03 | Aquele com as Ilhas Capri

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— Não Gina! É para cá — Isabelle a puxou pela terceira vez.

— Belle...

— Acabei de olhar nas passagens, confia.

Gina não se privou de uma pequena e discreta olhadela para os bilhetes aéreos que estavam na mão direita de sua amiga para confirmar se ela estava certa.

— Muito bem. Quanto tempo falta para o nosso vôo? — Isabelle falou pra si mesma, conferindo os papéis. — Ah. Dá tempo de a gente fazer umas compras. Que tal?

— Tudo bem — Gina deu de ombros.

Foi arrastada para a loja em frente. Após alguns minutos, até ela estava vidrada nas peças. Acabaram comprando duas blusinhas e três batons. Logo, já estavam atrasadas para entrar no avião, o que fizeram correndo e rindo em meio a olhares desaprovadores. 

Isabelle se sentou na janela e Gina na cadeira do corredor. 

Duas horas e quarenta e cinco minutos depois elas pousavam na ensolarada cidade de Nápoles. Pegaram um táxi e foram até o porto. Pagaram pela lancha mais rápida, que as levaria à Capri em cinquenta minutos. Como os barcos chegam à Marina Grande e Capri mesmo fica bem mais acima, na montanha, elas compraram os bilhetes para o teleférico até a praça principal.

Não estavam nem um pouco afim de subir dois lindos lances de escada carregando as malas pesadas, por isso decidiram pagar um táxi mesmo. Como carros não circulam dentro da ilha, elas não puderam ser deixadas no hotel, mas contrataram um serviço de transporte de bagagem.

Chegaram ao hotel mortas. Tomaram um banho, telefonaram para os pais e, quando viram, já tinha escurecido. Jantaram por lá mesmo e dormiram um pouco mais cedo para recuperar todas as energias para o dia seguinte.

Gina acordou com um sol forte vindo diretamente na sua cara. Isabelle, animada, tinha acabado de abrir as cortinas do quarto e agora sorria para a amiga de cara amassada.

— Bom dia, flor do dia! — ela falou, musicalizando a coisa toda.

— Ah. Tá. — foi só o que Gina conseguiu responder, ainda esfregando os olhos e pensando em levantar.

— Vamos! Sem tempo a perder. Temos gatinhos para conhecer!

— Você só pensa em homem, é? — Gina brincou, mas se sentou na cama.

— Alguém precisa fazer isso, né? — Isabelle entrou na brincadeira e riu quando sua amiga fez uma careta em resposta — Agora vai tomar um banho e trocar de roupa.

Quinze minutos depois Gina já tinha cumprido as ordens de Isabelle e estava pronta para tomar café. Estavam as duas de short jeans rasgado, biquínis Missoni de tricô — o de Gina branco e o de Isabelle azul — por baixo das blusas soltinhas. Nos pés, chinelos.

— Droga! Esqueci de depilar a perna — Gina percebeu — Pode ir indo para o café e segurando uma mesa para nós. Vou fazer isso rapidinho, ok?

— Tudo bem.

Isabelle sabia que era mesmo melhor ir andando, porque a essa altura já mal devia ter mesa disponível. E estava certa: assim que chegou ao primeiro andar, onde era servido o café da manhã, percebeu que não havia uma mesa vaga, apesar de ter várias mesas ocupadas por apenas uma ou duas pessoas. Optou por uma em que estavam sentados dois homens muito bonitos.

— Com licença — ela pediu com a voz meiga — Como dá para ver, isso aqui já lotou e não tem nenhuma mesa para mim e para minha amiga. Será que a gente pode sentar com vocês? — abriu um sorriso.

Não conseguia imaginar por que eles recusariam, e de fato não o fizeram.

— Sinta-se à vontade — o mais loiro deles respondeu e em seguida pegou a mão de Isabelle e a beijou, se apresentando: — Meu nome é Draco Malfoy.

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