03 | " O garoto que quase matou Cooper."

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    O cenário em Creekside estava um pouco diferente do de Indiana

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    O cenário em Creekside estava um pouco diferente do de Indiana. Enquanto lá exibia um sol mais tímido, o céu aqui estava cinzento escondendo o mesmo entre as nuvens e a grama estava com um tom mais verde enquanto pequenas gotículas escorriam por estas. Pequenas poças se formavam entre os vãos das calçadas. As folhas, das dezenas de árvores que nos cercam, cobriam a rua.

De fato havia chovido.

O cheiro de terra molhada invadia aquele vasto local coberto pelo verde, grudando na sola de nossos sapatos.
As coisas não mudaram muito ao redor. As árvores gigantescas continuavam a ocupar bastante espaço, deixando o sítio com bastante umidade. O casarão da avó Leslie também não havia recebido tantas alterações. Ainda tinha dois pavimentos, janelas de vidro e madeira extremamente grandes e antigas nos quartos e sala e um telhado com uma borda larga e uma inclinação que permitia-nos sentar.
Lembro que a passagem era uma pequena janela do sótão.
Antigamente, Liam era responsável por limpar a calha, limpando apenas a parte onde as nossas pequenas pernas de criança se penduravam no telhado.
Até a caixa de correio amarela ainda tinha um coração vermelho pintado pelos dedos de April no aniversário de Cooper de sete anos.

Só a tintura da madeira que reveste a casa, antes amarela, agora recebe um tom de branco. O terreno do casarão ainda tinha aquela árvore imensa que sustentava uma mini casa construída há uns dez anos. Porém, ela estava bem conservada. Com certeza meus primos mais novos continuam a usufrui-la. A casa se situava no final do terreno, dando um espaço para a fogueira e as cantorias tradicionais que ocorriam na minha época de criança e as festas de aniversário. Recordo-me do quinto aniversário de Jena. O casarão ficou tão cheio que quase não se enxergava o verde da grama.

O jardim por si, encontrava-se deslumbrante e colorido. As diversas flores enfeitavam os cantos da cerca. Local onde os pés dos mais novos não alcançam.
A casa de tia Christina, ao lado direito da avó Leslie, agora tinha dois pavimentos e recebia a cor azul céu. Já a casa do tio Paul, ao lado esquerdo, continuava a mesma, só pintou a madeira, que reveste as janelas, de branco.
E logo à frente havia duas novas construções, creio que uma seja a casa de April e William e outra pertencente à Jean. Pelo que me lembro, a mais velha das irmãs Mellark havia se casado com um homem, cujo o nome não me lembro.

Ao redor, por essas bandas, só temos as casa que antes pertenciam ao pastor Norman e aos Garcia. A vizinhança de Creekside tem uma distância considerável, a menos que sua residência seja próxima à praça. Sendo assim, as casas acabam por se aproximar.

Tio Anthony, quando entramos na cidade, ele contou um pouco sobre as mudanças durante meus nove anos fora. Falou o quanto a cidade ganhou mais destaque na área da agropecuária. Contou o quanto o açougue dos Allen prosperou, chegando a abrir um novo em New Bern, terra natal de Mariza, mãe de William.
O supermercado de Creekside agora vendia seu iogurte favorito e não precisa ir até as cidades vizinhas. E também contou que o prefeito agora alugava ônibus que conduzia os moradores à festa das 500 milhas.
Fora isto, não vi nenhuma diferença. Continuava a quase não ver pessoas a passarem pelas ruas, só uma concentração "maior" próximo a praça.

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