Gina olhou ao redor e percebeu que estava numa floresta. Tinha acabado de pular de um prédio de quinze andares, mas ainda estava viva. As árvores eram enormes e suas copas tão largas que permitiam que apenas fachos mínimos de luz passassem por elas. Por alguma razão inexplicável, depois de alguns minutos rondando o lugar, o presidente dos Estados Unidos apareceu para conversar com ela. Assim como Marilyn Monroe, que estava ali o tempo todo, pelo que ela disse.
Nada fazia sentido, mas o presidente começou a dizer que tinham um plano de tornar o mundo todo um só país e colocar uma pessoa para governar e queriam que ela assumisse o cargo. Bem quando Gina ia dizer que se sentia lisonjeada, mas não conseguia imaginar a possibilidade dos outros países aceitarem isso, ouviu uma voz de fundo que não se encaixava no cenário.
— Bom dia, bela adormecida — foi o que ela conseguiu entender depois de um tempo prestando atenção na voz, que na verdade vinha da boca vermelha de Isabelle.
— Uhm...
Ela queria voltar e dizer ao presidente que aceitava de bom grado a responsabilidade se ele o permitisse dormir, mas Isabelle puxou suas cobertas e abriu as cortinas, fazendo com que Gina se sentisse desprotegida, com frio e cega.
— Anda. Estamos atrasadas.
— Belle, hoje é feriado.
— Sim, mas temos um compromisso. Levanta.
Gina resmungou mais um pouco até se levantar. Olhou para a amiga e viu que ela estava vestida, com a chave do carro em mãos.
— Se eu soubesse que dormir na sua casa significava acordar antes das dez não tinha vindo — ela bufou enquanto colocava a calça jeans.
Mas Isabelle pigarreou e apontou para um body de mangas compridas e uma calça preta em cima da cama. Uma das lembranças que Gina trouxe do Brasil.
— Por que eu usaria isso?
— Você pode só seguir minhas instruções pelos próximos quarenta minutos? Prometo te deixar em paz depois.
Gina estava desconfiada, mas obedeceu. Por que aquela peça especificamente? O que Belle estava planejando? Tinha medo das respostas de ambas as perguntas. Enquanto calçava os sapatos, Isabelle disse:
— Vou te esperar lá embaixo.
Gina concordou e voltou a se arrumar. Enquanto isso, Isabelle guardou duas malas em seu carro. Quando Gina desceu, encontrou a amiga encostada na porta do automóvel com os braços cruzados.
— Você tá tão esquisita hoje — Gina falou.
Isabelle sorriu.
— Entra aí que tenho uma surpresa para você.
Foi quando todos os sentidos de Gina entraram em estado de alerta. Suas experiências anteriores com surpresas preparadas por Isabelle transformavam a situação em um motivo genuíno de preocupação.
— Sua surpresa é uma ida à Starbucks às oito da manhã? — Gina perguntou quando a amiga parou em frente ao estabelecimento.
— Claro que não. Espere aí — e saiu do carro.
E para onde mais eu iria? Quando Isabelle voltou, ela trazia consigo dois copos de café. Entregou um para Gina e colocou o seu no porta-copo do carro.
— Preparada? — perguntou.
— Não — Gina respondeu.
— Ótimo!
E, sorrindo, saiu dali. Gina só percebeu onde estavam de fato indo quando Isabelle pegou o retorno para o aeroporto.
Gina optou por não perguntar nada, pois sabia que seria inútil. Isabelle não contaria. Então ela ficou mentalmenteformando as possíveis opções de surpresa enquanto seguia a amiga até chegarem ao de desembarque.
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Who You Love | ✓
Fanfiction"And I've tried to run before, but I'm not running anymore, because I fought against it hard enought to know that you love who you love." Não importa o quanto você tente, é impossível dar ordens ao coração. E às vezes isso significa se apaixonar pel...