Indiscutivelmente, Amor!!( Concluído)

Capítulo IV

   - Eu preciso pensar, Eric.- falou ela, afastando-se. - Eu.. - ela riu.
   - O que foi?- perguntou ele, sorrindo.
   - Ah, Eric, eu...
   - Você é virgem?- perguntou abismado.
   - Não!- respondeu ela, rindo.- Bom, eu não tive muitas experiências sexuais. Você me entende, não é?
     Eric sorriu-lhe.
   - Não precisa ficar envergonhada. Vou adorar ensina-la. Mas não vou te forçar a nada. Tudo no seu tempo.- falou ele, aproximando-se.
     Rebeca fechou os olhos ao toque daqueles dedos em suas faces. Ir para a cama com ele era o que mais queria, o que seu corpo ansiava, mas tinha medo do depois. Mal o conhecia, não sabia nada sobre ele, mas queria se entregar de corpo e alma naquela aventura. Toda sua vida seguira os padrões que seus pais lhe ensinara, não se lembrava de ter saído da linha uma única vez e talvez agora fosse a hora. Poderia ser até uma aventura passageira para ele, mas queria e precisava viver isso. Quando dera aquele beijo nele na festa, fora para mostrar que o queria e ele entendera o recado. Não ia fugir agora. Segurou-o pelo rosto e o beijou com todo o desejo que sentia naquele momento. Que fossem para o espaço seus medos e receios!
   - Eu quero você, Eric.- falou ela de encontro aos lábios dele.
     Eric viu os olhos esverdeados lhe transmitirem medo, mas jurou a si mesmo que não faria nada que a machucasse. Beijou-lhe a boca, a orelha, o pescoço e a agarrou pela cintura, grudando o corpo ao dela.
     Rebeca pegou-o pela mão e o conduziu até seu quarto.
     Fizeram amor com paixão, com desejo, sem querer pensar no depois.
     Eric puxou Rebeca para perto dele. Ela se aconchegou, ajeitando a cabeça em seu peito. Beijou-a no alto da cabeça, acariciando a cabeleira castanho claro, adorando o cheiro que ela exalava. Tinha sido a melhor noite que vivera em sua vida, ela se revelara uma amante ardente, não sentira nenhum pudor da parte dela, se entregara de uma maneira apaixonada a ele. Queria dizer o quanto adorara aquela entrega, mas tinha medo de quebrar aquele momento tão especial.
   - Você está bem?- perguntou por fim, puxando-a pelo queixo, querendo ver seus olhos.
     Rebeca sorriu-lhe. Que homem era aquele? Ele a deixara tão relaxada, tão extasiada e tão excitada com suas carícias, que não sentira vergonha nenhuma de se entregar total é inteiramente a ele. Olhou aqueles olhos castanhos, a boca firme, o nariz bonito, a pele morena,os músculos do peito bem definidos. Ele era incrível!
   - Estou.
   - Você foi perfeita, Rebeca.- falou ele beijando-lhe a boca. Confirmara a falta de experiência que ela tinha, mas aquilo só serviu para seduzi-lo ainda mais. Lógico que deixara que ela conduzisse o momento, apenas estimulando-a com beijos e carícias, pois não queria assusta-la. Teria muito o que ensinar a ela, e isso faria com o maior prazer.
   - Estou envergonhada, Eric.- revelou ela.- O que está pensando de mim? Eu não sou assim.! - falou ela sentando-se na cama, puxando o lençol para se cobrir.
   - Vergonha do quê, pequena? Eu não estou pensando nada, a não ser que você foi maravilhosa.- respondeu ele sentando-se. - Você é linda, Rebeca, não tem que ter vergonha de nada. Nós somos adultos e se você não quiser, não vai acontecer mais.- terminou ele, tocando seu rosto.
   - Como vai ser amanhã, quando você sair por aquela porta?
     Eric sorriu. Aí estava a preocupação dela!
   - Será como você quiser, Rebeca.
   - Você é exasperante, sabia?- falou ela fazendo-se de brava, depois sorriu. - E se eu disser que amanhã vou querer de novo?
   - Estarei aqui.- respondeu ele, sorrindo.
   - E se eu disser o contrário?
   - Irei embora e tudo continuará como antes, exceto por um motivo,- falou ele, segurando-a pelo rosto com as duas mãos. - eu sentirei muito.- disse ele, sincero.
   - Você está me confundindo, Eric.- falou ela se levantando e colocando a camiseta dele, que foi a primeira coisa que viu na frente.
   - Nossa! Como você ficou sexy.- disse ele, admirando-a.
   - Pare com isso.- falou ela ficando vermelha.- Estou falando sério.
   - E eu também.- rebateu ele, puxando-a para a cama novamente, fazendo com que ela caísse sobre ele. Virou-se, segurando-a por baixo de seu corpo.
   - Rebeca, será como você quiser, estou falando sério. Eu ainda a quero muito, pequena.- falou ele beijando seu nariz.- Quero continuar a vê-la.- beijou-lhe a boca.- Agora, se você não quiser mais, amanhã seremos colegas de trabalho, como éramos...
   - Caso contrário seremos o que?- interrompeu-o ela, se excitando com aqueles beijos suaves, e sentiu que ele também voltava a se excitar.
   - Amigos... amantes...um caso?!- respondeu ele, as mãos percorrendo o corpo dela, indo parar em seu sexo, acariciando-a. Ouviu-a gemer.
   - Você é tão apaixonada, Rebeca.
     Rebeca queria mandar ele parar de seduzi-la. Não queria ser um caso, muito menos amante, mas aquelas mãos acariciando-a, brincando com seu corpo, não a deixavam pensar direito. Envergou o corpo, oferecendo-se a ele.
     Eric a amou mais uma vez, agora de uma forma diferente, ela sentiu. Ele estava mais ousado, mais sensual, exigindo mais dela e ela se entregou com paixão àquele jogo de pura sedução.
     Ele mais uma vez dasabou ao lado dela, satisfeito. Depois de alguns minutos se levantou e foi para o banheiro. Voltou logo depois tomado banho, vestiu sua calça e sentou-se ao lado dela, pegou suas mãos e as beijou.
   - Tenho que ir.
     Rebeca apertou os lábios, sentando-se.
   - Não pense no amanhã, pequena.- pediu ele, entendendo seus medos.- Lembre-se, será como você quiser.
   - Entendi. - falou ela, mordendo o lábio inferior.
   - Me leva até a porta?- perguntou ele, sorrindo.
   - Claro.- respondeu ela se levantando e colocando seu roupão.
     Os dois se dirigiram até a sala. Ela destravou o portão e abriu a porta para ele.
   - Não fique preocupada, pequena. Pense apenas que fomos felizes por algumas horas.- falou ele e lhe deu um beijo de despedida.- Ah, e vê se não abre a porta pra qualquer um, viu.- repreendeu-a com um sorriso.
   - Vou me lembrar disso.- respondeu ela também sorrindo.
   - Tchau, minha pequena.
   - Tchau!
     Rebeca fechou a porta e se recostou nela. Era fácil dizer aquilo, difícil seria apagar as lembranças dessa noite maravilhosa.
   - Estou perdida!- resmungou ela.