08 | Aquele com Lucius Malfoy

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Depois de fazer um lanchinho, ver o sol se pôr e jogar algumas partidas de pôquer, os quatro decidiram que era hora de entrar, pois começava a ventar. 

Draco tinha levado o iate até um lugar que ele sabia que era seguro para passar a noite, perto da costa. Conversaram por mais um pouco na pequena sala do iate até que sentiram fome e decidiram que era hora de começar a preparar o jantar.

— E o que vocês vão fazer enquanto nós dois fazemos o trabalho todo? — Gina perguntou.

— Uhm... — Isabelle fingiu pensar. — Vamos...

— Fazer nada, né — ela completou.

— Que absurdo, Gi! Vamos... descontrair o ambiente. Colocar uma musiquinha, contar umas piadas, essas coisas.

Gina revirou os olhos e acompanhou Draco até a cozinha.

— Então, vamos fazer o quê?

— Fica à vontade para escolher — ele respondeu.

— Nossa... Tem alguém de bom humor? O que aconteceu? Que bicho te mordeu para você me deixar escolher alguma coisa?

— Não me irrita, Weasley.

— O que foi? — ela perguntou, agora séria, segurando o rosto de Draco e o forçando a encará-la.

— Quer fazer o favor de me soltar? — ele pediu.

— Não. Conta o que aconteceu.

— Nada. Só estou com um pouco de dor de cabeça, ta legal?

Gina não acreditou, mas o soltou. Pegou o saco de arroz, uma massa e alguns outros ingredientes.

— O que você vai fazer? Digo, nós vamos fazer?

— Pode descansar, já que sua cabeça ta doendo. Você me ajuda quando eu precisar. Onde você colocou a espinafre?

Espinafre?

— É. Para fazer panqueca de espinafre. Eu comprei, mas não sei onde você guardou.

— Deve estar na gaveta lá embaixo — apontou para geladeira.

Ela abriu a gaveta e tirou os espinafres. Draco se aproximou e disse:

— Você não vai fazer esse jantar sozinha.

— E desde quando você se preocupa comigo?

— Não é com você que eu estou preocupado. É com a comida. Eu faço as panquecas, você faz o recheio — ele pegou os ingredientes.

E os dois continuaram a cozinhar calados. Por outro lado, na sala, Isabelle e Blaise conversavam avidamente. Discutiam sobre os amigos e por que eles tinham que continuar com a bobagem de se odiarem, mesmo sem motivo. 

Ela estava deitada no sofá, a cabeça no colo de Blaise, que lhe fazia carinhos no cabelo.

— Mas você sabe que a Gina só vai na onda dele — Isabelle falou. — Acho que se ele tivesse sido educado com ela de cara, ela nunca teria levado a sério o que o pai dela diz. Ela não costuma julgar as pessoas com base na opinião dos outros.

— Eu sei.

— Mas já o Draco... Tenho a impressão de que todo esse ódio que ele sente é exclusivamente porque o pai idiota dele falava bobagens sobre a família dela. Que por sinal, é uma família maravilhosa.

— É complicado, Belle.

— Complicado como? — ela arqueou uma das sobrancelhas, duvidando.

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