida, olhou para Cat.

— Não acho que eu deva me relacionar com alguém agora, Cat.

O que Kara estava pensando era: ela só não estava com Lena porque Lex ameaçou as duas de morte, e para preservar a segurança de ambas, elas não estavam mais juntas. Entretanto, quando tudo isso passasse, elas estariam juntas de novo.

— Por que não? — perguntou Cat. — Você está solteira. Na verdade sempre esteve, não é? Não teve um pedido de namoro, você não estava comprometida.

— Mas eu estava envolvida com ela, foi um rompimento muito brusco, não é como se eu fosse superar de um dia pro outro.

Parece como força do destino, no instante em que Kara disse essas palavras, Lena entrou pela porta do restaurante italiano na companhia de Sofia Rodríguez. Lena travou assim que viu Kara sentada ali com Cat, e Kara não soube que reação esboçar, só conseguiu entre-abrir a boca. Sofia e Cat só trocavam os olhares de Lena para Kara e de Kara para Lena.

— Kara... — Lena se aproximou e tentou se comunicar.

— Se você não se importa, Cat, eu gostaria de ir embora. — Kara se levantou e ajeitou o vestido, sem responder Lena. — Esperarei do lado de fora.

Kara saiu andando e deixou as três mulheres para trás. Lena a seguiu até o estacionamento.

— Kara, por favor, me deixe explicar. — Lena pediu, segurando a mão de Kara.

Kara puxou sua mão e se virou, olhando Lena como se pudesse queimá-la com sua visão de calor.

— Explicar o quê? — esbravejou Kara. — Do que serviu tudo aquilo? Eu terminei o meu namoro por sua causa, você me levou pra Nova York. Eu fui afetada por kryptonita, sangrei, apanhei do seu irmão e fiquei em coma simplesmente porque neguei o pedido dele de nos ver separadas.

Beyond My Power // Supercorp PT-BROnde histórias criam vida. Descubra agora