08 | " Uma prostituta ou uma prostituta?"

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Harry

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Harry

Em toda minha vida sempre estive preocupado em toda gente ao redor e o que seria capaz de fazer a elas. O que meus comportamentos as causariam, o que eu poderia fazer sem a influência de uma maldita substância química legalizada.
E em todo esse tempo, vinte e um anos para ser mais específico, eu abraçava essa ideia de ser subjugado por remédios de ansiedade e temperamento. Eu realmente acreditava que eu deveria estar sobre controle ou proporcionar uma falsa sensação aos meus pais e a sociedade de segurança.
Era como se eu nunca estivesse a ser eu mesmo ou merda qualquer. Eu era apenas uma criatura subjugada pelos efeitos calmantes de meus medicamentos.

E os efeitos colaterais?

Eram constantemente ignorados. O suor frio que me acordava de madrugada diminuindo a minha pressão, ou a maldita sonolência durante as aulas e a falta de motivação para atividades que me agradavam, eram ignoradas. O que importava era se Harry Wilberforce estava sobe sua coleira prescrita por um homem de jaleco.

Então eu acordei. Vinte e um anos mais tarde eu acordei.

Eu não queria esta vida, eu não queria ser controlado. Eu fazia até sapateados.
Quando em minha vida eu gostei daquela merda?! Era apenas, indiretamente, para não afetar as pessoas redor. Então eu me cansei.

Eu não iria tomar mais medicamentos ou tentar melhorar pateticamente minha relação com a sociedade. Eu sou o que sou, não importam o que pensem. Por mais que isso os machuque ou não.

E eles possivelmente se afastariam de mim, me mandariam para longe onde eu não pudesse causar tantos estragos.
Seria como Jane havia me dito há uns dez minutos atrás, que o meu pai fez bem em ficar longe de mim.

Não vou mentir, aquilo magoou bastante. No entanto, eu já não aprofundava nesta depressão de não ser querido por Tom. Eu também já não conseguia olhá-lo com os mesmos olhos.

Tom Wilberforce tinha uma extraordinária mente, um currículo impecável que incluía formação em alemão, latim e um hospital imenso sobre o seu comando, que cada vez parecia mais longe de sua falência. Ele tem a admiração de todos por qualquer lugar que andas, mas já não tinha mais a minha. Era um sentimento estranho, como aquele de rejeição. Você sabe que ama a pessoa, porém, ao ela não lhe dar atenção, esse sentimento se torna amargo. Você acaba desejando mal a esta.

Não que ele se importasse.

Tom era grande e influente e eu era para ser a continuação de sua reputação.

Mas me arruinei.

Soltei um gemido quando a ponta de meus dedos bateram contra o espinho do arbusto, me fazendo automaticamente empurra-lo para trás, como se este tivesse me espetado propositalmente.
Estava procurando a maldita vodka que fora lançada pela maldita Jane do telhado do casarão. Porém, a noite não ajudava com a visão.

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